Cabo-verdianos contribuem com mais de 45 mil euros para Moçambique
Praia, Cabo Verde (PANA) - A população cabo-verdiana aderiu “em massa” à campanha de solidariedade com Moçambique, sob a égide da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV), contribuindo, ate ao momento, com mais de 45 mil euros e centenas de bens, apurou a PANA, quarta-feira, na cidade da Praia, de fonte da referida instituição.
De acordo com o presidente da CVCV, Arlindo Carvalho, que falava a jornalistas na capital cabo-verdiana, palco do ato central do Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, assinalado a 08 de maio, registou-se “uma adesão em massa da parte dos Cabo-verdianos, mas também de empresas e instituições”.
Ele precisou que as várias contas abertas pela instituição nos bancos cabo-verdianos reuniram, até ao momento, cinco milhões de escudos cabo-
Além desta campanha, a assistência humanitária prestada por Cabo Verde em Moçambique foi um sucesso, segundo o presidente da CVCV, para quem “o pessoal trabalhou, deixou Cabo Verde bem representado e semeou ali o amor”.
A equipa cabo-verdiana, que chegou a Moçambique a 18 de abril e ali permaneceu durante duas semanas.
Integrou 12 elementos e desenvolveu atividades nas áreas de cardiologia, de clínica geral, de promoção de saúde, de urgência de adulto e crianças com sintomas associados ao ciclone Idai, de ginecologia e obstetrícia, de cirurgia geral, de enfermagem e de psicologia.
“Fizeram um grande trabalho reconhecido não só pelas forças no terreno, como a representação do Movimento Internacional da Cruz Vermelho e Crescente Vermelho, pela organização dos Médicos no Mundo, mas também pelas instituições do Estado de Moçambique e por outras ali presentes”.
Os resultados positivos desta missão levaram a que tivesse prolongado o tempo da sua estadia em Moçambique e, “agora, estão a insistir no envio de uma outra equipa”, revelou o presidente da CVCV.
Esta equipa cabo-verdiana, composta por quatro médicos, seis enfermeiros, uma psicóloga e um elemento da proteção civil, foi incluída numa equipa formada por técnicos da Cruz Vermelha Portuguesa, por médicos internacionais e por técnicos voluntários daquela localidade.
Moçambique foi atingido por dois ciclones na mesma época chuvosa, de novembro a abril, depois de, em março último, o ciclone Idai, de categoria três, ter atingido o cento do pais, onde provocou 603 mortos.
Poucos dias depois, foi a vez do ciclone Kenneth ceifar a vidade de 45 pessoas, segundo os dados mais recentes das autoridades moçambicanas.
-0- PANA CS/DD 09maio2019