Agência Panafricana de Notícias

Capital angolana abraça videovigilância para reduzir criminalidade

Luanda, Angola (PANA) - A capital angolana, Luanda, passará a ser monitorada, em breve, por câmaras de videovigilância como forma de prevenir e diminuir as ações criminosas, anunciou quarta-feira o comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Ambrósio de Lemos.

O projeto já foi aprovado e só não arrancou ainda por questões administrativas, pois o Governo angolano já consignou a dotação financeira o efeito, disse o comandante em conferência de imprensa consagrada ao 38º aniversário da sua corporação, a comemorar-se sexta-feira.

Segundo ele, a concentração de um elevado número de pessoas em várias localidades fez a Polícia estender os seus serviços para atender as necessidades da população em segurança pública.

A criminalidade em Angola não é assustadora, mas há situações que contribuem ainda para a elevação dos seus índices que a Polícia deve contrapor com as suas ações preventivas e repressivas, declarou o comissário-geral Ambrósio de Lemos.

Disse que a sua corporação está muito preocupada com a criminalidade violenta, principalmente os homicídios voluntários por espancamentos até à morte, assaltos em residências, roubos de viaturas e a violência doméstica.

Destacando que os homicídios com arma de fogo reduziram significativamente devido ao processo de desarmamento da população que decorreu em todo o país, Ambrósio de Lemos
considerou necessário realizar-se uma campanha de sensibilização da população para a redução da violência doméstica e de alguns delitos que ocorrem na via pública.

"Às vezes algumas pessoas, só pelo facto de se riscar as suas viaturas, são capazes de entrar para agressão ou violência, quando podem muito bem resolver o pequeno ou grande incidente pela via do diálogo", ilustrou.

Realçou, entretanto, que houve um "trabalho de contenção" para que a criminalidade não atingisse níveis elevados, precisando que a média criminal no país desceu ligeiramente de
114 crimes por dia em 2013 contra 102 delitos diários registados no ano passado.

Dos mil e 249 homicídios voluntários registados em 2013, dos quais 457 por espancamentos,
359 foram praticados com armas brancas, 198 com armas de fogo e 13 por asfixia, adiantou.

Por outro lado, disse, a Polícia está também preocupada com a sinistralidade rodoviária, uma vez que as mortes por acidentes de viação superam as resultantes de outras ações criminosas.

-0- PANA IZ 26fev2014