PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde verifica eficácia de Deltametrina no combate a mosquitos
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Ministério da Saúde de Cabo Verde vai realizar estudos para testar se o Deltametrina, produto que vem sendo utilizado para pulverização continua ainda a ser eficaz no combate aos mosquitos, apurou a PANA, sexta-feira, na cidade da Praia, de fonte segura.
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), a delegada de Saúde na capital cabo-verdiana, Ulardina Furtado, explicou que a ideia de se realizar esse estudo já existia, mas que se decidiu agora apressar a sua concretização devido ao surto do paludismo que atualmente afeta a cidade capital do país.
“Vamos fazer um estudo para vermos se o produto que estamos a utilizar está a fazer o efeito desejado, porque já temos dúvidas se de facto é o melhor. Já lá vão muitos anos de uso do mesmo produto e, depois de vários anos, pode ser que os mosquitos estejam agora mais resistentes”, precisou.
Ulardina Furtado lembrou que, no ano de 2016, foram registados 47 casos, depois das chuvas, número já ultrapassado este ano, ainda antes das chuvas, ou seja mais de 70 casos, “o que demonstra que algo está errado”.
Segundo adiantou, as estratégias de combate têm sido as mesmas e até com reforço de meios.
Neste momento, a Delegacia de Saúde da Praia tem no terreno cerca de 80 pessoas, das quais 16 pulverizadores distribuídos em oito equipas de pulverização.
As equipas integram também agentes da educação e formação para a saúde que têm trabalhado em todas as zonas da capital na educação porta-a-porta, juntamente com os técnicos da pulverização.
Conforme a delegada, para além da pulverização domiciliar, tecnicos fazem a pulverização espacial com respostas também nos casos de doença, com o objetivo de cortar a cadeia ou eliminar os focos de mosquitos vetores.
“Cada caso de paludismo que registamos, nós vamos a esta casa, traçamos um raio de 300 metros e fazemos a busca ativa. Nesse raio fazemos a intervenção com pulverização e utilização de abate”, explicou a médica.
Adiantou que mais de 70 casos de paludismo já foram registados este ano na cidade da Praia, sendo o bairro de Achada Santo António, o mais populoso da captal cabo-verdiana, o mais afetado, seguido de Ponta Belém, Achadinha e Várzea.
O relatório divullgado em abril do ano passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para assinalar o Dia Mundial de luta contra o Paludismo indicava que Cabo Verde está na lista dos 21 países capazes de eliminar a enfermidade nos próximos cinco anos.
Cabo Verde, refira-se, registou em 2014 um total de 46 casos de malária, 20 dos quais importados, bem como duas mortes devido a mesma doença.
O relatório da OMS sobre a paludismo, divulgado em setembro de 2015, revelava que Cabo Verde é o único país lusófono em fase de pré-eliminação da malária, que lá se encontra desde 2010.
-0- PANA CS/DD 26agosto2017
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), a delegada de Saúde na capital cabo-verdiana, Ulardina Furtado, explicou que a ideia de se realizar esse estudo já existia, mas que se decidiu agora apressar a sua concretização devido ao surto do paludismo que atualmente afeta a cidade capital do país.
“Vamos fazer um estudo para vermos se o produto que estamos a utilizar está a fazer o efeito desejado, porque já temos dúvidas se de facto é o melhor. Já lá vão muitos anos de uso do mesmo produto e, depois de vários anos, pode ser que os mosquitos estejam agora mais resistentes”, precisou.
Ulardina Furtado lembrou que, no ano de 2016, foram registados 47 casos, depois das chuvas, número já ultrapassado este ano, ainda antes das chuvas, ou seja mais de 70 casos, “o que demonstra que algo está errado”.
Segundo adiantou, as estratégias de combate têm sido as mesmas e até com reforço de meios.
Neste momento, a Delegacia de Saúde da Praia tem no terreno cerca de 80 pessoas, das quais 16 pulverizadores distribuídos em oito equipas de pulverização.
As equipas integram também agentes da educação e formação para a saúde que têm trabalhado em todas as zonas da capital na educação porta-a-porta, juntamente com os técnicos da pulverização.
Conforme a delegada, para além da pulverização domiciliar, tecnicos fazem a pulverização espacial com respostas também nos casos de doença, com o objetivo de cortar a cadeia ou eliminar os focos de mosquitos vetores.
“Cada caso de paludismo que registamos, nós vamos a esta casa, traçamos um raio de 300 metros e fazemos a busca ativa. Nesse raio fazemos a intervenção com pulverização e utilização de abate”, explicou a médica.
Adiantou que mais de 70 casos de paludismo já foram registados este ano na cidade da Praia, sendo o bairro de Achada Santo António, o mais populoso da captal cabo-verdiana, o mais afetado, seguido de Ponta Belém, Achadinha e Várzea.
O relatório divullgado em abril do ano passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para assinalar o Dia Mundial de luta contra o Paludismo indicava que Cabo Verde está na lista dos 21 países capazes de eliminar a enfermidade nos próximos cinco anos.
Cabo Verde, refira-se, registou em 2014 um total de 46 casos de malária, 20 dos quais importados, bem como duas mortes devido a mesma doença.
O relatório da OMS sobre a paludismo, divulgado em setembro de 2015, revelava que Cabo Verde é o único país lusófono em fase de pré-eliminação da malária, que lá se encontra desde 2010.
-0- PANA CS/DD 26agosto2017