PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Circulação de armas na Líbia, um desafio para CNT
Tripoli, Líbia (PANA) – A proliferação de armas nas diferentes cidades e aldeias da Líbia é uma preocupação de primeiro plano para o Conselho Nacional de Transição (CNT) na Líbia, tendo em conta os grandes desafios que representam estas armas para a instauração da estabilidade e da segurança no país.
Com efeito, os perigos que constituem estas armas suscitam receios, segundo os observadores da sociedade civil, que começou a aparecer no país após a destituição do regime do coronel Muamar Kadafi, morto quinta-feira passada.
Dezenas de depósitos de armas situados perto dos bairros residenciais em Tripoli, além de algumas casernas militares, foram atacados por milhares de jovens Líbios e adultos, após a tomada da capital pelos revolucionários a 21 de agosto de 2011.
Casos similares foram registados noutras cidades onde os combatentes do CNT encontraram numerosos depósitos de armamento disseminados pelo país.
Assim, milhares de fuzis soviéticos Kalachnikov e outros de tipo FN de fabrico belga, bem como revólveres com nove milimetros de calibe e lança-foguetes antitanques, bombas de mão, e outros mesmo explosivos desapareceram.
Alguns observadores acusam o deposto regime do coronel Kadafi de ter planificado, desde o início dos eventos, a armazenagem em grandes quantidades de armas ligeiras junto dos bairros residenciais para permitir assim à população civil tomar e murgulhar a cidade na confusão e na guerra civil, em caso de queda da capital nas mãos dos revolucionários do CNT.
Esta proliferação de armas entre as populações provocou centenas de acidentes em vários bairros e cidades líbias, devido à sua manipulação por negligência.
Desde a proclamação da « libertação total do país » pelo CNT a 23 de outubro deste ano, as diferentes unidades de combatentes manifestaram a sua vontade de depositar as suas armas.
Neste quadro, a sociedade civil líbia exprimiu um otimismo prudente após o anúncio pela brigada « Saraya Al-Hamra » em Misrata (cerca de 220 quilómetros no leste de Tripoli) a sua intenção de entregar o seu arsenal ao Ministério líbio do Interior.
Esta unidade conta 600 combatentes muitos dos quais participaram na libertação de Tripoli e da cidade de Sirtes (a cerca de 450 quilómetros no leste de Tripoli).
O Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio instaurou um mecanismo que visa lutar contra a proliferação das armas através da inserção dos combatentes revolucionários no seio do novo Exército nacional em gestação, da compra das armas e da concessaõ de autorização de porte de armas duma duração de seis meses até à sua recuperação.
Para Mohamed Abdesselam Mahjoub, advogado junto do Tribunal Penal de Tripoli, a questão de retirada das armas dos combatentes voluntários que levaram a cabo a guerra contra as brigadas do antigo regime não é tão complicada como parece apresentá-la a imprensa.
Ele precisou que a recuperação destas armas é mais fácil que a das armas detidas pelos cidadãos ordinários na sequência de atos de pilhagem nos entrepostos criados pelo antigo regime na confusão.
Segundo Mahjoub, os revolucionários, que contam entre eles médicos, engenheiros, estudantes, professores e operários vão render as suas armas para retomar as suas profissões, ao passo que os que estavam em desemprego têm a oportunidade de integrar o Exército ou a Polícia além das iniciativas de inserção em projetos de desenvolvimento no país.
Ele julgou necessária a aplicação duma legislação suscetível de tratar, desde o início e de maneira draconiana, os que se recusam a entregar as suas armas, para que o fenómeno não se amplie e não instale o país num círculo de desordem.
Po outro lado, além das armas ligeiras, exitem armas pesadas que circulam entre as mãos dos revolucionários e civis como mísseis, armas químicas e mesmo bacteriológicas, segundo várias fontes.
Responsáveis líbios que participaram quarta-feira passada na conferência « dos amgios da Líbia » em Doha (Qatar) sublinharam que a preservação da segurança e da estabilidade figuram entre as prioridades da fase pós-conflito.
Assim, o ministro líbio da Defesa, Jelal Al-Dghyli sublinhou a necessidade de se descongelar os haveres líbios para que o povo benefice das suas riquezas.
Ele indicou que o restos das armas de destruição maciça do antigo regime constituem uma grande preocupação para as novas autoridades, apelando "aos amigos da Líbia” para cooperar com vista a desembaraçar-se destas armas tendo em conta o perigo que elas apresentam para as populações da região.
Ele tranquilizou o conjunto dos parceiros da Líbia quanto aos seus receios, afirmando que a operação de recuperação e armazenagem das armas nas casernas sob a autoridades do Estado líbio começou, lembrando a existência dum plano destinado a inserir os combatentes na vida ativa.
