PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Candidatos da oposição descartam boicote de eleições presidenciais no Senegal
Dakar, Senegal (PANA) – Sete dos 13 candidatos da oposição às eleições presidenciais de 26 de fevereiro no Senegal descartaram em Dakar o boicote do escrutínio, mas exprimiram a sua determinação a impedir a participação do Presidente cessante, Abdoulaye Wade, nestas consultas eleitorais, soube a PANA sábado de fonte segura.
Durante uma conferência de imprensa sábado horas antes da abertura da campanha eleitoral, prevista para domingo, os candidatos Moustapha Niasse, Ousmane Tanor Dieng, Idrissa Seck, Cheikh Bamba Dièye, Macky Sall, Cheikh Tidiane Gadio e Ibrahima Fall assinaram uma declaração na qual eles exprimiram o seu engajamento coletivo em impedir a candidatura do Presidente Abdoulaye Wade para um novo mandato.
« Não vamos boicotar a campanha eleitoral, nem o escrutínio. Não pensamos ontem, nem hoje, nem amanhã, a organização dum escrutínio presidencial com Abdoulaye Wade como candidato”, declarou Moustapha Niasse, candidato da coligação Benno Siggil Senegal.
O ex-primeiro-ministro acrescentou que ele e os seus camaradas do Movimento de 23 de Junho (M23), que agrupa partidos da oposição e organizações da sociedade civil, vão participar na campanha eleitoral, para “continuar e amplificar a luta, com todas as forças agrupadas no seio do M23, para que Wade não dispute um novo mandato”.
« Um escrutínio presidencial não pode ocorrer e não decorrerá com a candidatura inconstitucional de Abdoulaye Wade. É no quadro desta tragédia que vamos pôr todas as nossas candidaturas ao serviço duma campanha solidária, unificada e visada num único objetivo: impor a Abdoulaye Wade a retirada da sua candidatura e a organização dum escrutínio presidencial sem ele”, acrescentou, descartando qualquer boicote por parte dos candidatos da oposição.
Para o candidato e ex-primeiro-ministro Macky Sall, "este é um consenso que exclui a participação de Abdoulaye Wade nas eleições presidenciais”, cuja campanha inicia domingo.
O candidato Cheikh Tidiane Gadio, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, salientou a “frente comum contra o desafio lançado pelo Presidente Abdoulaye Wade às populações".
Apesar da invalidação da sua candidatura pelo Conselho Constitucional, o músico Youssou Ndour estava presente na conferência durante a qual ele convidou os jovens a assumir as suas responsabilidades face ao Presidente Wade.
O Senegal está abalado por violentas manifestações contra a validação, a 27 de janeiro, pelo Conselho Constitucional da candidatura do Presidente Wade, que provocaram cinco mortos em todo país.
Eleito em 2000 e reeleito em 2007, Wade candidatou-se para mais um mandato que a oposição e a sociedade civil qualificam de inconstitucional, visto que a Constituição limita a dois o mandato presidencial.
Todavia, o Presidente cessante alega que a nova Constituição revista em 2001 lhe autoriza candidatar-se para um novo mandato, levando a oposição e a sociedade civil a contestar a sua candidatura com marchas violentamente reprimidadas pela Polícia.
-0- PANA SIL/SSB/MAR/TON 05fev2012
Durante uma conferência de imprensa sábado horas antes da abertura da campanha eleitoral, prevista para domingo, os candidatos Moustapha Niasse, Ousmane Tanor Dieng, Idrissa Seck, Cheikh Bamba Dièye, Macky Sall, Cheikh Tidiane Gadio e Ibrahima Fall assinaram uma declaração na qual eles exprimiram o seu engajamento coletivo em impedir a candidatura do Presidente Abdoulaye Wade para um novo mandato.
« Não vamos boicotar a campanha eleitoral, nem o escrutínio. Não pensamos ontem, nem hoje, nem amanhã, a organização dum escrutínio presidencial com Abdoulaye Wade como candidato”, declarou Moustapha Niasse, candidato da coligação Benno Siggil Senegal.
O ex-primeiro-ministro acrescentou que ele e os seus camaradas do Movimento de 23 de Junho (M23), que agrupa partidos da oposição e organizações da sociedade civil, vão participar na campanha eleitoral, para “continuar e amplificar a luta, com todas as forças agrupadas no seio do M23, para que Wade não dispute um novo mandato”.
« Um escrutínio presidencial não pode ocorrer e não decorrerá com a candidatura inconstitucional de Abdoulaye Wade. É no quadro desta tragédia que vamos pôr todas as nossas candidaturas ao serviço duma campanha solidária, unificada e visada num único objetivo: impor a Abdoulaye Wade a retirada da sua candidatura e a organização dum escrutínio presidencial sem ele”, acrescentou, descartando qualquer boicote por parte dos candidatos da oposição.
Para o candidato e ex-primeiro-ministro Macky Sall, "este é um consenso que exclui a participação de Abdoulaye Wade nas eleições presidenciais”, cuja campanha inicia domingo.
O candidato Cheikh Tidiane Gadio, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, salientou a “frente comum contra o desafio lançado pelo Presidente Abdoulaye Wade às populações".
Apesar da invalidação da sua candidatura pelo Conselho Constitucional, o músico Youssou Ndour estava presente na conferência durante a qual ele convidou os jovens a assumir as suas responsabilidades face ao Presidente Wade.
O Senegal está abalado por violentas manifestações contra a validação, a 27 de janeiro, pelo Conselho Constitucional da candidatura do Presidente Wade, que provocaram cinco mortos em todo país.
Eleito em 2000 e reeleito em 2007, Wade candidatou-se para mais um mandato que a oposição e a sociedade civil qualificam de inconstitucional, visto que a Constituição limita a dois o mandato presidencial.
Todavia, o Presidente cessante alega que a nova Constituição revista em 2001 lhe autoriza candidatar-se para um novo mandato, levando a oposição e a sociedade civil a contestar a sua candidatura com marchas violentamente reprimidadas pela Polícia.
-0- PANA SIL/SSB/MAR/TON 05fev2012