Agência Panafricana de Notícias

Chefe da oposição apela populações para continuar mobilização no Togo

Lomé, Togo (PANA) - O chefe da oposição togolesa, Jean-Pierre Fabre, apelou segunda-feira às populações togolesas a "continuar a moblização sem nunca enfraquecer" depois da repressão violenta, sábado, na capital Lomé e no interior do país, de manifestações do Partido Nacional Pan-africano (PNP) que reclama por reformas constitucionais no Togo.

Num comunicado transmitido à PANA, o PNP denuncia uma "atmosfera de violência e de brutalidades policiais programadas e planificadas pelas autoridades togolesas para impedir as manifestações e os comícios previstos pelo PNP".

"Inclino-me diante da memória dos compatriotas que acabam de morrer, aumentando a longa lista macabra das vítimas deste regime bárbaro que usa manifestamente a violência e o terror como método de conservação do poder", escreve nomeadamente Jean-Pierre Fabre, que dirige a Aliança Nacional para a Mudança (ANC), principal partido político da oposição que organiza regularmente manifestações para reclamar por "verdadeiras reformas" no Togo.

Fabre que condena "firmemente o uso sistemático pelas autoridades togolesas da violência policial e do terror, face às reivindicações legítimas dos cidadãos", apela às populações togolesas e à diáspora para não cruzar os braços e "continuar a mobilização sem enfraquecer".

"Os sinais do fim do regime retrógrado RPT/UNIR são manifestos", garante, acrescentando que "cabe a nós fazer prova de determinação, coerência e unidade (...), assim, pela graça de Deus, vamos vencer".

Sábado, manifestações simultâneas em Lomé e no interior do país fizeram dois mortos em Sokodé, cerca de 325 quilómetros ao norte da capital. A esquadra local da Polícia foi pilhada e incendiada, depois da repressão das marchas pelas forças de segurança.

A repressão fez igualmente vários feridos, incluindo elementos das forças de segurança, bem como várias detenções nas cidades onde ocorreram manifestações.

O PNP, dirigido por Tikpi Salifou Atchadam, reclama por reformas institucionais e constitucionais consensuais, incluindo o regresso à Constituição de 1992 e o voto da diáspora.

-0- PANA FAA/JSG/IBA/MAR/IZ 21ago2017