Cabo Verde sem mortes por paludismo desde 2018, diz OMS
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde não regista mortes por paludismo (malária), desde 2018, segundo um relatório mundial sobre a mesma doença publicado segunda-feira última em Genebra (Suíça).
De acordo com o documento, consultado pela PANA, Cabo Verde registou zero casos endógenos da doença pelo segundo ano consecutivo.
O relatório anual, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), conclui que as perturbações provocadas pela pandemia da covid-19 aumentar para 7.000 o número de mortes por malária no mundo, mas o pior cenário, que apontava para uma duplicação da mortalidade, não se concretizou.
A nível global, o número de casos de malária aumentou em 14.000.000, ou seja, de 227.000.000 para 241.000.000 em 2020, segundo a mesma fonte.
A doença matou 627.000 pessoas em 2020, omaisu seja, mais de 69.000 (12 por cento) do que no ano anterior, sendo dois terços destas mortes atribuídos às perturbações provocadas pela pandemia.
A África Subsariana é de longe a região do mundo mais afetada pela malária, com quase 95 por cento de todos os casos e 96 por cento das mortes registadas globalmente em 2020.
No continente africano, apenas Cabo Verde, a Etiópia, a Gâmbia, o Gana e a Mauritânia alcançaram os objetivos definidos para 2020 pela Estratégia Técnica Global para a Malária, que visava uma redução da incidência desta por cento relativamente aos números de 2015.
A Argélia já tinha sido, em 2019, certificada como país livre da patologia.
A malária ou paludismo é uma doença provocada por um parasita transmitido pela picada de um mosquito e mata centenas de milhares de pessoas, maioritariamente crianças menores de cinco anis de idade, no mundo, sobretudo em África.
-0- PANA CS/DD 06dez2021