PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Caritas aconselha moderação ao Sudão e ao Sudão-Sul
Dar es Salaam, Tanzânia (PANA) - Caritas Internacional, organização caritativa, convidou quarta-feira ao Sudão e ao Sudão-Sul para darem prova de moderação, pondo termo a qualquer ação militar, indica um comunicado da referida instituição.
Caritas apelou nomeadamente aos dois países para cessarem as suas manobras militares ao longo da fronteira comum, de acordo com a mesma fonte.
"Não é demasiado tarde para os dois Governo pararem a dinámica conducente à guerra total. A paz só se pode alcançar regressando à mesa das negociações e aplicando plenamente o Acordo de Paz Global", considera o secretário-geral de Caritas International, Michel Roy, citado no texto.
Neste comunicado, divulgado pelo serviço de imprensa católico, Zenit, Roy ressalta que a comunidade internacional não conseguiu agir com firmeza para prevenir uma escalada deste conflito, mas que deve honrar o seu compromisso de velar para que todos os obstáculos sejam ultrapassados de modo pacífico.
O Sudão-Sul acedeu à sua independência do Sudão a 9 de julho último na sequência dum referendo conforme ao Acordo de Paz Global de 2005 que pôs termo a décadas de guerra entre as duas partes.
No entanto, pontos de divergências, como a delimitação fronteiriça, o estatuto das regiões disputadas de Abyei, de Kordofan-Sul e do Nilo Azul, bem como os direitos de exploração do petróleo ainda não foram resolvidos.
Caritas disse lamentar que os recentes confrontos sobre estas questões levassem os dois países à beira do irreparável.
A organização caritativa deplora igualmente os discursos extremistas das autoridades dos dois países, que, a seu ver, instauraram um clima de medo.
"Os ataques no Sudão contra os cristãos e a pilhagem da igreja evangélica presbiteriana em Cartum (capital do Sudão) sábado último são profundamente preocupantes", prossegue o comunicado, indicando que mais de 500 mil Sul-Sudaneses vivem no Sudão (Norte).
As relações a nível comunitário entre os Sudaneses, maioritariamente muçulmanos, e os Sul-Sudaneses cristãos continuam boas, lê-se no texto.
Roy expressou a solidariedade de Caritas International aos povos do Sudão e do Sudão-Sul, recordando que dois milhões de pessoas morreram durante a última guerra entre as duas partes.
"Cada uma delas será perdedora num outro conflito. A nossa convição é que os povos do Sudão e do Sudão-Sul querem a paz. Os seus Governos e a comunidade internacional fizeram muito para pôr termo à guerra. Elas (Sudão e Sudão-Sul) não podem pôr em causa estes ganhos", indica a organização que opera nos dois territórios.
-0- PANA AR/SEG/FJG/JSG/CJB/DD 26abr2012
Caritas apelou nomeadamente aos dois países para cessarem as suas manobras militares ao longo da fronteira comum, de acordo com a mesma fonte.
"Não é demasiado tarde para os dois Governo pararem a dinámica conducente à guerra total. A paz só se pode alcançar regressando à mesa das negociações e aplicando plenamente o Acordo de Paz Global", considera o secretário-geral de Caritas International, Michel Roy, citado no texto.
Neste comunicado, divulgado pelo serviço de imprensa católico, Zenit, Roy ressalta que a comunidade internacional não conseguiu agir com firmeza para prevenir uma escalada deste conflito, mas que deve honrar o seu compromisso de velar para que todos os obstáculos sejam ultrapassados de modo pacífico.
O Sudão-Sul acedeu à sua independência do Sudão a 9 de julho último na sequência dum referendo conforme ao Acordo de Paz Global de 2005 que pôs termo a décadas de guerra entre as duas partes.
No entanto, pontos de divergências, como a delimitação fronteiriça, o estatuto das regiões disputadas de Abyei, de Kordofan-Sul e do Nilo Azul, bem como os direitos de exploração do petróleo ainda não foram resolvidos.
Caritas disse lamentar que os recentes confrontos sobre estas questões levassem os dois países à beira do irreparável.
A organização caritativa deplora igualmente os discursos extremistas das autoridades dos dois países, que, a seu ver, instauraram um clima de medo.
"Os ataques no Sudão contra os cristãos e a pilhagem da igreja evangélica presbiteriana em Cartum (capital do Sudão) sábado último são profundamente preocupantes", prossegue o comunicado, indicando que mais de 500 mil Sul-Sudaneses vivem no Sudão (Norte).
As relações a nível comunitário entre os Sudaneses, maioritariamente muçulmanos, e os Sul-Sudaneses cristãos continuam boas, lê-se no texto.
Roy expressou a solidariedade de Caritas International aos povos do Sudão e do Sudão-Sul, recordando que dois milhões de pessoas morreram durante a última guerra entre as duas partes.
"Cada uma delas será perdedora num outro conflito. A nossa convição é que os povos do Sudão e do Sudão-Sul querem a paz. Os seus Governos e a comunidade internacional fizeram muito para pôr termo à guerra. Elas (Sudão e Sudão-Sul) não podem pôr em causa estes ganhos", indica a organização que opera nos dois territórios.
-0- PANA AR/SEG/FJG/JSG/CJB/DD 26abr2012