PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde sem caso de paludismo autóctone
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde ainda não registou em 2012 nenhum caso de paludismo autóctone, sendo que aqueles detetados até hoje pelas autoridades sanitárias são casos importados por pessoas que chegaram ao país provenientes de países onde a doença é endémica, apurou a PANA terça-feira, na cidade da Praia, de fonte segura.
Falando aos jornalistas. à margem duma reunião anual de validação e programação das atividades de luta contra o paludismo nos países da África Ocidental, que decorre na capital cabo-verdiana, o diretor do Programa Nacional de Luta contra esta doença, Júlio Rodrigues, garantiu que a mesma está sob controlo em Cabo Verde.
A meta, acrescentou, é eliminar o flagelo no país até 2020.
Em 2011, o arquipélago cabo-verdiano, que, desde de 2009, se encontra na fase de pré-eliminação da doença (um caso de paludismo em cada mil habitantes), registou um total de 37 casos, dos quais 30 importados e quatro óbitos.
Segundo Júlio Rodrigues, os países da África Ocidental depositam uma “grande esperança” na experiência de Cabo Verde por ser o único país que reúne já as condições “mais evidentes” para eliminar o paludismo.
“Se um dos países desta região eliminar esta patologia, isso servirá de estímulo para a eliminar noutros países. Isso será o contributo de Cabo Verde, mesmo sabendo que cada país tem a sua particularidade e a sua estratégia”, disse.
O historial de luta contra o paludismo em Cabo Verde demonstra que a doença foi introduzida durante o povoamento das ilhas, no século XVI.
No passado, o paludismo era altamente endémico, sobretudo nas ilhas de São Vicente, Sal, Maio, Boa Vista e Santiago.
Devido a vigorosas campanhas de luta antivetorial levadas a cabo pelas brigadas criadas para o efeito pelas autoridades coloniais, nos anos 60 do século XX, os vetores foram considerados erradicados em todas as ilhas, exceto em Santiago.
Contudo, a diminuição das atividades de controlo causou o reaparecimento de casos em 1973, tendo posteriormente ocorrido duas grandes epidemias em 1978 e 1988, que causaram 857 e 778 casos, respetivamente.
Graças às campanhas de luta antivetorial, desencadeadas desde então, a incidência do paludismo em Cabo Verde tem-se mantido relativamente baixa, com o diagnóstico de menos de um caso em cada mil habitantes.
Os esforços para a erradicação do paludismo, no horizonte de 2020, continuam a beneficiar do apoio financeiro do Fundo Global.
Quanto ao paludismo importado, devido às ligações do arquipélago às zonas endémicas, as autoridades sanitárias vem tomando medidas para o reforço das capacidades sanitárias, que permitam detetar e reagir a tempo de modo a evitar a propagação da doença e a ocorrência de óbitos entre as pessoas afetadas.
-0- PANA CS/DD 04set2012
Falando aos jornalistas. à margem duma reunião anual de validação e programação das atividades de luta contra o paludismo nos países da África Ocidental, que decorre na capital cabo-verdiana, o diretor do Programa Nacional de Luta contra esta doença, Júlio Rodrigues, garantiu que a mesma está sob controlo em Cabo Verde.
A meta, acrescentou, é eliminar o flagelo no país até 2020.
Em 2011, o arquipélago cabo-verdiano, que, desde de 2009, se encontra na fase de pré-eliminação da doença (um caso de paludismo em cada mil habitantes), registou um total de 37 casos, dos quais 30 importados e quatro óbitos.
Segundo Júlio Rodrigues, os países da África Ocidental depositam uma “grande esperança” na experiência de Cabo Verde por ser o único país que reúne já as condições “mais evidentes” para eliminar o paludismo.
“Se um dos países desta região eliminar esta patologia, isso servirá de estímulo para a eliminar noutros países. Isso será o contributo de Cabo Verde, mesmo sabendo que cada país tem a sua particularidade e a sua estratégia”, disse.
O historial de luta contra o paludismo em Cabo Verde demonstra que a doença foi introduzida durante o povoamento das ilhas, no século XVI.
No passado, o paludismo era altamente endémico, sobretudo nas ilhas de São Vicente, Sal, Maio, Boa Vista e Santiago.
Devido a vigorosas campanhas de luta antivetorial levadas a cabo pelas brigadas criadas para o efeito pelas autoridades coloniais, nos anos 60 do século XX, os vetores foram considerados erradicados em todas as ilhas, exceto em Santiago.
Contudo, a diminuição das atividades de controlo causou o reaparecimento de casos em 1973, tendo posteriormente ocorrido duas grandes epidemias em 1978 e 1988, que causaram 857 e 778 casos, respetivamente.
Graças às campanhas de luta antivetorial, desencadeadas desde então, a incidência do paludismo em Cabo Verde tem-se mantido relativamente baixa, com o diagnóstico de menos de um caso em cada mil habitantes.
Os esforços para a erradicação do paludismo, no horizonte de 2020, continuam a beneficiar do apoio financeiro do Fundo Global.
Quanto ao paludismo importado, devido às ligações do arquipélago às zonas endémicas, as autoridades sanitárias vem tomando medidas para o reforço das capacidades sanitárias, que permitam detetar e reagir a tempo de modo a evitar a propagação da doença e a ocorrência de óbitos entre as pessoas afetadas.
-0- PANA CS/DD 04set2012