PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde reúne nacionalistas de ex-colónias portuguesas em África
Praia, Cabo Verde (PANA) - Nacionalistas das ex-colónias portuguesas em África vão reunir-se esta quarta-feira na Praia para comemorar o 50º aniversário da fuga de Portugal para França dum grupo de intelectuais com vista a integrar os movimentos de libertação, soube a PANA na capital cabo-verdiana de fonte da organização.
Em 1961, um grupo de jovens da Casa dos Estudantes do Império, uma associação de intelectuais essencialmente africanos das ex-colónias lusas em Portugal, decidiu integrar a estruturas dos movimentos de libertação que se preparavam para dar inicio à luta armada para a independência de Angola, de Cabo Verde, da Guiné-Bissau, de Moçambique e de São Tomé e Príncipe.
Esta operação teve lugar alguns meses depois dos ataques de 4 de fevereiro de 1961 em Luanda (Angola) contra os colonialistas portugueses.
No encontro da Praia, promovido pela Fundação Amílcar Cabral e denominado “Fuga, Rumo à Luta”, participam personalidades como o atual Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, o ex-Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, bem como os ex-primeiros-ministros angolano, Fernando França Van Dúnem, e moçambicano, Pascoal Mucumbi, que estavam entre os fugitivos que deixaram Portugal clandestinamente rumo a Paris (França).
Segundo a organização, o objetivo do encontro é “relembrar o evento, os seus antecedentes e consequências no processo histórico que culminou na independência das antigas colónias portuguesas” e as discussões deverão contribuir “para preencher lacunas ou corrigir erros sobre as diversas versões relativas à gesta”.
Após receber o seu antigo homólogo moçambicano, Joaquim Chissano, o Presidente cabo-verdiano disse aos jornalistas que a decisão de organizar este encontro é “oportuna”, uma vez que ele vai ser oportunidade para que cada um apresente o seu testemunho.
“De certeza que vai haver emoções e a nossa ideia é não deixar morrer a nossa história, mas fazer com que ela seja lembrada pelos outros e conhecida pelos mais novos”, disse.
Segundo Pedro Pires, trata-se de um acontecimento que representou, para cada um presente
no evento, uma mudança na vida e o engajamento com uma causa que foi a independência.
Por sua vez, Joaquim Chissano considerou que o encontro da capital cabo-verdiana é um momento “especial”, tendo em conta que vai permitir aos participantes “começar o trabalho com memórias interessantes sobre a nossa causa e que resultou na independência dos nossos países”.
“Por isso, espero que saiam daqui resultados que venham a contribuir para o conhecimento da nossa luta”, sublinhou.
Neste aspeto, Joaquim Chissano espera que cada Governo consiga reproduzir, a partir deste encontro, materiais didáticos para que os jovens conheçam a história e possam valorizar essas conquistas.
Também o ex-primeiro ministro de Angola, Fernando França Van-Dúnem, considerou que “o momento da fuga” marcou cada um que participou nessa luta.
“Do grupo que fugiu, a maior parte era estudantes universitários que não concluíram os estudos para darem o seu contributo na luta de libertação. De qualquer das formas, penso que valeu a pena pela ousadia de cada um”, recordou.
Cerca de 30 nacionalistas de Cabo Verde, de Moçambique e de Angola e três norte-americanos que ajudaram os “Accra Boys” (como eram conhecidos depois de rumarem para o Gana, então porto de abrigo para os movimentos de libertação de África), vão participar no encontro a decorrer na sala de conferências da Universidade Jean Piaget, nos arredores da Praia.
Do programa deste encontro constam conferências, exposições e feira de livros e fotos, romarias à Cidade Velha, Património Mundial da Humanidade, e ao antigo campo de concentração do Tarrafal, onde estiveram presos muitas figuras da luta pela independência das antigas colónias portuguesas em África.
-0- PANA CS/TON 29jun2011
Em 1961, um grupo de jovens da Casa dos Estudantes do Império, uma associação de intelectuais essencialmente africanos das ex-colónias lusas em Portugal, decidiu integrar a estruturas dos movimentos de libertação que se preparavam para dar inicio à luta armada para a independência de Angola, de Cabo Verde, da Guiné-Bissau, de Moçambique e de São Tomé e Príncipe.
Esta operação teve lugar alguns meses depois dos ataques de 4 de fevereiro de 1961 em Luanda (Angola) contra os colonialistas portugueses.
No encontro da Praia, promovido pela Fundação Amílcar Cabral e denominado “Fuga, Rumo à Luta”, participam personalidades como o atual Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, o ex-Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, bem como os ex-primeiros-ministros angolano, Fernando França Van Dúnem, e moçambicano, Pascoal Mucumbi, que estavam entre os fugitivos que deixaram Portugal clandestinamente rumo a Paris (França).
Segundo a organização, o objetivo do encontro é “relembrar o evento, os seus antecedentes e consequências no processo histórico que culminou na independência das antigas colónias portuguesas” e as discussões deverão contribuir “para preencher lacunas ou corrigir erros sobre as diversas versões relativas à gesta”.
Após receber o seu antigo homólogo moçambicano, Joaquim Chissano, o Presidente cabo-verdiano disse aos jornalistas que a decisão de organizar este encontro é “oportuna”, uma vez que ele vai ser oportunidade para que cada um apresente o seu testemunho.
“De certeza que vai haver emoções e a nossa ideia é não deixar morrer a nossa história, mas fazer com que ela seja lembrada pelos outros e conhecida pelos mais novos”, disse.
Segundo Pedro Pires, trata-se de um acontecimento que representou, para cada um presente
no evento, uma mudança na vida e o engajamento com uma causa que foi a independência.
Por sua vez, Joaquim Chissano considerou que o encontro da capital cabo-verdiana é um momento “especial”, tendo em conta que vai permitir aos participantes “começar o trabalho com memórias interessantes sobre a nossa causa e que resultou na independência dos nossos países”.
“Por isso, espero que saiam daqui resultados que venham a contribuir para o conhecimento da nossa luta”, sublinhou.
Neste aspeto, Joaquim Chissano espera que cada Governo consiga reproduzir, a partir deste encontro, materiais didáticos para que os jovens conheçam a história e possam valorizar essas conquistas.
Também o ex-primeiro ministro de Angola, Fernando França Van-Dúnem, considerou que “o momento da fuga” marcou cada um que participou nessa luta.
“Do grupo que fugiu, a maior parte era estudantes universitários que não concluíram os estudos para darem o seu contributo na luta de libertação. De qualquer das formas, penso que valeu a pena pela ousadia de cada um”, recordou.
Cerca de 30 nacionalistas de Cabo Verde, de Moçambique e de Angola e três norte-americanos que ajudaram os “Accra Boys” (como eram conhecidos depois de rumarem para o Gana, então porto de abrigo para os movimentos de libertação de África), vão participar no encontro a decorrer na sala de conferências da Universidade Jean Piaget, nos arredores da Praia.
Do programa deste encontro constam conferências, exposições e feira de livros e fotos, romarias à Cidade Velha, Património Mundial da Humanidade, e ao antigo campo de concentração do Tarrafal, onde estiveram presos muitas figuras da luta pela independência das antigas colónias portuguesas em África.
-0- PANA CS/TON 29jun2011