Célebre músico guineense inumado terça-feira em Conakry
Conakry, Guiné (PANA) – Falecido sexta-feira passada aos 70 anos de idade, por doença, o célebre músico guineense Mory Kanté, será inumado terça-feira, no cemitério dos Camarões, arredores da capital, soube-se de fonte próxima da família.
Alcunhado de "quimbanda elétrico", pai de 14 filhos, dos quais sete rapazes e sete meninas, o autor de Yeké Yeké, que lançou verdadeiramente a sua carreira internacional nos anos 80, será enterrado na estrita intimidade devido à covid-19.
Considerado como o artista que contribuiu para popularizar a música africana, no Mundo, nomeadamente guineense, ele terá direito a uma homenagem nacional no fim da epidemia da covid-19, no país, que contabiliza atualmente 3.200 casos positivos e 20 óbitos.
O primeiro caso positivo da covid-19, na Guiné-Conakry, foi diagnosticado a 12 de março.
Formado pelo seu defunto progenitor, que produziu 12 álbuns, Balla Kanté, o filho, declarou à imprensa, depois do anúncio da morte do seu pai, que iria retomar o facho, para fazer conhecer mais a música guineense.
De origem maliana, de uma família de quimbandeiros de 40 filhos, o "quimbanda elétrico" aprendeu a tocar à marimba aos 15 anos de idade, com uma das suas tias, em Bamako, no Mali, onde ela cantava no Conjunto Instrumental do Mali. Depois aprendeu a tocar guitarra e corá.
Em 1990, produziu o álbum Touma, declarado "Disco de ouro". De 2002 a 2003, embarcou numa digressão europeia e participou em vários festivais, tendo dado 120 concertos em mais de 25 países.
-0- PANA AC/IS/MAR/IZ 25maio2020