Católicos determinados a lutar por um Estado de direito na RD Congo
Kinshasa, RD Congo (PANA) – O Comité Leigo de Coordenação (CLC), um coletivo de católicos congoleses, está determinado a continuar a luta até à instauração dum Estado de direito na República Democrática do Congo (RDC), indicou terça-feira o seu porta-voz, Jonas Tshiombela.
Num comunicado a que a PANA teve acesso, por ocasião da comemoração do primeiro aniversário do assassinado do ativista Rossy Mukendi, Tshiombela frisou que o combate no qual Rossy morreu, como outros mártires da democracia derramaram o seu sangue, não é uma luta contra indivíduos mas contra o sistema.
Enquanto persistir o sistema, a luta de Rossy e de outros mártires vai continuar até ao advento dum Estado verdadeiramente democrático no coração de África, prosseguiu.
Afirmou que o CLC se juntou à família de Rossy e aos seus camaradas dos movimentos citadinos para reclamar pela justiça e que seja feita uma compensação.
Na ocasião, movimentos citadinos recomendaram ao Estado congolês para elevar Rossy Mukendi Tshimanga ao patamar de "Heróis Nacionais."
“O Estado congolês tem a obrigação de instituir oficialmente o dia de 25 de fevereiro como Dia Nacional de Luta Citadina e reconhecer, a título póstumo, Rossy Mukendi, bem como todos os mártires do Acordo de São Silvestre e de liberdade, nomeadamente Hussein Ngandu, Therese Kapangala, Eric Boloko, Luc Nkulula, como heróis nacionais", recomendaram cerca de 20 movimentos citadinos, entre os quais o Movimento de Luta para a Mudança (LUCHA, sigla em francês).
Rossy Tshimanga morreu durante uma marcha pacífica, promovida pelo CLC, a 25 de fevereiro de 2018, para reclamar pela realização de eleições.
-0- PANA KON/JSG/IBA/CJB/DD 27fev2019