-0- PANA HMM/BY/TBM/IBA/MAR/IZ 30octobre2011
Com efeito, os perigos que constituem estas armas suscitam receios, segundo os observadores da sociedade civil, que começou a aparecer no país após a destituição do regime do coronel Muamar Kadafi, morto quinta-feira passada.
Dezenas de depósitos de armas situados perto dos bairros residenciais em Tripoli, além de algumas casernas militares, foram atacados por milhares de jovens Líbios e adultos, após a tomada da capital pelos revolucionários a 21 de agosto de 2011.
Casos similares foram registados noutras cidades onde os combatentes do CNT encontraram numerosos depósitos de armamento disseminados pelo país.
Assim, milhares de fuzis soviéticos Kalachnikov e outros de tipo FN de fabrico belga, bem como revólveres com nove milimetros de calibe e lança-foguetes antitanques, bombas de mão, e outros mesmo explosivos desapareceram.
Alguns observadores acusam o deposto regime do coronel Kadafi de ter planificado, desde o início dos eventos, a armazenagem em grandes quantidades de armas ligeiras junto dos bairros residenciais para permitir assim à população civil tomar e murgulhar a cidade na confusão e na guerra civil, em caso de queda da capital nas mãos dos revolucionários do CNT.
Esta proliferação de armas entre as populações provocou centenas de acidentes em vários bairros e cidades líbias, devido à sua manipulação por negligência.
Desde a proclamação da « libertação total do país » pelo CNT a 23 de outubro deste ano, as diferentes unidades de combatentes manifestaram a sua vontade de depositar as suas armas.
Neste quadro, a sociedade civil líbia exprimiu um otimismo prudente após o anúncio pela brigada « Saraya Al-Hamra » em Misrata (cerca de 220 quilómetros no leste de Tripoli) a sua intenção de entregar o seu arsenal ao Ministério líbio do Interior.
Esta unidade conta 600 combatentes muitos dos quais participaram na libertação de Tripoli e da cidade de Sirtes (a cerca de 450 quilómetros no leste de Tripoli).
O Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio instaurou um mecanismo que visa lutar contra a proliferação das armas através da inserção dos combatentes revolucionários no seio do novo Exército nacional em gestação, da compra das armas e da concessaõ de autorização de porte de armas duma duração de seis meses até à sua recuperação.
Para Mohamed Abdesselam Mahjoub, advogado junto do Tribunal Penal de Tripoli, a questão de retirada das armas dos combatentes voluntários que levaram a cabo a guerra contra as brigadas do antigo regime não é tão complicada como parece apresentá-la a imprensa.
Ele precisou que a recuperação destas armas é mais fácil que a das armas detidas pelos cidadãos ordinários na sequência de atos de pilhagem nos entrepostos criados pelo antigo regime na confusão.
Segundo Mahjoub, os revolucionários, que contam entre eles médicos, engenheiros, estudantes, professores e operários vão render as suas armas para retomar as suas profissões, ao passo que os que estavam em desemprego têm a oportunidade de integrar o Exército ou a Polícia além das iniciativas de inserção em projetos de desenvolvimento no país.
Ele julgou necessária a aplicação duma legislação suscetível de tratar, desde o início e de maneira draconiana, os que se recusam a entregar as suas armas, para que o fenómeno não se amplie e não instale o país num círculo de desordem.
Po outro lado, além das armas ligeiras, exitem armas pesadas que circulam entre as mãos dos revolucionários e civis como mísseis, armas químicas e mesmo bacteriológicas, segundo várias fontes.
Responsáveis líbios que participaram quarta-feira passada na conferência « dos amgios da Líbia » em Doha (Qatar) sublinharam que a preservação da segurança e da estabilidade figuram entre as prioridades da fase pós-conflito.
Assim, o ministro líbio da Defesa, Jelal Al-Dghyli sublinhou a necessidade de se descongelar os haveres líbios para que o povo benefice das suas riquezas.
Ele indicou que o restos das armas de destruição maciça do antigo regime constituem uma grande preocupação para as novas autoridades, apelando "aos amigos da Líbia” para cooperar com vista a desembaraçar-se destas armas tendo em conta o perigo que elas apresentam para as populações da região.
Ele tranquilizou o conjunto dos parceiros da Líbia quanto aos seus receios, afirmando que a operação de recuperação e armazenagem das armas nas casernas sob a autoridades do Estado líbio começou, lembrando a existência dum plano destinado a inserir os combatentes na vida ativa.
-0- PANA HMM/BY/TBM/IBA/MAR/IZ 30octobre2011