Cabo Verde regista inflação mais alta em 13 anos, diz Governo
Praia, Cabo Verde (PANA) - A taxa inflação em Cabo Verde registou, em junho último, o valor mais alto em 13 anos, apurou a PANA de fonte segura.
Segundo dados revelados pelo Ministério das Finanças, no passado mês de unho, a inflação média anual do Índice de Preços no Consumidor (IPC), elaborado pelo INE, situou-se nos 5,5 por cento, "valor superior em 5,3 pontos percentuais face ao período homólogo do ano anterior."
Sendo este o valor mais alto desde junho de 2009, o Ministério das Finanças destaca que se trata de uma performance que reflete essencialmente o aumento dos preços no setor da energia e dos bens alimentares no mercado internacional, bem como a interrupção na cadeia de suprimentos.
A mesma nota frisa que as classes de bens que mais contribuíram para esse aumento em junho último foram produtos alimentares, bebidas não alcoólicas (3,7 pontos percentuais), transportes (1,1 ponto percentual) e o vestuário e calçados (0,4 ponto percentual).
Os preços, em Cabo Verde, aumentaram 0,6 por cento no mês de junho e acumulam uma subida de 8,2 por cento no espaço de um ano, indicam dados divulgados este mês pelo INE.
De acordo com o mais recente relatório IPC, divulgado em 15 de julho corrente, esta variação mensal em junho fica 0,1 pontos percentuais abaixo da taxa registada em maio.
"A taxa de variação homóloga do IPC total, no mês de junho de 2022, foi de 8,2 por cento, valor superior em 0,4 pontos percentuais ao registado no mês anterior", lê-se no relatório do INE.
Cabo Verde fechou 2021 com uma inflação média anual de 1,9 por cento, o valor mais alto desde 2013, já influenciado pelo aumento do preço dos combustíveis no mercado internacional, segundo o Governo cabo-verdiano.
O arquipélago registou uma variação acumulada anual nos preços de 0,6 por cento em 2020, sucedendo a uma taxa de 1,9 por cento no conjunto do ano de 2019, segundo dados anteriores do INE.
O Governo já admitiu, no mês de junho, que a inflação em Cabo Verde poderá chegar aos oito por cento, este ano, ou seja, frisou, a mais elevada dos últimos 25 anos.
Assim sendo, ele antevê efeitos no poder de compra e um "impacto muito forte" nas famílias mais vulneráveis.
-0- PANA CS/DD 22julho2022