Genebra, Suíça (PANA) – Um "clima de medo" reina por todos os lados no Burundi, a menos de um ano das eleições gerais previstas para 2020, constatam investigadores das Nações Unidas, que denunciaram assassinatos, detenções arbitrárias e tortura de opositores políticos.
No seu terceiro relatório, a Comissão de Inquérito sobre o Burundi afirma que violações graves dos direitos, “incluindo crimes contra a humanidade” continuaram a acontecer neste Estado dos Grandes Lagos, desde maio de 2018.
Falando em Genebra, Françoise Hampson, membro da comissão, insistiu no facto de que jovens ativistas denominados “Imbonerakure”, que se aliaram ao partido do Presidente Nkurunziza, são responsáveis por estas violências.
"Estão presentes por todos os lados e intimidam e aterrorizam" todas as pessoas que não manifestam o seu apoio ao partido do Presidente, indicou-se.
Segundo um comunicado das Nações Unidas, no seu relatório, a comissão aplicou o “Quadro de Análise das Atrocidades Criminosas” elaborado em 2014 pelo Gabinete do Conselho Especial para a Prevenção do Genocídio e a Responsabilidade de Proteger, sobre a situação no Burundi e constatou que os oito fatores de risco comuns para as atrocidades criminosas estão presentes no Burundi.
-0- PANA MA/NFB/JSG/MAR/IZ 05set2019