Cabo Verde sem casos locais de paludismo
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde não registou nenhum caso de transmissão local de paludismo e nenhuma morte conexa desde 2018, pelo que o país está em bom caminho para eliminar o paludismo até 2020, declarou terça-feira na cidade da Praia o diretor do Programa Nacional de Luta contra a mesma patologia, na cidade da Praia, António Moreira.
Em declarações à imprensa, por ocasião do dia mundial de luta contra o paludismo, a assinalar-se nesta quinta-feira, Moreira salientou que Cabo Verde, o único africano em fase de pré-eliminação da doença, registou, nos primeiros quatro meses de 2019, apenas quatro casos da doença, mas todos importados, tal como os 21 contabilizados no ano transato.
Apesar de o objetivo das autoridades sanitárias ser a eliminação de casos locais da doença até 2020, o responsável adverte que o pais continuará a ter casos importados, dada à sua localização geográfica e à globalização.
Isto porque, segundo ele, Cabo Verde é um país aberto que faz parte do continente africano, situado a poucos quilómetros dos países da costa africana ocidental africana, que continuam a ter epidemias de paludismo.
No entanto, António Monteiro reconheceu que o pais está numa fase mais avançada e que está mesmo a trabalhar no sentido da eliminação da doença no arquipélago.
Se o país conseguir manter zero casos locais até o próximo ano, prosseguiu, uma comissão internacional vai trabalhar com o ministério da Saúde, para avaliar e certificar-se de que o país está livre da doença.
Contudo, ele adverte que o facto de o país não ter casos autóctones, há mais de um ano, ser já "um bom sinal", é preciso continuarem-se ações em todo o país, com campanhas, formação, sensibilização e vigilância diária em locais favoráveis à proliferação de mosquitos, transmissores do paludismo.
-0- PANA CS/DD 24abril2019