PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Chefe de diplomacia francesa chamado à razão para Guiné-Conakry
Paris- França (PANA) -- O presidente da Coligação Democrática dos Construtores Africanos (RBDA), Lanciné Camara, pediu terça-feira em Paris ao ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner, para dar prova de moderação na apreciação da situação política na Guiné-Conakry, estimando que a paz social do país está ainda frágil.
"As declarações feitas nestes últimos dias por Kouchner traduzem um certo ódio susceptível de aumentar a tensão.
Pedimos ao Governo francês para se abster de fragilizar a Guiné-Conakry.
Não esqueçamos que este país acaba de sair de 50 anos duma horrível ditadura", declarou o opositor conakry-guineense durante uma conferência de imprensa.
Falando da situação política na Guiné-Conakry, Kouchner defendeu que o regresso a Conakry do líder da junta, capitão Moussa Dadis Camara, conduzirá o país à guerra civil.
"Ele (Dadis Camara) só deve ficar na sua cama (de hospital) em Rabat (Marrocos)", declarou Kouchner, pedindo à comunidade internacional para tirar as consequências do relatório da Comissão de Inquérito das Nações Unidas sobre o massacre perpetrado a 28 de Setembro último em Conakry durante um comício da oposição.
"Partilhamos a preocupação de Kouchner de ver os autores e os responsáveis pelo massacre de 28 de Setembro responder pelos seus actos.
No entanto, dizemos ser preciso proceder-se por forma a não mergulhar a Guiné-Conakry na guerra civil", declarou o presidente da RBDA.
O opositor exortou responsáveis franceses a ter presente o drama ruandès quando analisam a crise guineense.
Segundo ele, vários comerciantes de armas internacionais querem aproveitar as tensões sociais e a divisão do Exército conakry- guineense para destruir o país.
"Traficantes de armas que assolaram a Serra Leoa, a Guiné-Bissa e a Libéria, têm a Guiné-Conakry na mira.
Eles querem aproveitar-se da situação para vender os seus engenhos mortíferos.
Cabe à classe política não cair na sua armadilha", prosseguiu Camara.
Ele sublinhou ser o desafio do país buscar a democracia e a estabilidade.
Exortou as "forças vivas" e o Conselho Nacional para a Democracia e Desenvolvimento (CNDD, junta no poder) a retomarem sem delongas as negociações sob a égide do medianeiro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré.
"Estas negociações são o único meio de se ir rapidamente às eleições livres, democráticas e consensuais.
Pouco importa que o Presidente que sair vencedor, seja Fula, Soussou, Malinké ou duma outra etnia.
O essencial é que seja um patriota, um homem desejoso de tirar a Guiné-Conakry do abismo.
Quanto mais cedo formos às eleições em 2010, melhor para o país", declarou o presidente da RDBA.
Após uma primeira ronda em Novembro último em Ouagadougou, a capital do Burkina Faso, as negociações inter-guineenses foram suspensas pela junta, desde 3 de Dezembro corrente, devido à tentativa de assassinato contra o seu líder, o capitão Moussa Dadis Camara.
"As declarações feitas nestes últimos dias por Kouchner traduzem um certo ódio susceptível de aumentar a tensão.
Pedimos ao Governo francês para se abster de fragilizar a Guiné-Conakry.
Não esqueçamos que este país acaba de sair de 50 anos duma horrível ditadura", declarou o opositor conakry-guineense durante uma conferência de imprensa.
Falando da situação política na Guiné-Conakry, Kouchner defendeu que o regresso a Conakry do líder da junta, capitão Moussa Dadis Camara, conduzirá o país à guerra civil.
"Ele (Dadis Camara) só deve ficar na sua cama (de hospital) em Rabat (Marrocos)", declarou Kouchner, pedindo à comunidade internacional para tirar as consequências do relatório da Comissão de Inquérito das Nações Unidas sobre o massacre perpetrado a 28 de Setembro último em Conakry durante um comício da oposição.
"Partilhamos a preocupação de Kouchner de ver os autores e os responsáveis pelo massacre de 28 de Setembro responder pelos seus actos.
No entanto, dizemos ser preciso proceder-se por forma a não mergulhar a Guiné-Conakry na guerra civil", declarou o presidente da RBDA.
O opositor exortou responsáveis franceses a ter presente o drama ruandès quando analisam a crise guineense.
Segundo ele, vários comerciantes de armas internacionais querem aproveitar as tensões sociais e a divisão do Exército conakry- guineense para destruir o país.
"Traficantes de armas que assolaram a Serra Leoa, a Guiné-Bissa e a Libéria, têm a Guiné-Conakry na mira.
Eles querem aproveitar-se da situação para vender os seus engenhos mortíferos.
Cabe à classe política não cair na sua armadilha", prosseguiu Camara.
Ele sublinhou ser o desafio do país buscar a democracia e a estabilidade.
Exortou as "forças vivas" e o Conselho Nacional para a Democracia e Desenvolvimento (CNDD, junta no poder) a retomarem sem delongas as negociações sob a égide do medianeiro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré.
"Estas negociações são o único meio de se ir rapidamente às eleições livres, democráticas e consensuais.
Pouco importa que o Presidente que sair vencedor, seja Fula, Soussou, Malinké ou duma outra etnia.
O essencial é que seja um patriota, um homem desejoso de tirar a Guiné-Conakry do abismo.
Quanto mais cedo formos às eleições em 2010, melhor para o país", declarou o presidente da RDBA.
Após uma primeira ronda em Novembro último em Ouagadougou, a capital do Burkina Faso, as negociações inter-guineenses foram suspensas pela junta, desde 3 de Dezembro corrente, devido à tentativa de assassinato contra o seu líder, o capitão Moussa Dadis Camara.