PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde regozija-se com atribuição de Prémio Mo Ibrahim ao ex-Presidente Pedro Pires
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo e as principais forças políticas de Cabo Verde regozijaram-se com a atribuição, esta segunda-feira, do Prémio Mo Ibrahim ao ex-Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, apurou a PANA na cidade da Praia de fonte oficial.
O galadão distingue com quase quatro milhões de euros ex-chefes de Estado ou de Governo africanos que tenham promovido uma boa governação.
"O Governo de Cabo Verde regozija-se com a atribuição do Prémio Mo Ibrahim ao antigo Presidente Pedro Pires, distinguindo, assim, a sua personalidade e sua obra e, por seu intermédio, o percurso de Cabo Verde da independência a esta parte", lê-se num comunicado do Ministério das Relações Exteriores (MIREX) do arquipélago.
No texto, o Governo relembra que o prémio, instituído pela Fundação Mo Ibrahim, já foi entregue a importantes personalidades, como Nelson Mandela (ex-Presidente da África do Sul), Festus Mogae (ex-Presidente do Botswana) e Joaquim Chissano (ex-Presidente de Moçambique).
Os laureados, acrescenta a fonte, devem ser líderes democraticamente eleitos que se tenham evidenciado nas suas funções e cumprido e concluído os seus mandatos dentro dos prazos constitucionais.
"A Comissão de atribuição do prémio reconheceu, em Pedro Pires, o líder que teve um papel determinante na transformação de Cabo Verde num modelo de democracia, de estabilidade e de crescente prosperidade, tendo sido, por isso, escolhido por unanimidade", lê-se no documento.
Também o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder), o Movimento para a Democracia (MpD, principal partido da oposição) e a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, partido na oposição com dois assentos parlamentares) congratularam-se com a distinção que acaba de ser feita ao antigo chefe de Estado cabo-verdiano, sublinhando que se trata de um prémio que orgulha toda a nação cabo-verdiana.
A escolha do ex-Presidente cabo-verdiano para receber o Prémio Mo Ibrahim pela boa governação foi tomada por unanimidade por um júri que elogiou a "visão de transformar Cabo Verde num modelo de democracia".
"O Comité do Prémio ficou muito impressionado pela visão do Presidente Pedro Pires de transformar Cabo Verde num modelo de democracia, de estabilidade e de crescente prosperidade", sustentou o presidente do júri, Salim Ahmed Salim, ex-primeiro-ministro tanzaniano, citado no documento.
O texto destacou o facto de que, durante os 10 anos sob a sua Presidência, Cabo Verde se tornou no "segundo país africano a elevar-se da categoria de Menos Desenvolvidos das Nações Unidas e ganhou um reconhecimento internacional em termos de direitos humanos e de boa governação".
"Através da sua longa carreira, o Presidente Pires dedicou-se ao serviço do povo, incluindo o da diáspora, mantendo ao mesmo tempo a sua humildade e integridade pessoal", conclui.
Primeiro-ministro durante os primeiros 15 anos da independência (1975-1991) e chefe de Estado nestes últimos dez anos (2001-2011), Pedro Pires saiu da vida política, deixando o lugar, há um mês, a Jorge Carlos Fonseca que lhe sucedeu como Presidente da República democraticamente eleito.
A escolha de Pedro Pires coloca fim a dois anos sem a atribuição do prémio por opção do júri, composto por sete elementos.
Além de Salim Ahmed Salim, fazem também parte deste elenco Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Aïcha Diallo, ex-ministra da Educação da Guiné Conakry, Martti Ahttisaari, ex-Presidente da Finlândia, a ex-Presidente da Irlanda, Mary Robinson, e Mohamed El Baradei, ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), e Festus Gontebanye Mogae, ex-Presidente do Botswana.
O Prémio Mo Ibrahim para o Sucesso na Liderança Africana, que visa reconhecer líderes africanos que tenham dado provas de excelência na liderança política, está aberto a ex-chefes de Estado ou de Governo de países de África que tenham deixado de exercer funções nestes últimos três anos e dado provas de liderança exemplar.
