PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo-verdianos elegem Presidente da República
Praia, Cabo Verde (PANA) – Um total de 305.349 Cabo-verdianos inscritos nos cadernos eleitorais no país e no estrangeiro deverão votar este domingo para eleger entre Jorge Carlos Fonseca e Manuel Inocêncio Sousa o sucessor de Pedro Pires na Presidência da República de Cabo Verde.
Jorge Carlos Fonseca, do Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição, liderou a primeira volta com 37,3 porcento dos votos, enquanto Manuel Inocêncio Sousa, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), no poder, obteve 32 porcento, reflectindo uma diferença de cerca de 8.500 votos entre os dois candidatos.
Dos 162.165 eleitores na primeira volta, 60.438 optaram por Fonseca, 52.970 por Inocêncio e 44.500 votaram no ex-presidente do Parlamento e deputado do PAICV, Aristides Lima, ao passo que os restantes 3.169 escolheram o independente Joaquim Jaime Monteiro.
Na segunda volta, Inocêncio vai contar com o apoio da Comissão Política Regional do PAICV de Santiago Sul, que na primeira volta sustentou Lima, o que, segundos os observadores, poderá garantir-lhe a vitória na segunda volta das presidenciais cabo-verdianas, visto que este é o maior círculo eleitoral do país, representando quase 30 porcento dos votos.
Falando aos jornalistas à saída do único debate na televisão e rádio públicas de Cabo Verde, quarta-feira passada, Inocêncio indicou que o apoio é o” resultado da estratégia” adotada para a segunda volta, que visava ir à conquista dos apoiantes de Aristides Lima, que obteve 44.500 votos no primeiro turno (27,4 porcento do total).
Por sua vez, Fonseca desvalorizou o apoio dado pela Comissão Política do PAICV de Santiago do Sul ao seu adversário, garantindo que Inocêncio não beneficiará dos votos de Lima no maior círculo eleitoral do país, isto porque esse candidato deu liberdade de voto aos seus apoiantes na segunda volta.
Entretanto, a última fase da campanha eleitoral para a segunda volta ficou marcada por acusações da parte do candidato apoiado pelo MpD de alegada de corrupção, nomeadamente a compra de votos, na primeira volta, por parte da candidatura apoiada pelo PAICV.
No sábado, a candidatura de Jorge Carlos Fonseca lançou a “suspeita” de que o delegado da Comissão Nacional de Eleições (CNE) nos Estados Unidos teria sido preso na posse de 250 mil dólares e 800 passaportes cabo-verdianos, entre muitas outras considerações.
À tarde, e demarcando-se de qualquer ligação ao caso, Cristina Lima, mandatária nacional da candidatura de Manuel Inocêncio Sousa, acusou o seu homólogo adversário de querer “perverter mais uma vez” o sistema eleitoral em Cabo Verde, sublinhando que, antes de se fazerem denúncias, deve sempre investigar-se.
“Trata-se de mais uma tentativa para semear a confusão entre os eleitores. Já é recorrente este expediente nas vésperas de eleições, que acabam sempre por servir para justificar as derrotas”, defendeu a mandatária de Inocêncio, sublinhando tratar-se de “mais um teatro” dos elementos ligados à candidatura de Fonseca.
Pouco depois, a CNE lamentou “veementemente” o episódio, provando, documentalmente, que o ex-delegado nos Estados Unidos (entretanto substituído com caráter de urgência) foi repatriado para Cabo Verde face ao facto de o seu visto de permanência ter caducado.
“Estamos todos indignados por este tipo de levantamento de suspeitas pôr em causa a credibilidade da CNE e de, em última análise, pôr em causa o processo eleitoral em Cabo Verde”, frisou a porta-voz da CNE, Maria João Novais.
A CNE garante, entretanto, que tudo está a posto para esta segunda volta das presidenciais.
Maria Novais assegura estar já montada a máquina para garantir toda a operação eleitoral e que todos os materiais já foram distribuídos às 1.140 mesas e assembleias de voto espalhadas por Cabo Verde e pela diáspora.
A porta-voz da CNE pediu também "às duas candidaturas e aos seus apoiantes" que dêem "prova de maturidade política e democrática, contribuindo para que a eleição deste domingo seja mais uma etapa do nosso processo democrático e mais uma oportunidade para os cabo-verdianos escolherem, de forma livre e consciente, o mais Alto Magistrado da nação”.
Os primeiros resultados do escrutínio deverão ser conhecidos esta noite algumas horas após o encerramento das urnas previstas para as 18 horas locais e TMG.
