Agência Panafricana de Notícias

China propõe estratégia de resolução da crise no Burundi

Kigali, Rwanda (PANA) - A estratégia proposta pela China para a resolução da crise atual no Burundi seria de organizar um diálogo "inclusivo" entre as partes, para ultrapassar pacificamente os desafios com que o país está confrontado, declarou terça-feira o representante especial da China para os Assuntos Africanos, Zhong Jianhua.

Falando no termo de uma reunião com a presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini Zuma, o diplomata chinês disse que esta estratégia visa, nomeadamente, preservar as conquistas do Acordo de Paz e Reconciliação de Arusha.

De acordo com uma nota oficial, as duas personalidades discutiram durante este encontro a situação atual no Burundi e as melhores vias e meios para acelerar a busca duma solução duradoura para a crise atual.

O representante especial chinês informou a presidente da Comissão da UA da sua recente visita à região, incluindo das suas consultas com as autoridades burundesas e responsáveis governamentais dos dois países, indica o comunicado.

Por seu turno, a presidente da Comissão exprimiu o reconhecimento da UA à China pelo seu envolvimento e o seu engajamento contínuo em contribuir para a resolução rápida da crise, sublinhando o seu "pleno apoio" aos esforços de mediação do Presidente ugandês, Yowei Museveni, em nome da Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC).

Entre as soluções sugeridas pela União Africana e pela Comunidade Internacional para encontrar uma solução para a crise atual no Burundi, há, nomeadamente, a urgência de se organizar uma reunião entre o Governo burundês e representantes da oposição em Addis Abeba ou em Kampala, sob a mediação do Presidente ugandês, Yoweri Museveni.

A situação agravou-se no Burundi desde a reeleição constestada do Presidente Pierre Nkurunziza, em julho passado, nomeadamente, com a onda de violência que opõe quase diariamente as forças da ordem apoiadas por uma milícia pró-governamental denomiada "Imbonerakure" (Os que vêem de longe) a grupos de contestatários armados.

-0- PANA TWA/JSG/MAR/IZ 24nov2015