PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde retira do mercado manuais de matemática com erros graves
Praia, Cabo Verde (PANA) – O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, anunciou a retirada do mercado dos manuais de matemática do 1.º e 2.º anos do primeiro ciclo, que contém vários erros classificados por especialistas em educação como "gravíssimos e grosseiros”.
O surgimento no mercado deste e de outros manuais com erros, numa altura em que Cabo Verde introduziu este ano um novo plano de ensino, foi fortemente contestado pela sociedade cabo-verdiana que exigiu a sua retirada do mercado, tendo em conta que a decisão do Ministério da Educação de os manter no sistema poderia prejudicar os alunos.
Num primeiro momento, o próprio primeiro-ministro tinha recusado a retirada dos manuais do mercado, acusando os críticos de estarem a servir interesses "meramente politiqueiros".
A decisão de Ulisses Correia e Silva surgiu depois de a ministra da Educação, Maritza Rosebal, ter reafirmado, numa entrevista à Televisão de Cabo Verde, que o Governo iria manter os livros no mercado, já com a inclusão de erratas.
A persistência na manutenção dos livros eno ensino básico, apesar do próprio Ministério da Educação reconhecer que os mesmos contém erros de vária natureza, levou um grupo de cidadãos a convocar uma manifestação em frente do Palácio do Governo, na cidade da Praia, para convencer o Executivo a retirar do mercado os manuais escolares com erros.
No entanto, o protesto acabou por ser cancedado, após Ulisses Correia e Silva ter anunciado que os livros serão substituídos.
Entretanto, o psicólogo José Tavares, um dos promotores da manifestação, advertiu que os mesmos "não vão ficar de braços cruzados" e dão um prazo, que não especificou, para terem certeza de como os livros serão retirados da circulação.
O anúncio do chefe do Governo aconteceu também no mesmo dia em que foi aceite a demissão da diretora nacional da Educação, Adriana Mendonça, a maior visada nas críticas, por ter sido a coordenadora geral e um dos revisores linguísticos dos livros.
"O Governo já tomou a iniciativa de fazer a reimpressão, tendo em conta que os erros já estão corrigidos", garantiu Ulisses Correia e Silva, acrescentando que “novos manuais vão ser disponibilizados para substituir” os atuais, sem que isso acarrete “encargos para aqueles que já adquiriram" os contestados livros escolares deste ano letivo.
Segundo o chefe do Governo, a troca dos livros “será feita nos próximos meses”, e que vai ser lançado um concurso para a sua impressão em Cabo Verde e não no estrangeiro como aconteceu com os manuais contestados.
"É fundamental que o projeto do novo programa educativo continue e esta alteração no sistema de ensino e aprendizagem de matemática é para tornar a disciplina mais apelativa, mais fácil e mais eficaz”, esclareceu, assegurando que os manuais vão ser reimpressos, mas levando em consideração as correções efetuadas.
O novo plano de ensino, introduzido este ano em Cabo Verde, prevê o reforço do português, das ciências e da matemática.
Além dos erros nos manuais de matemática, o Ministério da Educação anunciou esta semana que outros livros escolares de vários anos de ensino usados no país têm centenas de erros, tendo até ao momento contabilizado 266 falhas e sugestões de alteração em manuais de várias disciplinas do segundo ao sexto anos.
-0- PANA CS/IZ 07out2017
O surgimento no mercado deste e de outros manuais com erros, numa altura em que Cabo Verde introduziu este ano um novo plano de ensino, foi fortemente contestado pela sociedade cabo-verdiana que exigiu a sua retirada do mercado, tendo em conta que a decisão do Ministério da Educação de os manter no sistema poderia prejudicar os alunos.
Num primeiro momento, o próprio primeiro-ministro tinha recusado a retirada dos manuais do mercado, acusando os críticos de estarem a servir interesses "meramente politiqueiros".
A decisão de Ulisses Correia e Silva surgiu depois de a ministra da Educação, Maritza Rosebal, ter reafirmado, numa entrevista à Televisão de Cabo Verde, que o Governo iria manter os livros no mercado, já com a inclusão de erratas.
A persistência na manutenção dos livros eno ensino básico, apesar do próprio Ministério da Educação reconhecer que os mesmos contém erros de vária natureza, levou um grupo de cidadãos a convocar uma manifestação em frente do Palácio do Governo, na cidade da Praia, para convencer o Executivo a retirar do mercado os manuais escolares com erros.
No entanto, o protesto acabou por ser cancedado, após Ulisses Correia e Silva ter anunciado que os livros serão substituídos.
Entretanto, o psicólogo José Tavares, um dos promotores da manifestação, advertiu que os mesmos "não vão ficar de braços cruzados" e dão um prazo, que não especificou, para terem certeza de como os livros serão retirados da circulação.
O anúncio do chefe do Governo aconteceu também no mesmo dia em que foi aceite a demissão da diretora nacional da Educação, Adriana Mendonça, a maior visada nas críticas, por ter sido a coordenadora geral e um dos revisores linguísticos dos livros.
"O Governo já tomou a iniciativa de fazer a reimpressão, tendo em conta que os erros já estão corrigidos", garantiu Ulisses Correia e Silva, acrescentando que “novos manuais vão ser disponibilizados para substituir” os atuais, sem que isso acarrete “encargos para aqueles que já adquiriram" os contestados livros escolares deste ano letivo.
Segundo o chefe do Governo, a troca dos livros “será feita nos próximos meses”, e que vai ser lançado um concurso para a sua impressão em Cabo Verde e não no estrangeiro como aconteceu com os manuais contestados.
"É fundamental que o projeto do novo programa educativo continue e esta alteração no sistema de ensino e aprendizagem de matemática é para tornar a disciplina mais apelativa, mais fácil e mais eficaz”, esclareceu, assegurando que os manuais vão ser reimpressos, mas levando em consideração as correções efetuadas.
O novo plano de ensino, introduzido este ano em Cabo Verde, prevê o reforço do português, das ciências e da matemática.
Além dos erros nos manuais de matemática, o Ministério da Educação anunciou esta semana que outros livros escolares de vários anos de ensino usados no país têm centenas de erros, tendo até ao momento contabilizado 266 falhas e sugestões de alteração em manuais de várias disciplinas do segundo ao sexto anos.
-0- PANA CS/IZ 07out2017