PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Chefe de Estado angolano escreve a Presidente interino da Coreia do Sul
Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, enviou uma mensagem ao Presidente interino da Coreia do Sul, Hwang Kyo-ahn Bak Geunhye, cujo conteúdo não foi revelado, noticiou segunda-feira a imprensa local.
É portador da mensagem o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, que se encontra desde domingo na capital coreana, Seul, no quadro de um périplo por cinco países da Ásia e da Oceania e que já o conduziu à Indonésia.
Para além de entregar a mensagem presidencial, o chefe da diplomacia angolana vai copresidir com o seu homólogo sul-coreano, Yun Byung-se, às conversações oficiais entre delegações dos dois países para, entre outros assuntos, passar em revista a cooperação bilateral.
Na capital sul-coreana, Chikoti vai igualmente manter encontros com responsáveis de algumas instituições financeiras interessadas por financiar projetos de empresas coreanas em Angola.
Segundo a imprensa sul-coreana citada na capital angolana, Luanda, esta visita servirá ainda para abordar a "crise de liquidez" alegadamente provocada pelo atraso num pagamento da petrolífera estatal angolana, Sonangol, a um estaleiro naval da Coreia do Sul.
A dívida em causa, calculada em 884,1 milhões de dólares americanos, teria sido contraída à Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering (DSME), pela construção de dois navios-sonda.
Sobre o assunto, as autoridades sul-coreanas declararam-se conscientes de que o encontro com o ministro Chikoti "não será capaz de resolver o problema de imediato", mas que estão a trabalhar em todas as frentes para resolver a questão, de acordo com a mesma fonte.
A petrolífera angolana garantiu, em março passado, que os dois navios-sonda encomendados à Coreia do Sul, num negócio global de um bilião e 240 milhões de dólares, vão entrar em serviço, brevemente, após a conclusão de um novo modelo de negócio para os rentabilizar.
"A Sonangol está a desenvolver com os seus parceiros internacionais um novo modelo de negócio para rentabilizar dois navios-sonda adquiridos pela companhia na Coreia do Sul e que, brevemente, entrarão em serviço", indicou a petrolífera num comunicado.
O pagamento por parte da Sonangol à DSME pela aquisição destes navios tem vindo a ser sucessivamente atrasado, devido às dificuldades financeiras que a Sonangol atravessa, atualmente, situação que, segundo a fonte, "ameaça a sobrevivência" do estaleiro coreano.
A DSME é descrita pela imprensa sul-coreana como estando a enfrentar "uma crise de liquidez" por ainda não ter recebido o pagamento destes navios de perfuração para a atividade petrolífera, e está a avançar com um plano de reestruturação, que pode passar pela entrada de novos investidores no segundo maior construtor naval da Coreia do Sul.
O plano prevê, nomeadamente, que todos os trabalhadores da DSME devolvam 10 porcento dos seus salários, enquanto a percentagem para os administradores será de 30 a 40 porcento.
A Sonangol esclareceu anteriormente que necessita ainda de concluir o "processo de financiamento, seleção final de parceiros tecnológicos e por uma identificação de novas oportunidades de produção", no âmbito do novo modelo de negócio para os navios.
Essas etapas, refere a nota da concessionária angolana, já foram discutidas com as companhias internacionais do ramo petrolífero que operam em Angola, designadamente a Esso, a Chevron, a BP, a Eni e a Total, com vista ao seu envolvimento no processo.
A contratação dos dois navios à DSME ocorreu em 2013, quando a Sonangol pagou 20 porcento do valor total como entrada, mas terá falhado as restantes prestações.
A petrolífera angolana está num processo de reestruturação, desde junho de 2016, quando passou a ser dirigida pela empresária Isabel dos Santos, filha primogénita do Presidente José
Eduardo dos Santos, que então prometeu "criar um ambiente de negócios mais favorável, reduzir os custos da produção e facilitar o acesso a reservas de menor dimensão".
-0- PANA IZ 17abril2017
É portador da mensagem o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, que se encontra desde domingo na capital coreana, Seul, no quadro de um périplo por cinco países da Ásia e da Oceania e que já o conduziu à Indonésia.
Para além de entregar a mensagem presidencial, o chefe da diplomacia angolana vai copresidir com o seu homólogo sul-coreano, Yun Byung-se, às conversações oficiais entre delegações dos dois países para, entre outros assuntos, passar em revista a cooperação bilateral.
Na capital sul-coreana, Chikoti vai igualmente manter encontros com responsáveis de algumas instituições financeiras interessadas por financiar projetos de empresas coreanas em Angola.
Segundo a imprensa sul-coreana citada na capital angolana, Luanda, esta visita servirá ainda para abordar a "crise de liquidez" alegadamente provocada pelo atraso num pagamento da petrolífera estatal angolana, Sonangol, a um estaleiro naval da Coreia do Sul.
A dívida em causa, calculada em 884,1 milhões de dólares americanos, teria sido contraída à Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering (DSME), pela construção de dois navios-sonda.
Sobre o assunto, as autoridades sul-coreanas declararam-se conscientes de que o encontro com o ministro Chikoti "não será capaz de resolver o problema de imediato", mas que estão a trabalhar em todas as frentes para resolver a questão, de acordo com a mesma fonte.
A petrolífera angolana garantiu, em março passado, que os dois navios-sonda encomendados à Coreia do Sul, num negócio global de um bilião e 240 milhões de dólares, vão entrar em serviço, brevemente, após a conclusão de um novo modelo de negócio para os rentabilizar.
"A Sonangol está a desenvolver com os seus parceiros internacionais um novo modelo de negócio para rentabilizar dois navios-sonda adquiridos pela companhia na Coreia do Sul e que, brevemente, entrarão em serviço", indicou a petrolífera num comunicado.
O pagamento por parte da Sonangol à DSME pela aquisição destes navios tem vindo a ser sucessivamente atrasado, devido às dificuldades financeiras que a Sonangol atravessa, atualmente, situação que, segundo a fonte, "ameaça a sobrevivência" do estaleiro coreano.
A DSME é descrita pela imprensa sul-coreana como estando a enfrentar "uma crise de liquidez" por ainda não ter recebido o pagamento destes navios de perfuração para a atividade petrolífera, e está a avançar com um plano de reestruturação, que pode passar pela entrada de novos investidores no segundo maior construtor naval da Coreia do Sul.
O plano prevê, nomeadamente, que todos os trabalhadores da DSME devolvam 10 porcento dos seus salários, enquanto a percentagem para os administradores será de 30 a 40 porcento.
A Sonangol esclareceu anteriormente que necessita ainda de concluir o "processo de financiamento, seleção final de parceiros tecnológicos e por uma identificação de novas oportunidades de produção", no âmbito do novo modelo de negócio para os navios.
Essas etapas, refere a nota da concessionária angolana, já foram discutidas com as companhias internacionais do ramo petrolífero que operam em Angola, designadamente a Esso, a Chevron, a BP, a Eni e a Total, com vista ao seu envolvimento no processo.
A contratação dos dois navios à DSME ocorreu em 2013, quando a Sonangol pagou 20 porcento do valor total como entrada, mas terá falhado as restantes prestações.
A petrolífera angolana está num processo de reestruturação, desde junho de 2016, quando passou a ser dirigida pela empresária Isabel dos Santos, filha primogénita do Presidente José
Eduardo dos Santos, que então prometeu "criar um ambiente de negócios mais favorável, reduzir os custos da produção e facilitar o acesso a reservas de menor dimensão".
-0- PANA IZ 17abril2017