PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Civis precisam com urgência de proteção na República Centroafricana, alerta AI
Nairobi, Quénia (PANA) – A população civil na República Centroafricana precisa com urgência muita proteção, anunciou esta segunda-feira a Amnistia Internacional (AI), num comunicado de imprensa divulgado em Bangui,
A AI registou dezenas de mortes na morgue principal da cidade e visitou algumas zonas onde cerca de 60 mil pessoas se refugiaram em Bangui, Cenas similares teriam sido relatadas em Bossangoa, no norte da capital e em várias outras localidades do país, lê-se na nota divulgada quatro dias após a pior subida de violência no país.
«O número elevado de pessoas que fogem das suas casas em busca de um refúgio seguro atesta o medo acrescido e a grave insegurança que reina nos arredores de Bangui », indicou Christian Mukozam, perito da AI para a África Central, atualmente em Bangui.
O número de pessoas em busca de refúgio nestas zonas aumenta à noite quando mais pessoas fogem das suas casas para encontrar igrejas e outros locais julgados mais seguros, devido ao risco real de ataques nestas zonas, indica o texto.
Mesmo no seio destes campos, a segurança está longe de ser garantida. Pessoas deslocadas relataram que as forças governamentais, vulgo ex-Seleka (ex-rebelião, atualmente no poder) , lançam ataques esporádicos contra campos e localidades vizinhas.
Num campo visitado pela AI, cerca de três mil pessoas encontraram refúgio perto duma igreja apenas controlada por um punho de soldados da Missão Internacional de Apoio à República Centroafricana sob Liderança Africana (MISCA), desdobrados diante de grelhas do local de culto.
«Algumas zonas em Bangui estão muito expostas aos ataques e precisam com urgência duma proteção física adequada », declarou Mukosa.
« Trata-se de hospitais. O que ocorreu no Hospital da Amizade --donde as forças da Seleka teriam, disseram, extirpado pelo menos 10 homens antes de os abaterem—deve ser evitado”, de acordo com o comunicado.
Na República Centroafricana, tropas francesas foram essencialmente bem acolhidas pelas populações em Bangui e a sua chegada vai, espera-se no local, evitar um maior derramamento de sangue por que estão a patrulhar na cidade, de acordo com a AI.
A Força Multinacional da África Central (FOMAC, sigla em inglês), integrada por tropas de manutenção da paz provenientes de países africanos vizinhos, desempenha igualmente um papel importante na proteção de alguns bairros em Bangui e em outras localidades do país.
No entanto, várias pessoas entervistadas na capital não têm confiança no contingente tchadiano devido às suas simpatias visíveis com as antigas forças da Seleka.
O balanço oficial dos mortos após a violência que abalou na semana passada Bangui eleva-se igualmente a mais de 400, mas se estima em mais de mil o número de mortos ocorridos durante os dias violentos, desde 5 de dezembro até hoje. O balanço real poderá nunca ser conhecido, indica a fonte..
Segundo numerosos testemunhos, vários corpos foram sepultados perto das cenas de crime e não foram oficialmente tidos em conta e a Aministia Internacional visitou três zonas de enterro a 8 de dezembro perto de Castors, em Bangui.
A AI recebeu igualmente informações sobre a diferentes tipos de armas que circulam nas comunidades onde as populações precisam com urgência de se proteger elas próprias. Trata-se de armas de fogo, de granadas e facas de mato entre outros instrumentos básicos.
Ela indicou que a iniciativa de desarmamento lançada segunda-feira pelas tropas francesas é mais do que necessária para cessar a violência entre grupos armados, mas ela será difícil de aplicar.
-0- PANA DJ/VAO/ASA/AB/TBM/SOC/FK/DD 10dez2013
A AI registou dezenas de mortes na morgue principal da cidade e visitou algumas zonas onde cerca de 60 mil pessoas se refugiaram em Bangui, Cenas similares teriam sido relatadas em Bossangoa, no norte da capital e em várias outras localidades do país, lê-se na nota divulgada quatro dias após a pior subida de violência no país.
«O número elevado de pessoas que fogem das suas casas em busca de um refúgio seguro atesta o medo acrescido e a grave insegurança que reina nos arredores de Bangui », indicou Christian Mukozam, perito da AI para a África Central, atualmente em Bangui.
O número de pessoas em busca de refúgio nestas zonas aumenta à noite quando mais pessoas fogem das suas casas para encontrar igrejas e outros locais julgados mais seguros, devido ao risco real de ataques nestas zonas, indica o texto.
Mesmo no seio destes campos, a segurança está longe de ser garantida. Pessoas deslocadas relataram que as forças governamentais, vulgo ex-Seleka (ex-rebelião, atualmente no poder) , lançam ataques esporádicos contra campos e localidades vizinhas.
Num campo visitado pela AI, cerca de três mil pessoas encontraram refúgio perto duma igreja apenas controlada por um punho de soldados da Missão Internacional de Apoio à República Centroafricana sob Liderança Africana (MISCA), desdobrados diante de grelhas do local de culto.
«Algumas zonas em Bangui estão muito expostas aos ataques e precisam com urgência duma proteção física adequada », declarou Mukosa.
« Trata-se de hospitais. O que ocorreu no Hospital da Amizade --donde as forças da Seleka teriam, disseram, extirpado pelo menos 10 homens antes de os abaterem—deve ser evitado”, de acordo com o comunicado.
Na República Centroafricana, tropas francesas foram essencialmente bem acolhidas pelas populações em Bangui e a sua chegada vai, espera-se no local, evitar um maior derramamento de sangue por que estão a patrulhar na cidade, de acordo com a AI.
A Força Multinacional da África Central (FOMAC, sigla em inglês), integrada por tropas de manutenção da paz provenientes de países africanos vizinhos, desempenha igualmente um papel importante na proteção de alguns bairros em Bangui e em outras localidades do país.
No entanto, várias pessoas entervistadas na capital não têm confiança no contingente tchadiano devido às suas simpatias visíveis com as antigas forças da Seleka.
O balanço oficial dos mortos após a violência que abalou na semana passada Bangui eleva-se igualmente a mais de 400, mas se estima em mais de mil o número de mortos ocorridos durante os dias violentos, desde 5 de dezembro até hoje. O balanço real poderá nunca ser conhecido, indica a fonte..
Segundo numerosos testemunhos, vários corpos foram sepultados perto das cenas de crime e não foram oficialmente tidos em conta e a Aministia Internacional visitou três zonas de enterro a 8 de dezembro perto de Castors, em Bangui.
A AI recebeu igualmente informações sobre a diferentes tipos de armas que circulam nas comunidades onde as populações precisam com urgência de se proteger elas próprias. Trata-se de armas de fogo, de granadas e facas de mato entre outros instrumentos básicos.
Ela indicou que a iniciativa de desarmamento lançada segunda-feira pelas tropas francesas é mais do que necessária para cessar a violência entre grupos armados, mas ela será difícil de aplicar.
-0- PANA DJ/VAO/ASA/AB/TBM/SOC/FK/DD 10dez2013