Cissoco Embaló desmente pedido formal de Maduro para interceder a favor de Colombiano detido em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente da Guiné-Bissau, Umaru Cissoco Embaló, desmentiu quarta-feira haver um pedido formal do venezuelano, Nicolás Maduro, para ajudar a resolver o caso dum cidadão colombiano, Alex Saab, detido em Cabo Verde, em colaboração com a Polícia Internacional (Interpol), a pedido dos Estados Unidos, soube a PANA de fonte oficial.
Saab, de 48 anos de idade, cidadão colombiano, mas também tem a nacionalidade venezuelana, aguarda por uma decisão das autoridades judiciais cabo-verdianas sobre a sua extradição, solicitada pelos Estados Unidos, que o consideram um "testa-de-ferro" do Presidente Nicolás Maduro.
Comenantando informações que circulam nos meios políticos e diplomáticos na Guiné-Bissau, segundo as quais a Colômbia estaria a pedir o seu apoio no sentido de facilitar a libertação de Alex Saab, Embaló desmentiu o facto, frisando estar a ouvir isso pela primeira vez.
“Não existe nenhum pedido formal da Colômbia neste sentido para a Guiné-Bissau", negou Sissoco Embaló.
No entanto, ele esclareceu que, da parte da Venezuela, tem havido contactos.
Afirmou que o Presidente Maduro já lhe ligou várias vezes para lhe pedir que “interceda junto dos irmãos cabo-verdianos a favor do cidadão venezuelano detido em Cabo Verde, sob um mandado de captura internacional emitido pelos Americanos.
Para o Presidente da Guiné-Bissau, o pedido de apoio de Nicolás Maduro neste sentido "é um bom sinal porque demonstra que a Guiné-Bissau conta para alguma coisa."
Umaro Sissoco Embaló considerou normal que Maduro fale com ele, como também já o fez com o Presidente (Vladimir) Putin da Rússia, o Presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, entre outros.
Reiterou aquilo que disse aquando duma recente visita privada a França: "a Guiné-Bissau é feita de pessoas de bem, e está disponível para tudo que possa servir para trazer a paz no mundo."
Alex Saab foi detido a 12 de junho último em Cabo Verde pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, quando fazia uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, com base no mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos, pelas razões supracitadas.
-0- PANA CS/DD 30dez2020