China e África do Sul abordam crise na Ucrânia
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - A China e a África do Sul anunciaram a sua disponibilidade para continuar a mediar no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O Presidente Cyril Ramaphosa, que conversou com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, enfrentou fortes críticas depois que a África do Sul se absteve numa recente votação da ONU contra a invasão russa.
"Exprimimos a nossa preocupação com o conflito na Ucrânia e a necessidade de acabar com as hostilidades para uma paz duradoura. Discutimos sobre a importância da ajuda humanitária para o povo da Ucrânia e a situação dos estudantes africanos na Ucrânia", disse o Presidente sul-africano no domingo.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse num comunicado que os dois países têm uma posição semelhante sobre a Ucrânia e acreditam que "os países soberanos têm o direito de decidir independentemente a sua própria posição".
"Ambos os lados apoiam a Rússia e a Ucrânia na manutenção do ímpeto das negociações de paz e na resolução de suas diferenças por meio da negociação e do diálogo. Os dois líderes exprimem a sua disposição de fortalecer a coordenação e a comunicação para o efeito", observou o Ministério.
A deputada Lindiwe Zulu, do ANC, disse na semana passada que o seu Governo nunca esquecerá o papel da Rússia na luta contra o regime do apartheid.
Segundo ela, os dois países (Ucrânia e Rússia) devem ser convidados à mesa de negociações para encontrar uma solução amigável.
“As negociações nos forçaram a fazer concessões, e o fizemos para ter a África do Sul que temos hoje (...) Apelamos às partes para entrarem em negociações pacíficas. O Presidente Cyril Ramaphosa falará com o Presidente ucraniano quando ele decidir. Posso garantir que o Presidente falará com os dois lados", disse.
Ramaphosa abordou a crise na Ucrânia numa entrevista por telefone com o Presidente russo, Vladimir Putin, há duas semanas.
-0- PANA CU/MA/NFB/JSG/SOC/MAR/IZ 21março2022