-0- PANA CS/DD 10out2011
O galadão distingue com quase quatro milhões de euros ex-chefes de Estado ou de Governo africanos que tenham promovido uma boa governação.
"O Governo de Cabo Verde regozija-se com a atribuição do Prémio Mo Ibrahim ao antigo Presidente Pedro Pires, distinguindo, assim, a sua personalidade e sua obra e, por seu intermédio, o percurso de Cabo Verde da independência a esta parte", lê-se num comunicado do Ministério das Relações Exteriores (MIREX) do arquipélago.
No texto, o Governo relembra que o prémio, instituído pela Fundação Mo Ibrahim, já foi entregue a importantes personalidades, como Nelson Mandela (ex-Presidente da África do Sul), Festus Mogae (ex-Presidente do Botswana) e Joaquim Chissano (ex-Presidente de Moçambique).
Os laureados, acrescenta a fonte, devem ser líderes democraticamente eleitos que se tenham evidenciado nas suas funções e cumprido e concluído os seus mandatos dentro dos prazos constitucionais.
"A Comissão de atribuição do prémio reconheceu, em Pedro Pires, o líder que teve um papel determinante na transformação de Cabo Verde num modelo de democracia, de estabilidade e de crescente prosperidade, tendo sido, por isso, escolhido por unanimidade", lê-se no documento.
Também o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder), o Movimento para a Democracia (MpD, principal partido da oposição) e a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, partido na oposição com dois assentos parlamentares) congratularam-se com a distinção que acaba de ser feita ao antigo chefe de Estado cabo-verdiano, sublinhando que se trata de um prémio que orgulha toda a nação cabo-verdiana.
A escolha do ex-Presidente cabo-verdiano para receber o Prémio Mo Ibrahim pela boa governação foi tomada por unanimidade por um júri que elogiou a "visão de transformar Cabo Verde num modelo de democracia".
"O Comité do Prémio ficou muito impressionado pela visão do Presidente Pedro Pires de transformar Cabo Verde num modelo de democracia, de estabilidade e de crescente prosperidade", sustentou o presidente do júri, Salim Ahmed Salim, ex-primeiro-ministro tanzaniano, citado no documento.
O texto destacou o facto de que, durante os 10 anos sob a sua Presidência, Cabo Verde se tornou no "segundo país africano a elevar-se da categoria de Menos Desenvolvidos das Nações Unidas e ganhou um reconhecimento internacional em termos de direitos humanos e de boa governação".
"Através da sua longa carreira, o Presidente Pires dedicou-se ao serviço do povo, incluindo o da diáspora, mantendo ao mesmo tempo a sua humildade e integridade pessoal", conclui.
Primeiro-ministro durante os primeiros 15 anos da independência (1975-1991) e chefe de Estado nestes últimos dez anos (2001-2011), Pedro Pires saiu da vida política, deixando o lugar, há um mês, a Jorge Carlos Fonseca que lhe sucedeu como Presidente da República democraticamente eleito.
A escolha de Pedro Pires coloca fim a dois anos sem a atribuição do prémio por opção do júri, composto por sete elementos.
Além de Salim Ahmed Salim, fazem também parte deste elenco Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Aïcha Diallo, ex-ministra da Educação da Guiné Conakry, Martti Ahttisaari, ex-Presidente da Finlândia, a ex-Presidente da Irlanda, Mary Robinson, e Mohamed El Baradei, ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), e Festus Gontebanye Mogae, ex-Presidente do Botswana.
O Prémio Mo Ibrahim para o Sucesso na Liderança Africana, que visa reconhecer líderes africanos que tenham dado provas de excelência na liderança política, está aberto a ex-chefes de Estado ou de Governo de países de África que tenham deixado de exercer funções nestes últimos três anos e dado provas de liderança exemplar.
-0- PANA CS/DD 10out2011