Cabo Verde regista novo recorde diário com 417 novos casos de covid-19
Praia, Cabo Verde (PANA) – Aautoridades sanitárias de Cabo Verde anunciaram o registo, quarta-feira, de 417 novos casos positivos de coronavírus, ultrapassando o anterior pico de 409 casos a 28 de abril último, apurou a PANA de fonte oficial.
Segundo o boletim epidemiológico distribuído pelo Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas, o país contabilizou mais uma morte, elevando a 229 o total, desde o início da pandemia no arquipélago, a 19 de março do ano transato.
O documento revela que os laboratórios de virologia analisaram, desde terça-feira, 1.707 amostras que tiveram uma taxa de positividade de 24,4 por cento.
A cidade da Praia, na ilha de Santiago, voltou a liderar a lista de casos diários, com 184 em 593 amostras analisadas, mas todos os restantes oito concelhos da maior ilha do país também têm novos infetados, nomeadamente Ribeira Grande (13), Santa Catarina (oito), Tarrafal (10), São Salvador do Mundo (três), Santa Cruz e São Lourenço dos Órgãos, dois cada, São Domingos e São Miguel, todos com um.
Há também a registar 60 casos em São Vicente, 20 no Sal, 16 na Boa Vista, sete no Maio e 17 na Brava.
A ilha do Fogo tem mais 15 infetados, sendo 14 em São Filipe e um nos Mosteiros, Santo Antão soma mais 28, repartidos por Ribeira Grande (16), Porto Novo (nove) e Paul (três), e São Nicolau com 30, dos quais 24 em Ribeira Brava e quatro em Tarrafal.
Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde anunciaram que também mais 294 pessoas tiveram alta, tendo agora 21.763 casos considerados recuperados da doença, de um total de 25.159 casos positivos acumulados desde o início da pandemia no país, que contabiliza 3.152 casos ativos.
Cabo Verde tem registado valores máximos diários de novos infetados consecutivos, desde 31 de março último, praticamente todos os dias, acima de 150, muito acima do máximo anterior de 159 novos casos, a 11 de outubro de 2020.
O Governo voltou a decretar, a 30 de abril último, a situação de calamidade em todas as ilhas, exceto a ilha Brava, para 30 dias, agravando medidas de limitação de atividades com aglomerações de pessoas, face ao aumento dos novos casos de covid-19.
Entretanto, o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, não descarta a possibilidade de o país voltar ao estado de emergência, como forma de combater a propagação do vírus da covid-19, mas, por ora, defende o reforço da fiscalização como melhor medida.
Jorge Carlos Fonseca, que falava a jornalistas após a sua participação virtual na primeira cimeira de negócios da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), a decorrer em Malabo (Guiné-Equatorial, frisou que o estado de emergência é uma possibilidade excecional que só pode ser utilizada em último recurso, até porque, salientou, não defende o uso prolongado do estado de restrições de direitos.
Contudo, reconheceu que há certos tipos de medidas restritivas que só podem ser tomadas respeitando a Constituição da República, num quadro de estado de emergência.
“A minha posição seria ver como é que as coisas vão desenrolar num curto prazo. Vamos ver os números nos próximos tempos, evidentemente que os números não diminuem em poucos dias. Vamos dar uns dias e ver se a situação de calamidade e a fiscalização que está a ser feita se traduzem em resultados. Mas como Presidente da República, nunca direi estado de emergência nunca mais”, precisou.
-0- PANA CS/DD 06maio2021