Agência Panafricana de Notícias

Combates fazem mais de 230 civis mortos na Somália

Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- Mais de 230 civis morreram e 400 outros ficaram feridos no conflito entre a milícia Al-Shabab e as forças governamentais na Somália, revelou quarta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Num relatório divulgado quarta-feira em Genebra, na Suíça, o ACNUR declarou-se "alarmado" pelo nível das violências neste país do Corno da África.
Os que fugiram para Mogadíscio, a capital do país, afirmaram que esta cidade está "completamente desertada", lê-se no documento.
O ACNUR ressaltou que as pessoas vendiam os seus últimos bens a fim de abandonar a cidade seguras.
"Cerca de 68 mil pessoas fugiram do país este ano e um milhão 400 mil outras são deslocadas internas", de acordo com o ACNUR.
"O desmoronamento do Estado, a onda da violência e a anarquia, agravada pela pobreza, criaram uma das piores crises humanitárias do mundo e sofrimentos inaceitáveis para a população civil", lamentou a agência.
A União Africana (UA) dispõe de cerca de seis mil tropas em Mogadíscio, enquanto os Estados Unidos, a Líga Árabe, a França e a União Europeia (UE) prometeram apoiar o Governo de Transição da Somália.
Um ataque com morteiro, atribuido a Al-Shabab, matou na última semana, quatro soldados da força da UA de manutenção da paz.
Quatro deputados morreram igualmente no ataque dum hotel em Agosto último, indica-se.
Al-Shabab, uma milícia filiada na nebulosa de Al-Qaida, declarou em Agosto último, a guerra à Missão da UA na Somália (AMISOM) em Mogadíscio.
O Governo somalí controla uma pequena porção da capital deste país que não teve Governo estável desde há mais de uma década.