PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde responsabiliza FMI por baixa de notação da Fitch
Praia, Cabo Verde (PANA) - A ministra cabo-verdiana das Finanças, Cristina Duarte, disse que os erros cometidos no penúltimo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) causaram danos a Cabo Verde, uma vez que levaram a agência Fitch na sua última avaliação a baixar a notação do país de “estável” para “negativo”, soube a PANA na cidade da Praia sexta-feira de fonte oficial.
O documento do FMI indicou que o stock da dívida pública do arquipélago se situava em 96 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) e que, após as correções divulgadas na quarta-feira, apontam para 81,2 porcento abaixo das previsões do próprio Governo (83 porcento).
Cristina Duarte, que participou a 20 e 21 de abril na reunião de Primavera do FMI e do Banco Mundial (BM), revelou sexta-feira a jornalistas que a instituição financeira internacional reconheceu o erro e disponibilizou uma equipa técnica para os corrigir, tendo publicado, com urgência, os novos dados.
A ministra das Finanças garantiu que, apesar dos danos provocados à economia cabo-verdiana, a informação corrigida agora disponibilizada pelo FMI vai permitir que os investidores e o mercado a absorvam da mesma forma que o fizeram após a divulgação dos números errados.
A este propósito, ela avançou que há já alguns indicadores macroeconómicos que apontam para uma ligeira tendência da retoma do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em Cabo Verde, que tem baixado significativamente nos últimos anos, sobretudo devido à crise económica internacional.
"Os erros causaram muitos prejuízos, sobretudo ao nosso principal produto de exportação, a credibilidade, que é um dado intangível. Mas, da mesma forma que o mercado absorveu a informação inicial, irá absorver também os novos dados", precisou.
Cristina Duarte aproveitou o encontro com jornalistas para desmentir que o FMI tenha apontado no seu último relatório a necessidade de Cabo Verde implementar um Programa de Ajustamento Estrutural (PAE), conforme foi anunciado pela imprensa cabo-verdiana.
A governante assegurou, a propósito, que a sustentabilidade da dívida, negociada previamente com FMI e BM, está "garantida", um vez que ela se situa em 81,3 porcento do PIB, incluindo o serviço da dívida e as receitas de exportação e orçamentais.
A ministra lembrou que os empréstimos de Cabo verde têm uma taxa de juro "extremamente barata" (taxa média de 1,8 porcento) com prazo médio de pagamento de sete anos e a amortização média alcança 24 anos.
Contudo, Cristina Duarte reconheceu que o índice de endividamento já atingiu o "pico", no que se refere sobretudo à infraestruturação do país, pelo que, a partir de agora, a despesa vai começar gradualmente a diminuir.
Todavia, isto que não significa que os projetos reprodutivos em curso sejam parados, assegurou a ministra das Finanças.
-0- PANA CS/TON 27abril2013
O documento do FMI indicou que o stock da dívida pública do arquipélago se situava em 96 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) e que, após as correções divulgadas na quarta-feira, apontam para 81,2 porcento abaixo das previsões do próprio Governo (83 porcento).
Cristina Duarte, que participou a 20 e 21 de abril na reunião de Primavera do FMI e do Banco Mundial (BM), revelou sexta-feira a jornalistas que a instituição financeira internacional reconheceu o erro e disponibilizou uma equipa técnica para os corrigir, tendo publicado, com urgência, os novos dados.
A ministra das Finanças garantiu que, apesar dos danos provocados à economia cabo-verdiana, a informação corrigida agora disponibilizada pelo FMI vai permitir que os investidores e o mercado a absorvam da mesma forma que o fizeram após a divulgação dos números errados.
A este propósito, ela avançou que há já alguns indicadores macroeconómicos que apontam para uma ligeira tendência da retoma do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em Cabo Verde, que tem baixado significativamente nos últimos anos, sobretudo devido à crise económica internacional.
"Os erros causaram muitos prejuízos, sobretudo ao nosso principal produto de exportação, a credibilidade, que é um dado intangível. Mas, da mesma forma que o mercado absorveu a informação inicial, irá absorver também os novos dados", precisou.
Cristina Duarte aproveitou o encontro com jornalistas para desmentir que o FMI tenha apontado no seu último relatório a necessidade de Cabo Verde implementar um Programa de Ajustamento Estrutural (PAE), conforme foi anunciado pela imprensa cabo-verdiana.
A governante assegurou, a propósito, que a sustentabilidade da dívida, negociada previamente com FMI e BM, está "garantida", um vez que ela se situa em 81,3 porcento do PIB, incluindo o serviço da dívida e as receitas de exportação e orçamentais.
A ministra lembrou que os empréstimos de Cabo verde têm uma taxa de juro "extremamente barata" (taxa média de 1,8 porcento) com prazo médio de pagamento de sete anos e a amortização média alcança 24 anos.
Contudo, Cristina Duarte reconheceu que o índice de endividamento já atingiu o "pico", no que se refere sobretudo à infraestruturação do país, pelo que, a partir de agora, a despesa vai começar gradualmente a diminuir.
Todavia, isto que não significa que os projetos reprodutivos em curso sejam parados, assegurou a ministra das Finanças.
-0- PANA CS/TON 27abril2013