PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cinco ministros burundeses demitem-se no Burundi
Bujumbura- Burundi (PANA) -- Os cinco representantes da Frente para a Democracia no Burundi (FRODEBU, oposição) no seio do Governo sairam quinta- feira do conselho de ministros para protestar contra a análise de dois projectos de textos controversos relativos à revisão do código eleitoral e da lei municipal, em prelúdio à realização das segundas eleições gerais pós- conflito de 2010.
Trata-se dos ministros Anatole Kanyenkiko, das Obras Públicas e Equipamento, Euphrasie Bigirimana, do Comércio, Indústria e Turismo, Vénérand Bakevyumusaya, da Informação, Comunicação e Relações com o Parlamento, Ferdinand Nderagakura, da Agricultura e Pecuária, bem como Rose Nduwayo, dos Direitos da Pessoa Humana e Género.
O presidente da FRODEBU, Léonce Ngendakumana, convocou imediatmente os medias para explicar que os serviços jurídicos do ministério do Interior não consideraram propostas importantes de outros parceiros políticos visando melhorar o novo código eleitoral.
No seu entender, a ordem das eleições deveria começar pela escolha de um novo presidente da República em vez pelas autarquias como retido no projecto de código eleitoral apresentado no conselho de ministros.
As opiniões dos autores políticos convergiram, por outro lado, no tocante a um boletim de voto único para facilitar a tarefa dos eleitores maioritariamente analfabetos, o que teria sido mudado no Gabinete do ministro do Interior, segundo a mesma fonte.
O orador evocou igualmente uma caução de três milhões de francos burundeses (cerca de três mil dólares americanos) que teria passado no novo projecto de código eleitoral para 15 milhões como condição para concorrer ao escrutínio presidencial de 2010.
"Alguns países africanos cairam em graves crises na sequência de eleições mal preparadas, mal organizadas, não transparentes e falsificadas, às vezes, a nível dos resultados.
Será que o Burundi quer cair nos mesmos erros ? Será que o Burundi não pode tirar as lições que se impóem ?", interrogou-se.
A FRODEBU começou a manifestar o seu mau humor, na véspera, juntando- se a duas outras pequenas formações para denunciar publicamente, desta vez, as acções do ministro do Interior, Edouard Nduwimana, que alegadamente amordaça a oposição.
O grande perdedor das eleições precedentes de 2005 apenas dispõe no entanto de cinco dos 26 ministros do Governo actual e a sua partida não poderá comprometer a continuação do processo eleitoral se não arrastar atrás outros pesos pesados da oposição, estimam analistas das questões políticas em Bujumbura.
Cerca de seis escrutínios devem normalmente acontecer nos meiados do próximo ano com o fito de renovar os postos de Presidente da República, os dos deputados, senadores, presidentes da câmara, chefes de zona e de colina (a menor entidade administrativa do Burundi) sob o controlo de uma comissão eleitoral nacional independente já criada mas que carece ainda de meios financeiros e materiais suficientes para mostrar aquilo de que é capaz.
Trata-se dos ministros Anatole Kanyenkiko, das Obras Públicas e Equipamento, Euphrasie Bigirimana, do Comércio, Indústria e Turismo, Vénérand Bakevyumusaya, da Informação, Comunicação e Relações com o Parlamento, Ferdinand Nderagakura, da Agricultura e Pecuária, bem como Rose Nduwayo, dos Direitos da Pessoa Humana e Género.
O presidente da FRODEBU, Léonce Ngendakumana, convocou imediatmente os medias para explicar que os serviços jurídicos do ministério do Interior não consideraram propostas importantes de outros parceiros políticos visando melhorar o novo código eleitoral.
No seu entender, a ordem das eleições deveria começar pela escolha de um novo presidente da República em vez pelas autarquias como retido no projecto de código eleitoral apresentado no conselho de ministros.
As opiniões dos autores políticos convergiram, por outro lado, no tocante a um boletim de voto único para facilitar a tarefa dos eleitores maioritariamente analfabetos, o que teria sido mudado no Gabinete do ministro do Interior, segundo a mesma fonte.
O orador evocou igualmente uma caução de três milhões de francos burundeses (cerca de três mil dólares americanos) que teria passado no novo projecto de código eleitoral para 15 milhões como condição para concorrer ao escrutínio presidencial de 2010.
"Alguns países africanos cairam em graves crises na sequência de eleições mal preparadas, mal organizadas, não transparentes e falsificadas, às vezes, a nível dos resultados.
Será que o Burundi quer cair nos mesmos erros ? Será que o Burundi não pode tirar as lições que se impóem ?", interrogou-se.
A FRODEBU começou a manifestar o seu mau humor, na véspera, juntando- se a duas outras pequenas formações para denunciar publicamente, desta vez, as acções do ministro do Interior, Edouard Nduwimana, que alegadamente amordaça a oposição.
O grande perdedor das eleições precedentes de 2005 apenas dispõe no entanto de cinco dos 26 ministros do Governo actual e a sua partida não poderá comprometer a continuação do processo eleitoral se não arrastar atrás outros pesos pesados da oposição, estimam analistas das questões políticas em Bujumbura.
Cerca de seis escrutínios devem normalmente acontecer nos meiados do próximo ano com o fito de renovar os postos de Presidente da República, os dos deputados, senadores, presidentes da câmara, chefes de zona e de colina (a menor entidade administrativa do Burundi) sob o controlo de uma comissão eleitoral nacional independente já criada mas que carece ainda de meios financeiros e materiais suficientes para mostrar aquilo de que é capaz.