Cabo Verde, em 36 anos de independência, teve quatro Presidentes, nomeadamente Aristides Pereira (1975-1991), António Mascarenhas Monteiro (1991-2001) e Pedro Pires (desde 2001 e que está constitucionalmente impedido de concorrer a um terceiro mandato).
-0- PANA CS/TON 21ago2011
Jorge Carlos Fonseca, do Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição, liderou a primeira volta com 37,3 porcento dos votos, enquanto Manuel Inocêncio Sousa, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), no poder, obteve 32 porcento, reflectindo uma diferença de cerca de 8.500 votos entre os dois candidatos.
Dos 162.165 eleitores na primeira volta, 60.438 optaram por Fonseca, 52.970 por Inocêncio e 44.500 votaram no ex-presidente do Parlamento e deputado do PAICV, Aristides Lima, ao passo que os restantes 3.169 escolheram o independente Joaquim Jaime Monteiro.
Na segunda volta, Inocêncio vai contar com o apoio da Comissão Política Regional do PAICV de Santiago Sul, que na primeira volta sustentou Lima, o que, segundos os observadores, poderá garantir-lhe a vitória na segunda volta das presidenciais cabo-verdianas, visto que este é o maior círculo eleitoral do país, representando quase 30 porcento dos votos.
Falando aos jornalistas à saída do único debate na televisão e rádio públicas de Cabo Verde, quarta-feira passada, Inocêncio indicou que o apoio é o” resultado da estratégia” adotada para a segunda volta, que visava ir à conquista dos apoiantes de Aristides Lima, que obteve 44.500 votos no primeiro turno (27,4 porcento do total).
Por sua vez, Fonseca desvalorizou o apoio dado pela Comissão Política do PAICV de Santiago do Sul ao seu adversário, garantindo que Inocêncio não beneficiará dos votos de Lima no maior círculo eleitoral do país, isto porque esse candidato deu liberdade de voto aos seus apoiantes na segunda volta.
Entretanto, a última fase da campanha eleitoral para a segunda volta ficou marcada por acusações da parte do candidato apoiado pelo MpD de alegada de corrupção, nomeadamente a compra de votos, na primeira volta, por parte da candidatura apoiada pelo PAICV.
No sábado, a candidatura de Jorge Carlos Fonseca lançou a “suspeita” de que o delegado da Comissão Nacional de Eleições (CNE) nos Estados Unidos teria sido preso na posse de 250 mil dólares e 800 passaportes cabo-verdianos, entre muitas outras considerações.
À tarde, e demarcando-se de qualquer ligação ao caso, Cristina Lima, mandatária nacional da candidatura de Manuel Inocêncio Sousa, acusou o seu homólogo adversário de querer “perverter mais uma vez” o sistema eleitoral em Cabo Verde, sublinhando que, antes de se fazerem denúncias, deve sempre investigar-se.
“Trata-se de mais uma tentativa para semear a confusão entre os eleitores. Já é recorrente este expediente nas vésperas de eleições, que acabam sempre por servir para justificar as derrotas”, defendeu a mandatária de Inocêncio, sublinhando tratar-se de “mais um teatro” dos elementos ligados à candidatura de Fonseca.
Pouco depois, a CNE lamentou “veementemente” o episódio, provando, documentalmente, que o ex-delegado nos Estados Unidos (entretanto substituído com caráter de urgência) foi repatriado para Cabo Verde face ao facto de o seu visto de permanência ter caducado.
“Estamos todos indignados por este tipo de levantamento de suspeitas pôr em causa a credibilidade da CNE e de, em última análise, pôr em causa o processo eleitoral em Cabo Verde”, frisou a porta-voz da CNE, Maria João Novais.
A CNE garante, entretanto, que tudo está a posto para esta segunda volta das presidenciais.
Maria Novais assegura estar já montada a máquina para garantir toda a operação eleitoral e que todos os materiais já foram distribuídos às 1.140 mesas e assembleias de voto espalhadas por Cabo Verde e pela diáspora.
A porta-voz da CNE pediu também "às duas candidaturas e aos seus apoiantes" que dêem "prova de maturidade política e democrática, contribuindo para que a eleição deste domingo seja mais uma etapa do nosso processo democrático e mais uma oportunidade para os cabo-verdianos escolherem, de forma livre e consciente, o mais Alto Magistrado da nação”.
Os primeiros resultados do escrutínio deverão ser conhecidos esta noite algumas horas após o encerramento das urnas previstas para as 18 horas locais e TMG.
Cabo Verde, em 36 anos de independência, teve quatro Presidentes, nomeadamente Aristides Pereira (1975-1991), António Mascarenhas Monteiro (1991-2001) e Pedro Pires (desde 2001 e que está constitucionalmente impedido de concorrer a um terceiro mandato).
-0- PANA CS/TON 21ago2011