Cinco porcento de casos de epilepsia em África encontram-se no Uganda, diz relatório
Kampala, Uganda (PANA) – Mais de cinco por cento dos Africanos afetados pela epilepsia estão no Uganda, segundo uma associação de apoio às pessoas portadoras desta patologia.
Sarah Nekesa, diretora executiva da Associação de Apoio à Epilepsia no Uganda, revela que, segundo um relatório realizado pela sua organização, dois milhões 200 mil (quase 6,7 porc ento dos Ugandeses) sofrem de epilepsia e têm pouco ou nenhum acesso à medicação.
Em toda África, segundo ainda a associação, 10 milhões de pessoas sofrem de epilepsia, enquanto quase 50 milhões estão afetadas por esta doença no Mundo.
No entanto, a associação não diz por que o Uganda, que possui quase 40 milhões de habitantes de um bilião de pessoas que povoam África, tem um número desproporcionalmente substancial de pessoas que sofrem de epilepsia.
O Uganda acolheu, no fim de semana passado, o quarto Congresso Africano sobre a Epilepsia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de epilepsia estão em alta, com quase cinco milhões de novos casos registados cada ano no Mundo.
A doença é muito frequente nos países pobres e, segundo a OMS, a sua incidência nos países desenvolvidos é de 49 por 100 mil pessoas contra 139 por 100 mil para os países pobres.
Enquanto o fardo da epilepsia é elevado nos países como o Uganda, o problema é que estes países andam mal equipados.
Por exemplo, refere a OMS, o Uganda tem apenas 10 neurocirurgiões, enquanto especialistas no tratamento desta doença, um número insuficiente para tratar os dois milhões 200 mil casos estimados neste país da África Oriental.
-0- PANA EM/MA/NFB/BEH/IBA/FK/IZ 27ago2019