Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde toma medidas para estancar aumento da criminalidade

Praia, Cabo Verde (PANA) – A Equipa de Coordenação Operacional para a Segurança (ECOS), criada recentemente pelo Governo de Cabo Verde, esteve reunida, terça-feira na cidade da Praia, para debater um plano destinado a estancar a crescente onda de criminalidade no arquipélago, soube a PANA na capital cabo-verdiana de fonte oficial.

Falando à imprensa após a primeira reunião da ECOS, órgão especializado de assessoria e de consulta para a coordenação técnica e operacional da atividade das forças e dos serviços de segurança, a ministra cabo-verdiana da Administração Interna, Marisa Morais, garantiu que os índices de crime, sobretudo a pequena e média criminalidade, vão "ser estancados" até ao final do ano.

Marisa Morais esclareceu que o plano prevê o reforço das sinergias, já em curso desde agosto, entre as diferentes forças da Polícia (Nacional, Judiciária e Militar), as Forças Armadas e a Procuradoria-Geral da República (PGR).

A governante revelou que se trata de um plano a nível nacional que comporta várias valências e que vai dar uma atenção especial à cidade da Praia, considerado “o rosto da criminalidade em Cabo Verde”.

O plano inclui revistas apoiadas com trabalho de informação policial mais acentuado, rusgas a diversos bairros, visando a prevenção e a proteção do cidadão, mas também operações direcionadas para algumas situações, nomeadamente as protagonizadas pelos grupos organizados, os grandes responsáveis pela violência urbana.

Marisa Morais revelou também que um cuidado especial vai ser dado ao turismo, área em que foi operacionalizada uma polícia vocacionada para esta questão nas ilhas mais turísticas (Sal e Boavista).

"Até ao final do ano, a pequena e média criminalidade vai ser estancada. Temos já condições para poder potenciar a atuação da Polícia e estamos convictos de que vamos conseguir estancá-la e reduzir os níveis da criminalidade", concluiu.

No âmbito das medidas para fazer face à crescente onda de violência e de pequena criminalidade que tem assolado o país, o Governo vai submeter ao Parlamento as propostas de lei sobre videovigilância e armas de fogo, para que seja possível a sua entrada em vigor antes do fim do ano.

O Governo pretende instalar a videovigilância, numa primeira fase, em todos os centros urbanos, mas que, com o tempo, irá abranger o espaço público de todo país.

A segunda proposta de lei estabelece o regime jurídico sobre a montagem, preparação, importação, exportação, transferência, armazenamento, circulação, comércio, aquisição, cedência, detenção, manifesto, guarda, segurança, tráfico, uso e porte de armas, suas peças, componentes e munições.

-0- PANA CS/TON 02out2012