Cabo Verde regula quantidade de sal nos alimentos
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde vai ter, até ao final do ano, uma legislação para regular a quantidade de sal nos alimentos à venda, produzidos no país ou importados, apurou a PANA quarta-feira de fonte oficial.
Segundo o diretor nacional da Saúde de Cabo Verde, Jorge Noel Barreto, a elaboração da referida legislação "já está bastante avançada”, faltando alguns detalhes para a proposta ser finalizada.
Jorge Noel falava à margem do seminário "O excesso do sal como um dos fatores de risco para o AVC", realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública.
A legislação em preparação, disse, deve ter um impacto em termos de importação, porque “de nada adianta se nós regularmos as condições para os produtos nacionais e continuarmos a disponibilizar produtos importados que têm as quantidades dessas substâncias para além daquilo que é recomendado".
O seminário acontece em parceria com a Direção Nacional da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) e visa debater sobre a importância de reduzir o consumo de sal nos alimentos, prevenindo assim o risco de desenvolver AVC (acidente vascular cerebral).
De acordo com o responsável sanitário, essa prevenção implica comunicação e sensibilização da população aos riscos, mas também pela via legal, regulando as quantidades presentes nos alimentos à venda no arquipélago, para minimizar os riscos do consumo excessivo.
Os dados apresentados no seminário, com base num inquérito sobre doenças não transmissíveis de 2020, apontam que cerca de 30 por cento da população sofre de hipertensão e que, em Cabo Verde, as pessoas estão a consumir 9,2 gramas de sal diariamente, quase o dobro do recomendado pela OMS, que é de até cinco gramas.
-0- PANA CS/IZ 24junho2021
