PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde reitera reconhecimento da legitimidade do CNT na Líbia
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo de Cabo Verde renovou esta quarta-feira o reconhecimento da legitimidade do Conselho Nacional de Transição (CNT) na Líbia, face aos últimos acontecimentos neste país que culminaram com a tomada da capital, Tripoli, pelos rebeldes.
"Face aos acontecimentos dos últimos dias, vem o Governo de Cabo Verde renovar o seu reconhecimento à legitimidade do CNT", lê-se num comunicado do Ministério das Relações Exteriores (MIREX) do arquipélago.
No documento, o Executivo cabo-verdiano encoraja o CNT a levar a cabo uma transição que tenha em consideração "a necessidade de uma ação política pacífica, com vista à constituição de um Governo de transição para a realização de eleições livres e democráticas" .
A nota recorda que, já a 26 de junho último, o Governo cabo-verdiano reconhecera o CNT como "interlocutor legítimo" na crise líbia, "em conformidade com os valores e declarações defendidos pela União Africana (UA)".
O comunicado do MIREX realça que a transição deve abarcar "a importância em salvaguardar as aspirações e os interesses do povo líbio", na luta pela democracia, pela liberdade e pelo respeito pelos direitos humanos, assim como a integridade do seu território.
"O Governo de Cabo Verde continuará a acompanhar a evolução da situação na Líbia em concertação com os demais atores internacionais, particularmente a União Africana e as Nações Unidas, e deseja que sejam ultrapassados, o mais rapidamente possível, os conflitos atuais, em ordem a restabelecer-se a paz e a estabilidade nesse país", conclui a nota.
O embaixador da Líbia em Cabo Verde, Salem Ali Mohmed Almakrihi, nomeado pelo regime de Muamar Kadafi, abandonou o seu posto em Abril e, desde então, as autoridades cabo-verdianas desconhecem o seu paradeiro.
Em maio passado, uma fonte do MIREX disse ter tido conhecimento da prolongada ausência de Salem Ali através da imprensa cabo-verdiana depois de o jornal local “A Nação” noticiar que o diplomata líbio teria abandonado o país há várias semanas “por razões de saúde”, segundo o encarregado de negócios da Embaixada da Líbia na Praia, Ali Al Zarga.
O Governo cabo-verdiano não foi informado sobre a situação, esclareceu a fonte diplomática, precisando que carece também de informações sobre se Salem Ali, tal como outros diplomatas líbios, terá deixado de obedecer às ordens de Tripoli e passado para o lado dos rebeldes.
O estreitamento das relações entre Cabo Verde e Líbia, patrocinado pelo Presidente Pedro Pires, culminou em junho de 2010 na abertura de uma Embaixada líbia no arquipélago e previa igualmente a inauguração de dois bancos de capital líbio que teriam como parceiro o empresário e antigo primeiro-ministro cabo-verdiano Gualberto do Rosário.
O acordo assinado entre os dois países previa também a abertura duma missão diplomática cabo-verdiana em Tripoli, o que nunca chegou a acontecer.
-0- PANA CS/IZ 24ago2011
"Face aos acontecimentos dos últimos dias, vem o Governo de Cabo Verde renovar o seu reconhecimento à legitimidade do CNT", lê-se num comunicado do Ministério das Relações Exteriores (MIREX) do arquipélago.
No documento, o Executivo cabo-verdiano encoraja o CNT a levar a cabo uma transição que tenha em consideração "a necessidade de uma ação política pacífica, com vista à constituição de um Governo de transição para a realização de eleições livres e democráticas" .
A nota recorda que, já a 26 de junho último, o Governo cabo-verdiano reconhecera o CNT como "interlocutor legítimo" na crise líbia, "em conformidade com os valores e declarações defendidos pela União Africana (UA)".
O comunicado do MIREX realça que a transição deve abarcar "a importância em salvaguardar as aspirações e os interesses do povo líbio", na luta pela democracia, pela liberdade e pelo respeito pelos direitos humanos, assim como a integridade do seu território.
"O Governo de Cabo Verde continuará a acompanhar a evolução da situação na Líbia em concertação com os demais atores internacionais, particularmente a União Africana e as Nações Unidas, e deseja que sejam ultrapassados, o mais rapidamente possível, os conflitos atuais, em ordem a restabelecer-se a paz e a estabilidade nesse país", conclui a nota.
O embaixador da Líbia em Cabo Verde, Salem Ali Mohmed Almakrihi, nomeado pelo regime de Muamar Kadafi, abandonou o seu posto em Abril e, desde então, as autoridades cabo-verdianas desconhecem o seu paradeiro.
Em maio passado, uma fonte do MIREX disse ter tido conhecimento da prolongada ausência de Salem Ali através da imprensa cabo-verdiana depois de o jornal local “A Nação” noticiar que o diplomata líbio teria abandonado o país há várias semanas “por razões de saúde”, segundo o encarregado de negócios da Embaixada da Líbia na Praia, Ali Al Zarga.
O Governo cabo-verdiano não foi informado sobre a situação, esclareceu a fonte diplomática, precisando que carece também de informações sobre se Salem Ali, tal como outros diplomatas líbios, terá deixado de obedecer às ordens de Tripoli e passado para o lado dos rebeldes.
O estreitamento das relações entre Cabo Verde e Líbia, patrocinado pelo Presidente Pedro Pires, culminou em junho de 2010 na abertura de uma Embaixada líbia no arquipélago e previa igualmente a inauguração de dois bancos de capital líbio que teriam como parceiro o empresário e antigo primeiro-ministro cabo-verdiano Gualberto do Rosário.
O acordo assinado entre os dois países previa também a abertura duma missão diplomática cabo-verdiana em Tripoli, o que nunca chegou a acontecer.
-0- PANA CS/IZ 24ago2011