Classe política belga manchada por escândalo de fundos líbios
Bruxelas, Bélgica (PANA) - A classe política belga está manchada pelo escândalo dos fundos líbios desaparecidos, avaliados em um bilião e 400 milhões de euros, representando os juros gerados pelos 14 biliões de euros depositados em bancos do país durante o regime de Muamar Kadafi.
Os fundos em causa foram congelados na Bélgica por instrução das Nações Unidas.
Um jornal belga revela a existência de uma lista falsa de empresas privadas belgas transmitida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Didier Reynders, ao Governo líbio a reclamar que estas empresas sejam indemnizadas.
Segundo uma fonte bem colocada, esta lista tem o nome de uma empresa belga que não teve nenhuma relação com a Líbia e para a qual também são reclamadas indemnizações.
O caso é de uma extrema gravidade, devido às somas em jogo.
Várias empresas privadas belgas que assinaram contratos com a Líbia sob o regime de Kadafi foram indemnizadas, exceto uma Organização não Governamental criada pelo príncipe Laurent, irmão do Rei Philippe, com o projeto de plantar árvores numa parte do deserto líbio.
O príncipe Laurent reclama que seja reembolsada à sua ONG ambiental uma soma de 50 milhões de euros a retirar dos juros descongelados dos fundos líbios.
O Governo Líbio de Unidade Nacional reconhecido pela ONU, e instalado em Tripoli, está determinado a todos os passivos financeiros herdados do regime de Kadafi.
O Fundo Soberano Líbio herdado de Kadafi está avaliado em 400 biliões de dólares americanos, lembre-se.
-0- PANA AK/JSG/FK/IZ 20fev2019