PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo-verdiano condenado a 3 anos de prisão por perjúrio nos EUA
Praia- Cabo Verde (PANA) -- O antigo director da cadeia de São Martinho, em Cabo Verde, foi condenado por um tribunal da cidade de Bóston, nos Estados Unidos, a três anos de prisão, por mentir sobre o seu passado quando chegou a este país, apurou a PANA sexta-feira.
Carlos de Graça Lopes, de 46 anos, conseguiu embarcar para os Estados Unidos após ter sido acusado pelo Ministério Público de tortura, quando era director do maior estabelecimento prisional de Cabo Verde.
As acusações contra Carlos Graça seguiram-se a um motim ocorrido, em Dezembro de 2005, na cadeia de São Martinho, a poucos quilómetros da capital cabo-verdiana, Praia, devido à mudança do horário de visita no Natal, e de que resultou um morto e três feridos.
Na sequência deste que foi o primeiro motim numa prisão em Cabo Verde, foi criada uma comissão de inquérito para apurar as causas e as circunstâncias em que ocorreu a rebelião dos presos que na altura aguardavam a visita dos seus familiares no dia do Natal.
Conforme explicou o na altura director da cadeia, a rebelião ocorreu depois de a direcção do estabelecimento ter decidido, por causa da superlotação, separar o horário de visita dos presos já condenados do dos que se encontravam em prisão preventiva à espera de julgamento.
Esta decisão desagradou aos detidos e aos seus familiares que já se encontravam nas imediações da cadeia para visita aos presos, que se rebelaram partindo as portas das celas e outros objectos no interior da cadeia.
Face à situação, a segurança no local foi reforçada com elementos da Polícia de Ordem Pública (POP), bem como do Corpo de Intervenção que se juntaram aos guardas prisionais para dominar a rebelião, recorrendo inclusive ao gás lacrimogénio.
Na sequência da intervenção das forças da ordem, circularam notícias desencontradas sobre a situação no interior do estabelecimento prisional e sobre o número de mortos e feridos, o que deu lugar a uma situação particularmente tensa nos arredores da cadeia e do Hospital Agostinho Neto, para onde foram transportados os feridos e o preso que acabou por morrer.
O director da prisão disse então à imprensa, depois de as forças policiais terem reposto a ordem na cadeia, que a vítima mortal da rebelião e os feridos tinham sido atingidos por balas de ricochete disparadas pelas forças policiais contra a parede quando tentavam repor a ordem.
Contudo, a comissão de inquérito, instaurada pelo Ministério da Justiça, concluiu que a actuação de Carlos Graça à frente do estabelecimento prisional era indiciadora de práticas irregulares, incluindo a tortura de presos.
Carlos Graças, um oficial das Forças Armadas que estava em comissão de serviço como director da cadeia de São Martinho, embarcou então rumo ao Estados Unidos sem que as autoridades judiciais tivessem impedido a sua saída do país.
Notícias veiculadas por órgãos da imprensa cabo-verdiana deram conta nessa altura de que o ex-director da cadeia central de São Martinho tinha sido descoberto pelas autoridades norte-americanas pouco depois da sua chegada aos Estados Unidos.
Na altura, ele recebeu ordem de deportação, tendo, entretanto, requerido a sua permanência no país e mentido perante um juiz de imigração norte-americano ao afirmar que nunca tinha sido detido ou acusado de qualquer crime noutro país.
Submetido a julgamento, Carlos Graça foi agora condenado a três anos de prisão por mentir sobre o seu passado quando chegou aos Estados Unidos, após ser acusado de tortura quando era director de uma prisão em Cabo Verde.
Carlos de Graça Lopes, de 46 anos, conseguiu embarcar para os Estados Unidos após ter sido acusado pelo Ministério Público de tortura, quando era director do maior estabelecimento prisional de Cabo Verde.
As acusações contra Carlos Graça seguiram-se a um motim ocorrido, em Dezembro de 2005, na cadeia de São Martinho, a poucos quilómetros da capital cabo-verdiana, Praia, devido à mudança do horário de visita no Natal, e de que resultou um morto e três feridos.
Na sequência deste que foi o primeiro motim numa prisão em Cabo Verde, foi criada uma comissão de inquérito para apurar as causas e as circunstâncias em que ocorreu a rebelião dos presos que na altura aguardavam a visita dos seus familiares no dia do Natal.
Conforme explicou o na altura director da cadeia, a rebelião ocorreu depois de a direcção do estabelecimento ter decidido, por causa da superlotação, separar o horário de visita dos presos já condenados do dos que se encontravam em prisão preventiva à espera de julgamento.
Esta decisão desagradou aos detidos e aos seus familiares que já se encontravam nas imediações da cadeia para visita aos presos, que se rebelaram partindo as portas das celas e outros objectos no interior da cadeia.
Face à situação, a segurança no local foi reforçada com elementos da Polícia de Ordem Pública (POP), bem como do Corpo de Intervenção que se juntaram aos guardas prisionais para dominar a rebelião, recorrendo inclusive ao gás lacrimogénio.
Na sequência da intervenção das forças da ordem, circularam notícias desencontradas sobre a situação no interior do estabelecimento prisional e sobre o número de mortos e feridos, o que deu lugar a uma situação particularmente tensa nos arredores da cadeia e do Hospital Agostinho Neto, para onde foram transportados os feridos e o preso que acabou por morrer.
O director da prisão disse então à imprensa, depois de as forças policiais terem reposto a ordem na cadeia, que a vítima mortal da rebelião e os feridos tinham sido atingidos por balas de ricochete disparadas pelas forças policiais contra a parede quando tentavam repor a ordem.
Contudo, a comissão de inquérito, instaurada pelo Ministério da Justiça, concluiu que a actuação de Carlos Graça à frente do estabelecimento prisional era indiciadora de práticas irregulares, incluindo a tortura de presos.
Carlos Graças, um oficial das Forças Armadas que estava em comissão de serviço como director da cadeia de São Martinho, embarcou então rumo ao Estados Unidos sem que as autoridades judiciais tivessem impedido a sua saída do país.
Notícias veiculadas por órgãos da imprensa cabo-verdiana deram conta nessa altura de que o ex-director da cadeia central de São Martinho tinha sido descoberto pelas autoridades norte-americanas pouco depois da sua chegada aos Estados Unidos.
Na altura, ele recebeu ordem de deportação, tendo, entretanto, requerido a sua permanência no país e mentido perante um juiz de imigração norte-americano ao afirmar que nunca tinha sido detido ou acusado de qualquer crime noutro país.
Submetido a julgamento, Carlos Graça foi agora condenado a três anos de prisão por mentir sobre o seu passado quando chegou aos Estados Unidos, após ser acusado de tortura quando era director de uma prisão em Cabo Verde.