PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde regista mais de 4 mil casos de infeção com vírus Zika
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde registou, nos últimos dois meses, quatro mil e 182 casos do vírus Zika, sendo três e 804 na ilha de Santiago, 332 no Maio e 46 no Fogo, revelou quinta-feira a ministra cabo-verdiana da Saúde, Cristina Fontes Lima.
Segundo Cristina Fontes Lima, desde 02 de outubro passado, quando foi confirmada a presença do Zika em Cabo Verde e após um período inicial ascendente, os casos têm diminuído, nas últimas semanas, registando-se 793 novos casos até 21 de outubro e 650 na semana seguinte, sem qualquer morte.
A titular da pasta da Saúde precisou que na cidade capital, Praia, onde foi registado uma média de 60 casos por dia na fase inicial, são agora diagnosticados uma média de 15 casos diários, o que confirma a "evolução positiva" da doença, transmitida pelo mosquito aedes aegypti, o mesmo que provoca a dengue.
Ela disse que medidas preventivas serão anunciadas na próxima semana, mas apelou para que as pessoas recorram aos serviços de saúde e tomem "recomendações extraordinárias" para se prevenir.
"Temos que nos concentrar todos na luta contra o mosquito. Não vale a pena estarmos à procura de respostas hospitalares se não baixarmos os níveis de mosquitos", reforçou a ministra, dizendo que, apesar de a epidemia ser registada apenas em três das nove ilhas habitadas, todo o arquipélago cabo-verdiano está em alerta.
Sublinhou que não quer alarmar as pessoas, mas garantiu que Cabo Verde está preparado para os "piores cenários", tendo em conta que se trata de uma "doença nova e não conhecida suficientemente".
Cristina Fontes Lima garantiu que não tem havido rotura do 'stock' de medicamentos no país e admitiu reforçar alguns remédios como o paracetamol, usado para tratamento sintomático.
Por sua vez, o diretor geral da Saúde, Tomás Valdez, referiu as "situações de anormalidade" por causa da relação entre o Zika e a microcefalia e recomendou às grávidas para se protegerem "ainda mais" e reforçarem o acompanhamento pelos serviços de saúde.
Tomás Valdez disse que, até agora, "não há registo de complicações" nas mais de 20 grávidas detetadas com sintomas do vírus, mas as previsões são que comecem a aparecer mais casos no mês de fevereiro de 2016, altura prevista para as primeiras gestações.
Sobre as notícias publicadas na imprensa brasileira que dão conta de que a doença não se transmite apenas por picada de mosquito, mas também por meio de relação sexual, o diretor de Saúde salientou tratar-se de relatos, mas admitiu que "a probabilidade existe".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta a mais de 140 países e recomendou, entre outros, o isolamento dos pacientes, mas tanto Cristina Fontes Lima como Tomás Valdez disseram que, por agora, isso não aconteceu em Cabo Verde, mas lançaram um apelo às pessoas para não ficarem em casa em caso de sintomas e evitarem a picada do mosquito.
A primeira transmissão entre humanos do vírus Zika foi registada nos anos 1950 na Nigéria, tendo sido diagnosticados casos na Serra Leoa, Côte d’Ivoire e Senegal, em 2009 e 2011.
Este ano, estão a registar-se casos no Brasil, particularmente no nordeste com o qual Cabo Verde tem uma relação de maior proximidade, com a deslocação de pessoas nos dois sentidos.
-0- PANA CS/IZ 04dez2015
Segundo Cristina Fontes Lima, desde 02 de outubro passado, quando foi confirmada a presença do Zika em Cabo Verde e após um período inicial ascendente, os casos têm diminuído, nas últimas semanas, registando-se 793 novos casos até 21 de outubro e 650 na semana seguinte, sem qualquer morte.
A titular da pasta da Saúde precisou que na cidade capital, Praia, onde foi registado uma média de 60 casos por dia na fase inicial, são agora diagnosticados uma média de 15 casos diários, o que confirma a "evolução positiva" da doença, transmitida pelo mosquito aedes aegypti, o mesmo que provoca a dengue.
Ela disse que medidas preventivas serão anunciadas na próxima semana, mas apelou para que as pessoas recorram aos serviços de saúde e tomem "recomendações extraordinárias" para se prevenir.
"Temos que nos concentrar todos na luta contra o mosquito. Não vale a pena estarmos à procura de respostas hospitalares se não baixarmos os níveis de mosquitos", reforçou a ministra, dizendo que, apesar de a epidemia ser registada apenas em três das nove ilhas habitadas, todo o arquipélago cabo-verdiano está em alerta.
Sublinhou que não quer alarmar as pessoas, mas garantiu que Cabo Verde está preparado para os "piores cenários", tendo em conta que se trata de uma "doença nova e não conhecida suficientemente".
Cristina Fontes Lima garantiu que não tem havido rotura do 'stock' de medicamentos no país e admitiu reforçar alguns remédios como o paracetamol, usado para tratamento sintomático.
Por sua vez, o diretor geral da Saúde, Tomás Valdez, referiu as "situações de anormalidade" por causa da relação entre o Zika e a microcefalia e recomendou às grávidas para se protegerem "ainda mais" e reforçarem o acompanhamento pelos serviços de saúde.
Tomás Valdez disse que, até agora, "não há registo de complicações" nas mais de 20 grávidas detetadas com sintomas do vírus, mas as previsões são que comecem a aparecer mais casos no mês de fevereiro de 2016, altura prevista para as primeiras gestações.
Sobre as notícias publicadas na imprensa brasileira que dão conta de que a doença não se transmite apenas por picada de mosquito, mas também por meio de relação sexual, o diretor de Saúde salientou tratar-se de relatos, mas admitiu que "a probabilidade existe".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta a mais de 140 países e recomendou, entre outros, o isolamento dos pacientes, mas tanto Cristina Fontes Lima como Tomás Valdez disseram que, por agora, isso não aconteceu em Cabo Verde, mas lançaram um apelo às pessoas para não ficarem em casa em caso de sintomas e evitarem a picada do mosquito.
A primeira transmissão entre humanos do vírus Zika foi registada nos anos 1950 na Nigéria, tendo sido diagnosticados casos na Serra Leoa, Côte d’Ivoire e Senegal, em 2009 e 2011.
Este ano, estão a registar-se casos no Brasil, particularmente no nordeste com o qual Cabo Verde tem uma relação de maior proximidade, com a deslocação de pessoas nos dois sentidos.
-0- PANA CS/IZ 04dez2015