Agência Panafricana de Notícias

Coligação no poder vence eleições legislativas na Guiné

Conakry, Guiné (PANA) – A Coligação do Povo da Guiné (RPG arco-íris), no poder, e os seus aliados venceram 60 dos 114 assentos de deputados da nova Assembleia Nacional, segundo os resultados provisórios das eleições legislativas de 28 de setembro último divulgados sábado pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).

A nova Assembleia Nacional vai contar com 25 mulheres, das quais nove do RPG do Presidente Alpha Condé, que obteve 18 dos 38 assentos do escritínio uninominal e 35 dos 76 assentos da lista nacional, em que sete dos seus aliados obtiveram cada um assento.

A União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG) do antigo primeiro-ministro Mamadou Cellou Dalein Diallo, adversário infeliz do Presidente Alpha Condé na segunda volta das presidenciais de 2010, e os seus aliados obtiveram 14 assentos para a ninominal e 23 outros para a proporcional.

O seu principal aliado, o líder da União das Forças Republicanas (UFR), Sidya Touré, outro antigo primeiro-ministro, que estabeleceu em alguns lugares listas comuns com a UFDG, conseguiu 10 assentos, dos quais 05 para o escrutínio uninominal e 05 outros para a lista nacional.

Os cinco concelhos de Conakry foram vencidos pela UFR (3) e pela UFDG (2).

Por sua vez, o ex-primeiro-ministro Lansana Kouyaté, líder do Partido da Esperança e Desenvolvimento Nacional (PEDN), obteve 02 assentos, tal como a União para o Progresso da Guiné (UPG) do outro antigo primeiro-ministro da transição (2009-2010), Jean Marie Doré.

Logo após o escrutínio, a oposição denunciou fraudes e enchimento de urnas com votos falsos antes de pedir a "anulação pura e simples" da eleição, cuja organização, com acalmia e serenidade, foi saudada pela maioria dos observadores estrangeiros, dos quais os da União Europeia (UE), que destacaram problemas de organização em oito das 38 circunscrições eleitorais.

O RPG, que venceu duas das 08 circunscrições litigiosas, anunciou ter depositado recursos no Supremo Tribunal por "enchimento de urnas e fraudes", enquanto a oposição alega que não confia nesta instituição que vai julgar os contenciosos eleitorais.

-0- PANA AC/JSG/CJB/TON 19out2013