PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo-verdianos manifestam-se contra cortes de energia
Praia, Cabo Verde (PANA) – Os habitantes da capital cabo-verdiana, Praia, manifestaram-se terça-feira à tarde contra os constantes cortes de energia elétrica pela Empresa de Eletricidade e Água (Electra) e exigiram a tomada de medidas para uma imediata regularização do seu fornecimento.
A manifestação, convocada pela Associação Cívica de Desenvolvimento da Praia (Pró-Praia), visou igualmente exigir ao Estado, enquanto provedor natural de bens e serviços essenciais às comunidades, a assunção das suas responsabilidades, intransferíveis, acionando os mecanismos capazes de conduzir à imediata regularização do fornecimento de energia e água à população.
Os cortes de energia, juntamente com ruturas frequentes de abastecimento de água, constituem um problema crónico que tem afetado regularmente os mais de 130 mil habitantes da Praia.
“Electra Vergonha Nacional” e “Respeito” foram algumas das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Pró-Praia, Alcides Oliveira, indicou que os sucessivos cortes de energia elétrica na capital cabo-verdiana nos últimos dois meses constituem uma situação “insustentável” com graves prejuízos económicos, quer às empresas como aos particulares.
No final da manifestação, foi entregue um abaixo assinado ao chefe de gabinete do primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves, que, na presença dos jornalistas, disse ao líder do Pró-Praia que a questão da energia é uma das preocupações do Executivo.
Desde maio, a situação energética na Praia agravou-se, com cortes diários de várias horas, inviabilizando também, em grande parte dos casos, a distribuição de água.
Entre 23 de maio e 10 de junho, a capital cabo-verdiana ficou sem água primeiro ao longo de seis dias, devido a obras de reparação e, depois, durante 12 dias, por causa de uma avaria. Além da água, os cortes de energia elétrica foram igualmente constantes.
Um dos motivos dos cortes é a rutura da tesouraria que a empresa de eletricidade e água está a enfrentar devido ao aumento frequente do preço dos combustíveis, aliado ao fenómeno de roubo de energia, sobretudo na capital, o que causa à Electra um prejuízo diário de dois milhões de escudos (cerca de 18 mil euros).
Em entrevista à Rádio Nacional de Cabo Verde, o administrador da Electra, Rui Spencer, garantiu que a situação de energia e água no país vai ser resolvida brevemente, com a colaboração do Governo, e de uma bolsa de investimento para saldar as dívidas acumuladas junto das empresas petrolíferas, que só aceitam fornecer combustíveis à Electra a pronto pagamento.
No entanto, o problema de abastecimento de energia elétrica à Praia e à toda a ilha de Santiago só deverá ficar resolvido com a entrada em funcionamento dos novos geradores e dessanilizadores que acabam de ser adquiridos pelo Governo e estão em fase de instalação na central de Palmarejo.
-0- PANA CS/TON 20jul2011
A manifestação, convocada pela Associação Cívica de Desenvolvimento da Praia (Pró-Praia), visou igualmente exigir ao Estado, enquanto provedor natural de bens e serviços essenciais às comunidades, a assunção das suas responsabilidades, intransferíveis, acionando os mecanismos capazes de conduzir à imediata regularização do fornecimento de energia e água à população.
Os cortes de energia, juntamente com ruturas frequentes de abastecimento de água, constituem um problema crónico que tem afetado regularmente os mais de 130 mil habitantes da Praia.
“Electra Vergonha Nacional” e “Respeito” foram algumas das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Pró-Praia, Alcides Oliveira, indicou que os sucessivos cortes de energia elétrica na capital cabo-verdiana nos últimos dois meses constituem uma situação “insustentável” com graves prejuízos económicos, quer às empresas como aos particulares.
No final da manifestação, foi entregue um abaixo assinado ao chefe de gabinete do primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves, que, na presença dos jornalistas, disse ao líder do Pró-Praia que a questão da energia é uma das preocupações do Executivo.
Desde maio, a situação energética na Praia agravou-se, com cortes diários de várias horas, inviabilizando também, em grande parte dos casos, a distribuição de água.
Entre 23 de maio e 10 de junho, a capital cabo-verdiana ficou sem água primeiro ao longo de seis dias, devido a obras de reparação e, depois, durante 12 dias, por causa de uma avaria. Além da água, os cortes de energia elétrica foram igualmente constantes.
Um dos motivos dos cortes é a rutura da tesouraria que a empresa de eletricidade e água está a enfrentar devido ao aumento frequente do preço dos combustíveis, aliado ao fenómeno de roubo de energia, sobretudo na capital, o que causa à Electra um prejuízo diário de dois milhões de escudos (cerca de 18 mil euros).
Em entrevista à Rádio Nacional de Cabo Verde, o administrador da Electra, Rui Spencer, garantiu que a situação de energia e água no país vai ser resolvida brevemente, com a colaboração do Governo, e de uma bolsa de investimento para saldar as dívidas acumuladas junto das empresas petrolíferas, que só aceitam fornecer combustíveis à Electra a pronto pagamento.
No entanto, o problema de abastecimento de energia elétrica à Praia e à toda a ilha de Santiago só deverá ficar resolvido com a entrada em funcionamento dos novos geradores e dessanilizadores que acabam de ser adquiridos pelo Governo e estão em fase de instalação na central de Palmarejo.
-0- PANA CS/TON 20jul2011