PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde responde a desafio da OMS para eliminar sarampo e rubéola
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde vai ser o primeiro país africano a responder ao desafio da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate ao sarampo e à rubéola para, até 2015, reduzir o número de mortes por estas duas doenças em cerca de 95 porcento em relação aos índices de 2000, apurou a PANA na cidade da Praia, terça-feira, de fonte oficial.
Para o efeito, o Ministério da Saúde leva a cabo, na capital cabo-verdiana, Praia, um encontro de dois dias, dos delegados e técnicos do setor, para discutir sobre os aspetos operacionais e organizacionais da Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo e a Rubéola que decorre de 14 a 24 de outubro no arquipélago.
Ao proceder à abertura do encontro, a ministra-adjunta e da Saúde, Cristina Fontes Lima, disse que o seu Governo assumiu esta responsabilidade após consulta aos técnicos que responderam prontamente ao desfio de dar combate a essas doenças e eliminar os seus impactos junto das grávidas, em particular, e dos seres humanos, no geral.
No caso de Cabo Verde, o desafio da campanha de vacinação contra as referidas doenças é desta vez atingir a totalidade do público-alvo, que são crianças a partir dos nove meses e todos os indivíduos até aos 25 anos.
Isto porque, embora o arquipélago tenha uma cobertura de 95 porcento de crianças vacinadas, ficam sempre pelo caminho cerca de cinco porcento que não são vacinados.
Segundo a ministra da Saúde, esta faixa de não vacinados “constitui perigo” para a probabilidade de um novo surto ou epidemia.
Por este motivo, sustentou, “o desafio que nos faz enfrentar a luta contra as duas doenças enquadra-se na lógica de passarmos um período prolongado sem termos preocupações maiores”.
Os locais de intervenção serão as escolas e as universidades, devendo o Governo recorrer aos enfermeiros reformados para colaborarem na campanha que pretende vacinar cerca de 262 mil Cabo-verdianos.
Dados do Ministério da Saúde revelam que Cabo Verde viveu uma epidemia de sarampo em 1997-1998, que afetou as nove ilhas habitadas do arquipélago, tendo nessa altura sido notificados oito mil 873 casos e 49 óbitos.
A rubéola atingiu o país em 2008, com particular incidência na ilha de São Vicente onde foram registados mais de seis centenas de casos desta doença de “fácil transmissão”, através de contacto, por via respiratória, e que é “grave nas mulheres grávidas”, no primeiro trimestre de gestação, capaz de provocar “morte fetal e má formação”.
Esta nova campanha de vacinação contra o sarampo e a rubéola irá custar cerca de 48 mil contos (cerca de 419 mil euros), com grande parte do orçamento garantida pelo UNICEF (Fundo das Nações para a Infância), pela OMS e pelo Escritório das Nações Unidas em Cabo Verde.
Para a coordenadora residente das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson-Golinski, trata-se de uma ação enquadrada numa iniciativa global, lançada em 2012, para eliminar o sarampo e a rubéola.
Até 2020, o objetivo é eliminar essas doenças em pelo menos cinco regiões da OMS.
Ulrika Richardson-Golinski lembrou que, atualmente, morrem diariamente no mundo 433 crianças devido ao sarampo, enquanto 300 nascem com deficiência devido a síndrome de rubéola congénita.
-0- PANA CS/IZ 28ago2013
Para o efeito, o Ministério da Saúde leva a cabo, na capital cabo-verdiana, Praia, um encontro de dois dias, dos delegados e técnicos do setor, para discutir sobre os aspetos operacionais e organizacionais da Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo e a Rubéola que decorre de 14 a 24 de outubro no arquipélago.
Ao proceder à abertura do encontro, a ministra-adjunta e da Saúde, Cristina Fontes Lima, disse que o seu Governo assumiu esta responsabilidade após consulta aos técnicos que responderam prontamente ao desfio de dar combate a essas doenças e eliminar os seus impactos junto das grávidas, em particular, e dos seres humanos, no geral.
No caso de Cabo Verde, o desafio da campanha de vacinação contra as referidas doenças é desta vez atingir a totalidade do público-alvo, que são crianças a partir dos nove meses e todos os indivíduos até aos 25 anos.
Isto porque, embora o arquipélago tenha uma cobertura de 95 porcento de crianças vacinadas, ficam sempre pelo caminho cerca de cinco porcento que não são vacinados.
Segundo a ministra da Saúde, esta faixa de não vacinados “constitui perigo” para a probabilidade de um novo surto ou epidemia.
Por este motivo, sustentou, “o desafio que nos faz enfrentar a luta contra as duas doenças enquadra-se na lógica de passarmos um período prolongado sem termos preocupações maiores”.
Os locais de intervenção serão as escolas e as universidades, devendo o Governo recorrer aos enfermeiros reformados para colaborarem na campanha que pretende vacinar cerca de 262 mil Cabo-verdianos.
Dados do Ministério da Saúde revelam que Cabo Verde viveu uma epidemia de sarampo em 1997-1998, que afetou as nove ilhas habitadas do arquipélago, tendo nessa altura sido notificados oito mil 873 casos e 49 óbitos.
A rubéola atingiu o país em 2008, com particular incidência na ilha de São Vicente onde foram registados mais de seis centenas de casos desta doença de “fácil transmissão”, através de contacto, por via respiratória, e que é “grave nas mulheres grávidas”, no primeiro trimestre de gestação, capaz de provocar “morte fetal e má formação”.
Esta nova campanha de vacinação contra o sarampo e a rubéola irá custar cerca de 48 mil contos (cerca de 419 mil euros), com grande parte do orçamento garantida pelo UNICEF (Fundo das Nações para a Infância), pela OMS e pelo Escritório das Nações Unidas em Cabo Verde.
Para a coordenadora residente das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson-Golinski, trata-se de uma ação enquadrada numa iniciativa global, lançada em 2012, para eliminar o sarampo e a rubéola.
Até 2020, o objetivo é eliminar essas doenças em pelo menos cinco regiões da OMS.
Ulrika Richardson-Golinski lembrou que, atualmente, morrem diariamente no mundo 433 crianças devido ao sarampo, enquanto 300 nascem com deficiência devido a síndrome de rubéola congénita.
-0- PANA CS/IZ 28ago2013