Cabo Verde regista decréscimo de 32 por cento nas suas exportações
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde registou um decréscimo das suas exportações na ordem de 32 por cento, relativamente ao mesmo período de 2019, apurou a PANA de fonte segura.
Segundo dados provisórios do Comércio Externo, relativos ao 3.º trimestre de 2020, divulgados segunda-feira, 02 de novembro,, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), também as Importações diminuíram em 8,9 por cento face ao período homólogo do ano transato, enquanto as reexportações do país cairam 63,9 por cento, comparativamente ao mesmo do ano de 2019.
No período em análise, o défice da balança comercial diminuiu 6,7 por cento e a taxa de cobertura decresceu em 2,3 pontos percentuais.
De acordo com a mesma fonte, no 3.º trimestre de 2020, as exportações de Cabo Verde totalizaram mil 184 mil contos (cerca de 10,7 milhões de euros), correspondentes a um decréscimo significativo de 558 mil contos (cinco milhões de euros) face ao mesmo período do ano anterior.
A Europa, mesmo tendo uma diminuição de 35,5 por cento, continua a ser o principal cliente do país, absorvendo cerca de 92,6 por cento do total das exportações cabo-verdianas.
Por país, a Espanha lidera o ranking dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, representando, no período em análise, 68,4 por cento do total das exportações.
Os produtos mais exportados foram os preparados e conservas de peixes, representando 58,9 por cento.
Peixe, crustáceos e moluscos posicionam-se em segundo lugar com 17,0 por cento do total enquanto vestuários, na terceira posição com um peso de 6,6 por cento.
Relativamente às importações, o continente europeu continua também a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com 75,2 por cento do montante total, contra 78,0 por cento do mesmo período do ano transato.
Conforme o INE, Portugal lidera entre os países fornecedores de Cabo Verde, com 53,8 por cento do total (+8,4 pontos percentuais), em relação ao trimestre homólogo, seguido da China com 8,9%, (+4,0 pontos percentuais).
Os produtos mais importados foram reatores e caldeiras com 11,3 por cento, combustíveis com 9,8 por cento, máquinas e motores com um peso de 6,9 por cento, ferro e suas obras com 6,3 por cento e veículos automóveis com 5,1 por cento.
O INE informa ainda que a análise das importações que as grandes categorias de bens evoluíram negativamente no 3.º trimestre de 2020, sendo que as categorias "bens de consumo" atingiram -15,9 por cento e combustíveis -22,4 por cento.
Por sua vez, as categorias de "bens intermédios e bens materiais" tiveram uma evolução positiva, alcançando 3,1 por cento e 2,2 por cento, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2019.
Os bens de consumo continuam a ser a principal categoria económica de bens importados por Cabo Verde, com um peso de 43,6 por cento, seguido dos "bens intermédios" com 33,0 por cento, "bens de capital" 13,6 por cento e combustíveis 9,8 por cento.
-0- PANA CS/DD 02novembro2020