PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cerca de 125 milhões de alunos sem educação de qualidade, segundo relatório da ONU
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – Cerca de 125 milhões de alunos no mundo são incapazes de ler uma frase mesmo após quatro anos de presença na escola, o que representa uma perda anual na ordem de 129 biliões de dólares americanos, segundo um relatório das Nações Unidas.
O relatório, divulgado quarta-feira, exorta os Governos a contratar os melhores professores para os mais desfavorecidos se quiser alcançar o objetivo de educação universal.
O documento, elaborado pela estrutura independente Educação Para Todos mandatada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), indica que a crise da educação tem custos não apenas para o futuro das crianças, mas também para as finanças atuais dos Governos.
“Cerca de 250 milhões de crianças não aprendem os conhecimentos básicos, apesar de metade deles passar pelo menos quatro anos na escola e o custo anual deste fiasco oscila em torno de 129 biliões de dólares americanos », segundo o relatório que nota que em quase um terço dos países menos de 75 porcento dos professores na escola primária foram formados com base em normas nacionais e cerca de 57 milhões de crianças não frequentam a escola.
O relatório propõe quatro estratégias para contratar os melhores professores a fim de prestar uma educação de qualidade a todos os petizes, escolhendo bons docentes para refletir a diversidade das crianças e a formação dos professores a fim de ajudar os alunos mais fracos desde as classes pequenas.
Ele preconiza lutar contra as desigualdades pela transferência dos melhores professores para as zonas onde os problemas são mais graves no país.
O documento sugere igualmente aos Governos para oferecer aos professores subsídios motivadores para os manter na profissão e para garantir de que todas as crianças recebam educação, quaisquer que sejam as suas condições.
A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, preconizou uma mudança radical no financiamento.
« A educação básica é sub-financiada com 26 biliões de dólares americanos por ano e a ajuda continua a diminuir. Neste estádio, os Governos não podem permitir a redução dos investimentos na educação ou os doadores de fundos reconsiderar as suas promessas de financiamentos. Isto leva a explorar novas pistas para financiar as necessidades urgentes”, afirmou.
Bokova constata com amargura que o mundo vai falhar até 2015 o alcance do objetivo do ensino primário completo das crianças, que é a segunda meta na luta contra a pobreza inscrita nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
Ela sublinha a necessidade de tornar a educação essencial para um programa de desenvolvimento sustentável para as décadas pós-2015.
"À medida que nos aproximamos de 2015 e fixamos um novo programa a executar todos os Governos devem investir na educação como motor do desenvolvimento inclusivo", disse.
« O relatório mostra claramente que a educação fornece o estado de progresso para o alcance de todos os objetivos de desenvolvimento. Dê educação a uma mãe e responsabilize as mulheres, salve vidas, transforme sociedades e desenvolva economias », indicou a diretora-geral da UNESCO.
O documento nota que em 2011 cerca de metade das crianças tiveram acesso ao ensino pré-escolar, mas apenas 18 porcento na África Subsariana.
"O número de crianças excluídas do sistema escolar era de 57 milhões, metade das quais vive em países em conflito. Na África Subsariana, apenas 23 porcento das raparigas pobres vão terminar o seu ciclo primário até ao fim da década", segundo o relatório.
« Se as recentes tendências na região continuarem, os rapazes mais ricos vão concluir o seu ciclo primário universal em 2021, mas as raparigas mais pobres não poderão recuperar a diferença antes de 2086 », afirma.
O documento revela igualmente que a disparidade não é apenas apanágio dos países desenvolvidos.
Mesmo nos países de rendimento elevado, os sistemas de educação prejudicam as minorias significativas e os imigrantes nos países desenvolvidos são igualmente menosprezados.
Por conseguinte, a educação dos adultos registou poucas melhorias. Em 2011, havia 774 milhões de adultos iletrados, ou seja uma diminuição de apenas um porcento desde 2000.
"O número vai diminuir de forma fraca e passar para 743 milhões até 2015. Quase dois terços dos adultos iletrados são mulheres e raparigas mais pobres nos países em desenvolvimento poderão não atingir o objetivo da educação universal até 2072", advertiu o relatório.
