Cabo-verdianos bloqueados no Senegal querem regressar ao país
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cerca de 30 passageiros cabo-verdianos, bloqueados no Senegal, devido à suspensão dos voos Dakar(capital senegalesa)/Praia, querem regressar ao seu pais, apurou a PANA de fonte segura.
Eles juntam-se a mais 70 trabalhadores de uma empresa do ramo da construção civil que também aguardam pelo seu repatriamento, declarou segunda-feira à Radio de Cabo Verde (RCV) o embaixador cabo-verdiano no Senegal, Felino Carvalho.
De acordo com o diplomata, está-se a tentar encontrar uma solução “urgente” para o problema dos passageiros bloqueados, junto das autoridades na cidade da Praia.
"São pessoas que já têm algumas dificuldades em termos de sustentabilidade e de sobrevivência cá no Senegal”, alertou.
Em relação aos 70 trabalhadores do ramo da construção civil, o embaixador adiantou que também eles querem regressar a Cabo Verde, tendo em conta a paralisação das obras, por causa da pandemia de Covid-19, que afeta o Senegal onde, neste momento, já existem 162 casos confirmados, embora ainda não se tenha registado nenhuma morte.
Entretanto, Felino Carvalho assumiu o pagamento da renda de "dois ou três quartos" para estudantes cabo-verdianos na Universidade Cheick Anta Diop (UCAD) de Dakar, devido ao encerramento da residência estudantil.
O anúncio foi feito segunda-feira através de um comunicado na página oficial do Governo cabo-verdiano na página Faceboook.
O Governo recordou que, tendo em conta a evolução do Covid-19 no Senegal, o Governo e o Presidente senegaleses adotaram a 14 de março corrente um conjunto de medidas preventivas, dentre as quais o encerramento de escolas e de universidades.
No mesmo contexto, a UCAD, a maior Universidade do país, decidiu encerrar a residência dos estudantes na cidade universitária com efeitos imediatos, referiu.
Ao tomar conhecimento do incidente, a Embaixada de Cabo Verde entrou em contacto com os estudantes presentes na residência estudantil, manifestando-lhes a sua solidariedade e procurando em conjunto encontrar uma solução imediata para esta situação, lê-se na página.
Por isso, a Embaixada apresentou a proposta de assumir o pagamento da renda de dois ou três quartos para instalar os estudantes para o período durante o qual a Universidade estará fechada, enquanto se procura soluções "mais realistas."
A embaixada de Cabo Verde no Senegal avança ainda que a proposta foi aceite pelos estudantes.
-0- PANA CS/DD 30março2020