Agência Panafricana de Notícias

Chefe de diplomacia chinesa visita Malawi

Blantyre- Malawi (PANA) -- O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Yang Jiechi, efectuará, a partir de quinta-feira próxima, uma visita de dois dias ao Malawi, anunciou segunda-feira à PANA o embaixador da China em Lilongwe, Lin Songtian.
Segundo o diplomata, a viagem visa reforçar as relações económicas e culturais entre os dois países, indicando que Yang se fará acompanhar de uma delegação de operadores económicos que explorarão as possibilidades de estabelecer relações de negócios com os seus homólogos do Malawi.
Segundo a agência de imprensa oficial chinesa "Xhinua", Yang visitará igualmente o Uganda, o Ruanda e a África do Sul antes de rumar para o Brasil e Portugal.
O Malawi cortou as suas relações de cooperação, estabelecidas há várias décadas com Taiwan, em Dezembro 2007.
As autoridades chinesas que consideram Taiwan como sua província prometeram a construção de uma estrada na parte norte do Malawi, ligando o país à Zâmbia.
Os dois projectos foram inicialmente financiados pelo Governo taiwanês mas este acabou por retirar-se depois de o Malawi ter anunciado o restabelecimento de relações diplomáticas com a China.
O embaixador Lin garantiu que a China financiará igualmente a construção de um hotel de cinco estrelas e de um centro internacional de conferências em Lilongwe.
"Investimos 90 milhões de dólares americanos para a construção de um hotel e de um centro de conferências", indicou, acrescentando que "após a realização destes projectos, o Malawi estará pronto para acolher grandes encontros internacionais".
"O Malawi é o primeiro produtor mundial de tabaco e existem 350 milhões de fumadores na China", disse, sustentando que "queremos começar a compra do tabaco malawí a partir do ano em curso e a delegação de empresários chinesa debruçar-se-á sobre esta questão".
Os Estados Unidos e a Europa constituem o maior mercado tradicional do Malawi em matéria de exportação do tabaco.
Segundo o director da Comissão de Controlo do Tabaco, Godfrey Chapola, com o crescente lobby antitabaco no Ocidente, chegou a hora de mudar a parceria para o leste asiático.