PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
China reforça relações agrícolas com África
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – África vai desempenhar um papel cada vez mais importante no programa de segurança alimentar a longo prazo da China durante a próxima década, enquanto a procura de alimentos do país mais povoado do mundo corre o risco de ultrapassar a sua oferta, segundo analistas do banco sul-africano Standard Bank.
No seu último relatório, "O Desafio Chinês da Segurança Alimentar: Qual o Papel de África?", a que a PANA teve acesso, Simon Freemantle e Jeremy Stevens indicam que a China está confrontada com tensões graves em termos de oferta e de procura no seu setor agrícola e que ela vai, nos próximos anos, virar-se para o exterior para completar as fontes de abastecimentos de víveres.
"A alta dos rendimentos e a urbanização levam a uma explosão do consumo alimentar na China. A China é doravante o segundo consumidor de alimentos do mundo, depois dos Estados Unidos. Prevê-se até 2015 que o total das importações alimentares da China vai duplicar para mais de mil biliões de dólares americanos", sublinharam.
Por outro lado, a China está confrontada com tensões crescentes para o seu abastecimento em alimentos, enquanto a urbanização e a industrialização ocasionam o desaparecimento de terras aráveis e reduzem os lençóis aquíferos, escrevem os dois pesquisadores.
"Entre 1996 e 2006, a China perdeu nove milhões de hectares de terras aráveis", segundo os analistas.
Se por enquanto a China pode e vai tirar dos seus próprios recursos para satisfazer o essencial desta nova procura, é cada vez mais evidente que ela será incapaz de produzir alimentos com baixo preço para a sua grande população sem aumentar as suas fontes externas de abastecimento.
Por conseguinte, ressaltam os autores, Beijing deverá alinhar cada vez mais a sua ajuda e os seus investimentos externos na agricultura para ter acesso a novas oportunidades.
"Em África, dois elementos essenciais atraem a China. Primeiro, dada a sub-produtividade agrícola persistante do continente, a contribuição de uma ajuda técnica e para o desenvolvimento permite a Beijing construir relações bilaterais mais profundas", afirmam.
"Em segundo, o potencial imenso e largamente inexplorado da África Subsariana é cada vez mais considerado pela China como uma mudança da sua estratégia de segurança alimentar. Por enquanto, esta estratégia chinesa está abertamente centrada no desenvolvimento e apesar do mercantilismo inspirar vários projetos de cooperativa agrícola, os lucros são gerados quase totalmente nos mercados locais e regionais", acrescentam.
Segundo os analistas do Standard Bank, é claro que Beijing busca construir relações agrícolas mais sólidas com os países ricos em terras e estáveis no plano político que têm relações amistosas com a China, como Moçambique onde a China consentiu importantes investimentos agrícolas.
-0- PANA CU/SEG/FJG/JSG/IBA/CJB/TON 24nov2011
No seu último relatório, "O Desafio Chinês da Segurança Alimentar: Qual o Papel de África?", a que a PANA teve acesso, Simon Freemantle e Jeremy Stevens indicam que a China está confrontada com tensões graves em termos de oferta e de procura no seu setor agrícola e que ela vai, nos próximos anos, virar-se para o exterior para completar as fontes de abastecimentos de víveres.
"A alta dos rendimentos e a urbanização levam a uma explosão do consumo alimentar na China. A China é doravante o segundo consumidor de alimentos do mundo, depois dos Estados Unidos. Prevê-se até 2015 que o total das importações alimentares da China vai duplicar para mais de mil biliões de dólares americanos", sublinharam.
Por outro lado, a China está confrontada com tensões crescentes para o seu abastecimento em alimentos, enquanto a urbanização e a industrialização ocasionam o desaparecimento de terras aráveis e reduzem os lençóis aquíferos, escrevem os dois pesquisadores.
"Entre 1996 e 2006, a China perdeu nove milhões de hectares de terras aráveis", segundo os analistas.
Se por enquanto a China pode e vai tirar dos seus próprios recursos para satisfazer o essencial desta nova procura, é cada vez mais evidente que ela será incapaz de produzir alimentos com baixo preço para a sua grande população sem aumentar as suas fontes externas de abastecimento.
Por conseguinte, ressaltam os autores, Beijing deverá alinhar cada vez mais a sua ajuda e os seus investimentos externos na agricultura para ter acesso a novas oportunidades.
"Em África, dois elementos essenciais atraem a China. Primeiro, dada a sub-produtividade agrícola persistante do continente, a contribuição de uma ajuda técnica e para o desenvolvimento permite a Beijing construir relações bilaterais mais profundas", afirmam.
"Em segundo, o potencial imenso e largamente inexplorado da África Subsariana é cada vez mais considerado pela China como uma mudança da sua estratégia de segurança alimentar. Por enquanto, esta estratégia chinesa está abertamente centrada no desenvolvimento e apesar do mercantilismo inspirar vários projetos de cooperativa agrícola, os lucros são gerados quase totalmente nos mercados locais e regionais", acrescentam.
Segundo os analistas do Standard Bank, é claro que Beijing busca construir relações agrícolas mais sólidas com os países ricos em terras e estáveis no plano político que têm relações amistosas com a China, como Moçambique onde a China consentiu importantes investimentos agrícolas.
-0- PANA CU/SEG/FJG/JSG/IBA/CJB/TON 24nov2011