Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde regista mais 16 crimes de homicídios em 2016

Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde registou, em 2016, um aumento significativo de homicídios, com mais 16 casos comparativamente ao ano de 2015, apurou a PANA quinta-feira de fonte policial.

Conforme os dados fornecidos pelo diretor da Policia Nacional (PN), na abertura do XI Conselho de Comandos da Corporação no ano transato, as atrocidades policiais registaram, no total, 62 homicídios no arquipélago cabo-verdiano, contra 42 no ano anterior, ou seja um aumento de 34 porcento.

Emanuel Estaline Moreno explicou que este "aumento exponencial" do número de homicídios assinalados em 2016, se explica pela chacina ocorrida na guarnição militar de Monte Tchota, onde, em abril do mesmo ano, um soldado assassinara 11 pessoas, das quais oito militares e três civis.

No entanto, o diretor da PN assinalou que, no cômputo geral, o país registou, em 2016, uma pequena baixa de criminalidade (3,3 porcento), período em que a polícia cabo-verdiana teve conhecimento de menos de 854 ocorrências em comparação com o ano anterior.

Em relação aos comandos regionais, Estaline Moreno avançou que houve diminuição de crimes nos de Santo Antão (-15 porcento), Santa Catarina de Santiago (-11 porcento), Fogo (-4,6 porcento) e Sal (-4,4 porcento), enquanto, nos dois maiores centros urbanos do país, designadamente Mindelo e Praia, notou-se um aumento de 0,9 porcento e 0,1 porcento, respetivamente.

O diretor da PN indicou que, quando comparado com o período homólogo, o crime de roubo teve, no ano transato, cinco mil 427 ocorrências (-0,8 porcento), seguido do furto com quatro mil 445 ( 8 porcento), ofensas corporais com três mil 804 (-9,5 porcento) e a violência baseada no género com tr~es mil 95 casos ( 2,7 porcento).

Na opinião do responsável, a diminuição da criminalidade geral demonstra que a sua instituição está a conseguir estancar a tendência crescente do nível de crimes nos últimos anos em Cabo Verde.

Segundo ele, isto está a ser possível, com uma "nova abordagem", por parte da PN, de combate à criminalidade que conta também com o apoio de outras instituições ligadas à segurança.

"Estamos a conjugar esforços para travar o aumento da criminalidade. Mas isso não depende só da polícia. Teremos de envolver a sociedade civil, que terá de contribuir também para a segurança" sintetizou, perspetivando "melhores resultados" para o ano em curso com mais esforços, melhores formações e mais equipamentos afetos à corporação policial.

-0- PANA CS/DD 24mar2017