PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde retoma cooperação com Líbia após eleição de Governo legítimo
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo de Cabo Verde acredita que as relações de cooperação entre o arquipélago e a Líbia serão retomadas quando houver um Governo líbio eleito e legítimo em Tripoli, afirmou o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, José Luís Rocha, quinta-feira na Praia.
José Luís Rocha, em declarações à imprensa na capital cabo-verdiana, disse que as relações com a Líbia são de Estado a Estado e que, até hoje, não há qualquer projeto financiado pelo ex-regime de Muamar Kadafi em Cabo Verde.
No entanto, ele recordou que havia “perspetivas de cooperação” e que as negociações deverão ser retomadas quando houver um Governo legítimo para o fazer.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros admitiu que o Governo cabo-verdiano está a acompanhar a evolução dos acontecimentos na Líbia, tendo renovado há poucos dias, pela terceira vez, o reconhecimento da legitimidade do Conselho Nacional de Transição (CNT).
Para o governante cabo-verdiano, a legitimidade do CNT é reconhecida com dois requisitos, nomeadamente “a salvaguarda dos interesses superiores da população líbia, assim como a integridade física do seu território e, em segundo lugar, no sentido de conduzir uma transição no respeito fundamental da democracia e dos direitos humanos para que haja eleições e a constituição de um Governo legítimo nesse país”.
José Rocha sublinhou que “há equipas constituídas que estão a fazer um levantamento de toda a situação”, relativamente à crise na Líbia e de “todas as posições que vêm sendo assumidas”, assim como o “acompanhamento das reuniões que estão a ter lugar no Conselho de Paz e Segurança da União Africana”.
“Creio que estamos todos de acordo. Queremos que a população líbia - que já lutou bastante para a sua liberdade e democracia – venha a ter um Governo legítimo que responda a essas aspirações e que o faça no respeito dos direitos humanos para evitar vinganças e outras violências desnecessárias, no respeito também da integridade física e dos recursos da própria Líbia”, rematou.
Garantiu que a Embaixada da Líbia na Praia continua a funcionar, embora esteja sem o respetivo embaixador, Salem Ali Mohamed Almakrihi, que abandonou o país desde abril passado, desconhecendo-se o seu paradeiro.
As mais recentes iniciativas visando o estreitamento das relações entre Cabo Verde e a Líbia, patrocinadas pelo Presidente cabo-verdiano cessante, Pedro Pires, culminaram em junho de 2010 na abertura de Embaixada líbia no arquipélago.
Os dois países tinham acordado também a abertura duma missão diplomática cabo-verdiana em Tripoli, o que nunca chegou a acontecer, e de dois bancos de capital líbio em Cabo Verde que teriam como parceiro o empresário e antigo primeiro-ministro cabo-verdiano Gualberto do Rosário.
-0- PANA CS/TON 02set2011
José Luís Rocha, em declarações à imprensa na capital cabo-verdiana, disse que as relações com a Líbia são de Estado a Estado e que, até hoje, não há qualquer projeto financiado pelo ex-regime de Muamar Kadafi em Cabo Verde.
No entanto, ele recordou que havia “perspetivas de cooperação” e que as negociações deverão ser retomadas quando houver um Governo legítimo para o fazer.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros admitiu que o Governo cabo-verdiano está a acompanhar a evolução dos acontecimentos na Líbia, tendo renovado há poucos dias, pela terceira vez, o reconhecimento da legitimidade do Conselho Nacional de Transição (CNT).
Para o governante cabo-verdiano, a legitimidade do CNT é reconhecida com dois requisitos, nomeadamente “a salvaguarda dos interesses superiores da população líbia, assim como a integridade física do seu território e, em segundo lugar, no sentido de conduzir uma transição no respeito fundamental da democracia e dos direitos humanos para que haja eleições e a constituição de um Governo legítimo nesse país”.
José Rocha sublinhou que “há equipas constituídas que estão a fazer um levantamento de toda a situação”, relativamente à crise na Líbia e de “todas as posições que vêm sendo assumidas”, assim como o “acompanhamento das reuniões que estão a ter lugar no Conselho de Paz e Segurança da União Africana”.
“Creio que estamos todos de acordo. Queremos que a população líbia - que já lutou bastante para a sua liberdade e democracia – venha a ter um Governo legítimo que responda a essas aspirações e que o faça no respeito dos direitos humanos para evitar vinganças e outras violências desnecessárias, no respeito também da integridade física e dos recursos da própria Líbia”, rematou.
Garantiu que a Embaixada da Líbia na Praia continua a funcionar, embora esteja sem o respetivo embaixador, Salem Ali Mohamed Almakrihi, que abandonou o país desde abril passado, desconhecendo-se o seu paradeiro.
As mais recentes iniciativas visando o estreitamento das relações entre Cabo Verde e a Líbia, patrocinadas pelo Presidente cabo-verdiano cessante, Pedro Pires, culminaram em junho de 2010 na abertura de Embaixada líbia no arquipélago.
Os dois países tinham acordado também a abertura duma missão diplomática cabo-verdiana em Tripoli, o que nunca chegou a acontecer, e de dois bancos de capital líbio em Cabo Verde que teriam como parceiro o empresário e antigo primeiro-ministro cabo-verdiano Gualberto do Rosário.
-0- PANA CS/TON 02set2011