PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Candidata cabo-verdiana à frente do BAD conta com apoio de vários países, diz chefe de Estado
Praia, Cabo Verde (PANA) - A candidatura da atual ministra cabo-verdiana das Finanças, Cristina Duarte, à presidência do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) conta já com o apoio "claro, firme e incondicional” de vários países e com “muita simpatia” de outros tantos que ainda não tomaram um posição clara sobre o assunto.
Esta declaração foi feita terça-feira última pelo Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, quando apresentava à imprensa os resultados da sua participação na cimeira da União Africana (UA) decorrida de 23 e 31 de janeiro último em Addis Abeba (Etiópia).
Garantiu que há um apoio “unânime” dos Estados insulares africanos à candidata cabo-verdiana.
Avançou ainda ter notado, dos contactos mantidos com alguns homólogos africanos, da parte destes “muita simpatia” à volta da candidatura de Cristina Duarte, "pelo facto de Cabo Verde ser “um país sem pretensão de hegemonia e com pouca presença de personalidades na direção dos organismos internacionais”.
Segundo ele, outra das razões apresentadas e que justificam o seu otimismo, prendem-se com o facto de atual ministra das Finanças ser a única que protagoniza uma candidatura feminina, quando a UA declarou 2015 como o ano do “Empoderamento das mulheres e do desenvolvimento rumo à agenda africana para 2063".
“É a única candidata feminina e nunca houve uma mulher a presidir ao BAD, que também nunca teve uma pessoa originária de um país insular à sua frente”, cenário que, segundo ele, poderá representar um entrave às aspirações de Cabo Verde mas que, por outro lado, pode ser uma grande oportunidade de o país vir a fazer a diferença.
Outra circunstância que, de acordo com Jorge Carlos Fonseca pode ser, “potencialmente positiva” para Cabo Verde é a premissa de que os votantes para a presidência do BAD não são apenas de países africanos, que representam 60 porcento dos votos.
Outros países, como os Estados Unidos, da Ásia e da Europa detêm 40 porcento das ações do Banco, pelo que “Cabo Verde tem que jogar nos dois tabuleiros, o africano, não esquecendo o não regional”, alertou.
Entretanto, o ex-Presidente cabo-verdiano, António Mascarenhas Monteiro (de 1991 a 2001), na qualidade de enviado especial do atual chefe de Estado, vai visitar vários países africanos para pedir apoios à candidatura da ministra cabo-verdiana das Finanças à liderança do BAD.
António Mascarenhas Monteiro disse, no final de um recente encontro com Jorge Carlos Fonseca, que se junta aos esforços diplomáticos do Governo cabo-verdiano para levar Cristina Duarte à liderança do BAD nas eleições do próximo de 28 de maio próximo.
Manifestando-se “otimista”, quanto a uma vitória de Cristina Duarte, Mascarenhas Monteiro disse que, entre os países a visitar, estão a Tunísia, o Egito e a Argélia, e que deverá também deslocar-se a outros Estados da costa ocidental africana que não especificou.
-0- PANA CS/DD 04fev2015
Esta declaração foi feita terça-feira última pelo Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, quando apresentava à imprensa os resultados da sua participação na cimeira da União Africana (UA) decorrida de 23 e 31 de janeiro último em Addis Abeba (Etiópia).
Garantiu que há um apoio “unânime” dos Estados insulares africanos à candidata cabo-verdiana.
Avançou ainda ter notado, dos contactos mantidos com alguns homólogos africanos, da parte destes “muita simpatia” à volta da candidatura de Cristina Duarte, "pelo facto de Cabo Verde ser “um país sem pretensão de hegemonia e com pouca presença de personalidades na direção dos organismos internacionais”.
Segundo ele, outra das razões apresentadas e que justificam o seu otimismo, prendem-se com o facto de atual ministra das Finanças ser a única que protagoniza uma candidatura feminina, quando a UA declarou 2015 como o ano do “Empoderamento das mulheres e do desenvolvimento rumo à agenda africana para 2063".
“É a única candidata feminina e nunca houve uma mulher a presidir ao BAD, que também nunca teve uma pessoa originária de um país insular à sua frente”, cenário que, segundo ele, poderá representar um entrave às aspirações de Cabo Verde mas que, por outro lado, pode ser uma grande oportunidade de o país vir a fazer a diferença.
Outra circunstância que, de acordo com Jorge Carlos Fonseca pode ser, “potencialmente positiva” para Cabo Verde é a premissa de que os votantes para a presidência do BAD não são apenas de países africanos, que representam 60 porcento dos votos.
Outros países, como os Estados Unidos, da Ásia e da Europa detêm 40 porcento das ações do Banco, pelo que “Cabo Verde tem que jogar nos dois tabuleiros, o africano, não esquecendo o não regional”, alertou.
Entretanto, o ex-Presidente cabo-verdiano, António Mascarenhas Monteiro (de 1991 a 2001), na qualidade de enviado especial do atual chefe de Estado, vai visitar vários países africanos para pedir apoios à candidatura da ministra cabo-verdiana das Finanças à liderança do BAD.
António Mascarenhas Monteiro disse, no final de um recente encontro com Jorge Carlos Fonseca, que se junta aos esforços diplomáticos do Governo cabo-verdiano para levar Cristina Duarte à liderança do BAD nas eleições do próximo de 28 de maio próximo.
Manifestando-se “otimista”, quanto a uma vitória de Cristina Duarte, Mascarenhas Monteiro disse que, entre os países a visitar, estão a Tunísia, o Egito e a Argélia, e que deverá também deslocar-se a outros Estados da costa ocidental africana que não especificou.
-0- PANA CS/DD 04fev2015