Agência Panafricana de Notícias

Chuvas fazem 42 mortos na África Ocidental e Central

Dakar- Senegal (PANA) -- As fortes chuvas que se abateram em Junho último sobre a África Ocidental e Central fizeram 42 mortos e mais de 35 mil sinistrados, anunciou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA, sigla em inglês), no seu boletim de informação humanitária transmitido à PANA.
Segundo este boletim, que cobre o período de 5 de Junho a 7 de Julho, "o mês de Junho foi marcado pelo início da estação pluviosa em vários países da região.
Fortes chuvas causaram graves inundações, nomeadamente na Côte d'Ivoire, no Gana, na Libéria, no Níger e no Togo".
"A África Ocidental e Central registaram mais de 35 mil pessoas afetadas e 42 mortes, o Gana sendo o país mais afetado com mais de 25 mil pessoas sinistradas e 31 mortos", relata o documento que assinala igualmente oito mortos na Côte d'Ivoire e três no Togo, além das 10 mil vítimas das inundações na Libéria.
Em 2009, lembre-se, cerca de 800 mil pessoas vítimas de inundações foram registadas na região.
Para o OCHA, este flagelo natural, recorrente na África Ocidental, vem agravar a situação das populações vulneráveis algumas das quais já estão confrontadas com uma situação alimentar difícil".
"Assim, as Nações Unidas e as Organizações não Governamentais multiplicaram os seus esforços para mobilizar recursos adicionais necessários para 10 milhões de pessoas vulneráveis à crise alimentar no Sahel", indica o documento.
Ele nota que sete milhões 100 mil pessoas no Níger e cerca de um milhão 600 mil no Tchad estão em situação de insegurança alimentar e sublinha que "os grupos pastoris figuram entre as populações mais vulneráveis particularmente no Níger, no Mali e no Tchad".
O boletim revela, por outro lado, que fundos são igualmente necessários para o Mali, o Burkina Faso e o norte da Nigéria que registam também uma crise alimentar grave.
Mais de 369 mil pessoas estão afetadas pela insegurança alimentar na Mauritânia, das quais 143 mil 595 em situação de insegurança alimentar severa, acrescenta o documento.