-0- PANA AA/MA/ASA/JSG/FK/TON 30jan2014
O relatório, divulgado quarta-feira, exorta os Governos a contratar os melhores professores para os mais desfavorecidos se quiser alcançar o objetivo de educação universal.
O documento, elaborado pela estrutura independente Educação Para Todos mandatada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), indica que a crise da educação tem custos não apenas para o futuro das crianças, mas também para as finanças atuais dos Governos.
“Cerca de 250 milhões de crianças não aprendem os conhecimentos básicos, apesar de metade deles passar pelo menos quatro anos na escola e o custo anual deste fiasco oscila em torno de 129 biliões de dólares americanos », segundo o relatório que nota que em quase um terço dos países menos de 75 porcento dos professores na escola primária foram formados com base em normas nacionais e cerca de 57 milhões de crianças não frequentam a escola.
O relatório propõe quatro estratégias para contratar os melhores professores a fim de prestar uma educação de qualidade a todos os petizes, escolhendo bons docentes para refletir a diversidade das crianças e a formação dos professores a fim de ajudar os alunos mais fracos desde as classes pequenas.
Ele preconiza lutar contra as desigualdades pela transferência dos melhores professores para as zonas onde os problemas são mais graves no país.
O documento sugere igualmente aos Governos para oferecer aos professores subsídios motivadores para os manter na profissão e para garantir de que todas as crianças recebam educação, quaisquer que sejam as suas condições.
A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, preconizou uma mudança radical no financiamento.
« A educação básica é sub-financiada com 26 biliões de dólares americanos por ano e a ajuda continua a diminuir. Neste estádio, os Governos não podem permitir a redução dos investimentos na educação ou os doadores de fundos reconsiderar as suas promessas de financiamentos. Isto leva a explorar novas pistas para financiar as necessidades urgentes”, afirmou.
Bokova constata com amargura que o mundo vai falhar até 2015 o alcance do objetivo do ensino primário completo das crianças, que é a segunda meta na luta contra a pobreza inscrita nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
Ela sublinha a necessidade de tornar a educação essencial para um programa de desenvolvimento sustentável para as décadas pós-2015.
"À medida que nos aproximamos de 2015 e fixamos um novo programa a executar todos os Governos devem investir na educação como motor do desenvolvimento inclusivo", disse.
« O relatório mostra claramente que a educação fornece o estado de progresso para o alcance de todos os objetivos de desenvolvimento. Dê educação a uma mãe e responsabilize as mulheres, salve vidas, transforme sociedades e desenvolva economias », indicou a diretora-geral da UNESCO.
O documento nota que em 2011 cerca de metade das crianças tiveram acesso ao ensino pré-escolar, mas apenas 18 porcento na África Subsariana.
"O número de crianças excluídas do sistema escolar era de 57 milhões, metade das quais vive em países em conflito. Na África Subsariana, apenas 23 porcento das raparigas pobres vão terminar o seu ciclo primário até ao fim da década", segundo o relatório.
« Se as recentes tendências na região continuarem, os rapazes mais ricos vão concluir o seu ciclo primário universal em 2021, mas as raparigas mais pobres não poderão recuperar a diferença antes de 2086 », afirma.
O documento revela igualmente que a disparidade não é apenas apanágio dos países desenvolvidos.
Mesmo nos países de rendimento elevado, os sistemas de educação prejudicam as minorias significativas e os imigrantes nos países desenvolvidos são igualmente menosprezados.
Por conseguinte, a educação dos adultos registou poucas melhorias. Em 2011, havia 774 milhões de adultos iletrados, ou seja uma diminuição de apenas um porcento desde 2000.
"O número vai diminuir de forma fraca e passar para 743 milhões até 2015. Quase dois terços dos adultos iletrados são mulheres e raparigas mais pobres nos países em desenvolvimento poderão não atingir o objetivo da educação universal até 2072", advertiu o relatório.
-0- PANA AA/MA/ASA/JSG/FK/TON 30jan2014