Candidato derrotado nas presidenciais na Guiné Conakry impedido de sair do país
Conakri, Guiné (PANA) - O candidato derrotado nas eleições presidenciais de outubro último na Guiné, Mamadou Cellou Dalein Diallo, foi impedido quarta-feira à noite de sair do país para o Mali vizinho, soube a PANA de várias fontes bem informadas.
O líder da União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG), explicaram as mesmas fontes, cujo passaporte lhe foi entregue, regressou simplesmente à sua residência.
No Mali, o positor guineense queria ir assistir ao funeral do seu amigo e opositor maliano, SoumaÎla Cissé, falecido recentemente de coronavírus em França, seundo as mesmas fontes.
Algumas horas após o anúncio da morte de Soumaïla Cissé, que vai enterrar nesta sexta-feira, o líder da UFDG expressou a sua "grande surpresa" na sua página do Facebook.
Escreveu que o falecido tinha prometido ir à Guiné para tentar encontrar soluções para um diálogo entre o Governo e a oposição.
Como Cellou Dalein, a sua esposa Hadja Halimatou Diallo também foi impedida, há dias, de viajar para Dakar, no Senegal, por razões de saúde.
A mesma medida foi tomada contra um outro opositor Sydia Touré (ex-primeiro-ministro), líder da União das Forças Republicanas (UFR), que queria viajar para Abidjan, na Côte d’Ivoire, por razões familiares.
Nunca foi dada qualquer explicação oficial sobre estas diferentes medidas tomadas contra líderes de partidos da oposição e seus parentes.
Apesar de Presidente cessante da Guiné, Alpha Condé, já empossado para um terceiro mandato, desta feita por seis anos, renovável uma vez, o líder da UFDG ainda afirma ter sido eleito pelos Guineenses, e que este último, "pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI)."
Celiou Dalein Diallo autoproclamou-se vencedor na primeira volta do escrutínio antes do final das operações de votação.
-0- PANA AC/JSG/DIM/DD 31dezembro2020