Cabo Verde regista queda de 35,6% na venda de produtos petrolíferos
Praia, Cabo Verde (PANA) – As vendas dos produtos petrolíferos, em Cabo Verde, registaram no primeiro semestre de 2020 uma redução de 35,6 por cento, quando comparado com o período homólogo do ano passado, apurou a PANA sexta-feira de fonte reguladora.
De acordo com a mesma fonte, esta diminuição reflete a quebra da atividade económica, no arquipélago, motivada pela pandemia da covid-19.
No seu relatório do setor de combustíveis, a Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME) precisa que, durante os primeiros seis meses deste ano, as duas petrolíferas presentes no mercado cabo-verdiano (Enacol e Vivo Energy) venderam 151.397 toneladas de combustíveis e lubrificantes.
Este balanço representa um “decréscimo expressivo”, quando comparado com os primeiros seis meses de 2019, período em que foram vendidas mais 83.588 toneladas daqueles produtos, explicou.
A ARME aponta como justificação o facto de os consumos de combustíveis marítimos (Fuelóleo e Gasóleo), combustíveis aéreos (JET A1) e o próprio mercado interno terem registado uma “diminuição significativa do consumo”.
No entanto, a reguladora concluiu que, ao longo dos primeiros seis meses deste ano, os preços de venda ao consumidor final registaram, no mercado interno, descidas generalizadas para todos os produtos petrolíferos regulados, com destaque para a gasolina, o gasóleo e o butano que atingiram mínimos históricos, desde 2004.
“Em média, os produtos petrolíferos regulados tornaram-se 4,6 por cento mais baratos, mensalmente. Relativamente ao primeiro semestre de 2019, os preços estiveram 12,9 por cento mais baratos, mensalmente”, refere a ARME.
A mesma fonte informa ainda que, de uma forma geral, a atividade petrolífera, em Cabo Verde, perdeu a pujança de crescimento das vendas dos últimos cinco anos (média de 11,5% ao ano), alavancado sobretudo pela reconquista do mercado de bunkering e de aviação.
Durante os primeiros seis meses deste ano, as duas petrolíferas presentes no mercado nacional venderam 151.397 toneladas de combustíveis e lubrificantes.
Trata-se de um “decréscimo expressivo”, quando se compara o primeiro semestre deste ano com os primeiros seis meses de 2019, período em que foram vendidas mais 83.588 toneladas daqueles produtos, explica a reguladora.
Como justificação, avança a reguladora, está o facto de os consumos de combustíveis marítimos (Fuelóleo e Gasóleo), combustíveis aéreos (JET A1) e o próprio mercado interno terem registado uma “diminuição significativa”.
Acrescenta que, no caso da aviação, a queda deveu-se ao encerramento das fronteiras nacionais, enquanto no mercado interno se deveu às medidas de confinamento e ao fluxo turístico”.
As importações do período totalizaram, segundo o relatório, 167.132 MT, uma diminuição de 32,1 por cento em relação ao mesmo período de 2019.
Por seu turno, o custo de compra de combustíveis foi cerca de 8,8 milhões de contos (cerca de 80 milhões de euros), um decréscimo de 31,8 por cento relativamente ao primeiro semestre de 2019.
A nota da ARME aponta ainda que o primeiro semestre de 2020 ficou marcado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pela maior crise sanitária global do nosso tempo, provocada pelo coronavírus, com reflexo em todas as atividades económicas.
Neste sentido, a atividade petrolífera mundial ressentiu-se profundamente com esta crise, devido ao confinamento de pessoas, afetando os transportes (aéreos, terrestres e marítimos), um dos grandes consumidores de combustíveis.
-0- PANA CS/IZ 11set2020