PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Caos instala-se no Cairo
Cairo, Egito (PANA) - O caos instalou-se no bairro Nasr da capital egípcia, Cairo, onde os apoiantes do Presidente destituído, Mohammed Morsi, se recusam a desistir das suas manifestações de protesto para reclamar pelo regresso deste último ao poder, apesar duma operação lançada pelas forças de segurança para os dispersar.
Os membros da Irmandade Muçulmana, partido a que pertence o Presidente destituído, juraram não ceder "até à vitória final".
Eles acusam o Exército de tomar por refém a Revolução que destituiu o Presidente Hosni Mubarak.
O Exército destituiu Morsi depois de vários dias de manifestações de dezenas de milhares de pessoas que o acusavam de promover a agenda religiosa da Irmandade Muçulmana em vez de procurar fazer avançar o país.
As televisões apresentaram em direto esta quarta-feira imagens de buldózeres que dispersavam os manifestantes da mesquita de Rabaa al-Adawiya no bairro de Nasr, no leste do Cairo, e na Praça Nahda, no oeste.
Granadas lacrimogéneas foram disparadas para dispersar as dezenas de milhares de apoiantes de Morsi que, desde a sua destituição pelo Exército a 03 de julho, reclamam pela sua reinstalação no poder.
O Governo fez um primeiro balanço de 15 mortos e algumas dezenas de feridos nos confrontos entre a Polícia e os manifestantes, mas estes últimos fixaram o número de vítimas em mais de 200 mortos e milhares de feridos.
Alguns manifestantes feridos estavam a ser tratados em hospitais de campanha instalados em Nasr City, enquanto helicópteros do Exército sobrevoavam a cidade.
O Ministério do Interior anunciou que dois polícias estavam entre as vítimas mortais, e que 35 pessoas foram detidas em Nasr City por posse de armas.
A Polícia mostrou armas e munições recuperadas na Praça Nahda, um dos dois principais pontos de concentração dos manifestantes e que, segundo o Ministério do Interior, foi "completamente limpa".
O Ministério do Interior anunciou que as estradas conducentes à Universidade do Cairo, perto da Praça Nahda, foram encerradas mas que foi deixada aberta uma rua perto de cada local de concentração para permitir aos manifestantes partir.
Por outro lado, o Ministério dos Transportes anunciou que a circulação dos comboios foi também suspensa em todo o país para impedir a deslocação de outras pessoas ao Cairo para se juntar às manifestações.
A Irmandade Muçulmana prometeu uma "revolução" depois da morte de manifestantes perto das instalações da Guarda Presidencial em julho passado, e rejeitou um roteiro de paz proposto pelas autoridades de transição para o restabelecimento da ordem constitucional.
No quadro deste roteiro de paz, um painel deve ser designado para reexaminar a Constituição que foi aprovada sob a administração Morsi.
O documento reexaminado será submetido a um referendo em quatro meses, depois do que se seguirão eleições legislativas no início do ano de 2014 antes das presidenciais.
O chefe do Exército, general Fattah al-Sisi, num discurso na televisão nacional, a 03 de julho, anunciou a destituição do Presidente Morsi e a suspensão da Constituição, acusando este último de colocar as suas prioridades religiosas acima do desenvolvimento do país.
Desde então, a União Africana (UA) suspendeu o Egito da sua organização de 54 membros, indicando que a destituição do Presidente Morsi constituía uma mudança de Governo inconstitucional, proibida pelo Ato Constitutivo da UA.
-0- PANA MA/SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 14agosto2013
Os membros da Irmandade Muçulmana, partido a que pertence o Presidente destituído, juraram não ceder "até à vitória final".
Eles acusam o Exército de tomar por refém a Revolução que destituiu o Presidente Hosni Mubarak.
O Exército destituiu Morsi depois de vários dias de manifestações de dezenas de milhares de pessoas que o acusavam de promover a agenda religiosa da Irmandade Muçulmana em vez de procurar fazer avançar o país.
As televisões apresentaram em direto esta quarta-feira imagens de buldózeres que dispersavam os manifestantes da mesquita de Rabaa al-Adawiya no bairro de Nasr, no leste do Cairo, e na Praça Nahda, no oeste.
Granadas lacrimogéneas foram disparadas para dispersar as dezenas de milhares de apoiantes de Morsi que, desde a sua destituição pelo Exército a 03 de julho, reclamam pela sua reinstalação no poder.
O Governo fez um primeiro balanço de 15 mortos e algumas dezenas de feridos nos confrontos entre a Polícia e os manifestantes, mas estes últimos fixaram o número de vítimas em mais de 200 mortos e milhares de feridos.
Alguns manifestantes feridos estavam a ser tratados em hospitais de campanha instalados em Nasr City, enquanto helicópteros do Exército sobrevoavam a cidade.
O Ministério do Interior anunciou que dois polícias estavam entre as vítimas mortais, e que 35 pessoas foram detidas em Nasr City por posse de armas.
A Polícia mostrou armas e munições recuperadas na Praça Nahda, um dos dois principais pontos de concentração dos manifestantes e que, segundo o Ministério do Interior, foi "completamente limpa".
O Ministério do Interior anunciou que as estradas conducentes à Universidade do Cairo, perto da Praça Nahda, foram encerradas mas que foi deixada aberta uma rua perto de cada local de concentração para permitir aos manifestantes partir.
Por outro lado, o Ministério dos Transportes anunciou que a circulação dos comboios foi também suspensa em todo o país para impedir a deslocação de outras pessoas ao Cairo para se juntar às manifestações.
A Irmandade Muçulmana prometeu uma "revolução" depois da morte de manifestantes perto das instalações da Guarda Presidencial em julho passado, e rejeitou um roteiro de paz proposto pelas autoridades de transição para o restabelecimento da ordem constitucional.
No quadro deste roteiro de paz, um painel deve ser designado para reexaminar a Constituição que foi aprovada sob a administração Morsi.
O documento reexaminado será submetido a um referendo em quatro meses, depois do que se seguirão eleições legislativas no início do ano de 2014 antes das presidenciais.
O chefe do Exército, general Fattah al-Sisi, num discurso na televisão nacional, a 03 de julho, anunciou a destituição do Presidente Morsi e a suspensão da Constituição, acusando este último de colocar as suas prioridades religiosas acima do desenvolvimento do país.
Desde então, a União Africana (UA) suspendeu o Egito da sua organização de 54 membros, indicando que a destituição do Presidente Morsi constituía uma mudança de Governo inconstitucional, proibida pelo Ato Constitutivo da UA.
-0- PANA MA/SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 14agosto2013